Os professores municipais de Araripina (PE), no Sertão do Araripe, entraram em greve no dia de ontem (17) por tempo indeterminado. A categoria reivindica reajuste salarial, pagamento dos salários de dezembro e 80% do mês de novembro, referentes ao ano de 2016. O Sindicato dos Servidores Municipais de Araripina (SIMA) critica a falta de diálogo com a atual gestão.
Em nota, a prefeitura rebate o SIMA, alegando que o movimento tem “fundamento exclusivamente político” e que “o professor da rede municipal de ensino de Araripina recebe em média o dobro do valor do professor da rede estadual de Pernambuco.”
Acompanhe a nota, na íntegra:
Desde o início, a atual administração pagou os salários do Fundeb 40 e do Fundeb 60 rigorosamente em dia, contrariando a prática desrespeitosa da gestão anterior, que frequentemente atrasava os pagamentos, chegando, por vezes, a dever mais de quatro meses de salários e a fazer propostas absurdas de parcelamento dos vencimentos dos servidores da educação. Na atual administração quitamos mais de R$ 4 milhões de dívidas com pagamento de pessoal deixadas pelo ex-prefeito.
Devido à completa desorganização da estrutura de cargos e salários herdada do governo anterior, somente a despesa com pessoal da educação, mensalmente, recebe aportes financeiros das finanças da prefeitura, conforme pode ser comprovado no quadro em anexo.
De janeiro a junho deste ano, as receitas da educação [repasses do Fundeb 60 e 40] somaram R$ 20.937.793,06 e as despesas chegaram a R$ 24.334.870,09. Portanto, em seis meses, a Prefeitura de Araripina aportou R$ 3,4 milhões para pagamento dos salários da educação.
Vale destacar que o professor da rede municipal de ensino de Araripina recebe em média o dobro do valor do professor da rede estadual de Pernambuco. Portanto existe uma política de valorização e reconhecimento da categoria.
É falsa a afirmação dos representantes do SIMA, quando alegam falta de diálogo com a atual administração. O prefeito Raimundo Pimentel e a Secretária de Educação, Possídia Carvalho Alencar, receberam os representantes sindicais todas as vezes que foram procurados.
Faz-se oportuno lembrar que havia dificuldade de diálogo na gestão anterior, quando o sindicato precisou acampar, por dias, em frente à sede da prefeitura para tentar diálogo com o ex-prefeito. Por estes elementos, é possível supor que a convocação da paralisação tem fundamento exclusivamente político e não condiz com a opinião da maioria dos professores da rede pública de ensino.
Ascom/PMA
(foto/arquivo)