A Universidade de Pernambuco (UPE)/Campus Petrolina acaba de receber mais de 8 mil documentos que podem ajudar a reescrever a história do município. Os documentos foram doação à instituição pelo pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Grimaldo Carneiro, e contam como a ditadura militar vigiou e controlou a vida de muitos pernambucanos.
O pesquisador revela que os documentos foram doados através do projeto ‘Resgate da História’, feito em parceria com o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, para que os Estados brasileiros possam ter acesso à documentação referente a este período da História do Brasil.
“Muitos Estados não estudam este período da ditadura porque esta documentação fica no Rio de Janeiro, e não é todo mundo que tem condições de ir até lá. E de acordo com o projeto ‘Resgate da História’ a documentação referente a cada Estado vai ser entregue a duas universidades do Estado, onde os historiadores ou pessoas comuns poderão recorrer a eles para pesquisar”, explicou Carneiro.
O pesquisador explica ainda que através destes documentos, qualquer pessoa poderá ter acesso às informações produzidas pelas órgãos de vigilância da Ditadura Militar.
“Agora, vocês terão acesso à documentação produzida pelo órgãos de informação da ditadura, que era o Serviço Nacional de Informação (SNI) e que hoje todos conhecem como a Agência Brasileira de Informação (Abin). Muita gente foi vigiada, reprimida e até hoje não sabe o porquê. E nestes documentos isso vai estar explicado sobre como os órgão da ditadura controlavam a vida dos pernambucanos”.
Diocese vigiada e o bispo temido
Como a história já contou, a igreja católica representava um grande risco ao regime ditatorial e por conta disso era alvo constante de investigação. Em Petrolina não era diferente. Por vários anos líderes religiosos foram alvos de perseguição, como explica o historiador.
“A Diocese de Petrolina era totalmente vigiada porque os militares tinham muito medo da igreja. Eles viam a igreja como sua grande opositora. O bispo Dom José Rodrigues (de Juazeiro da Bahia), por exemplo, era muito vigiado e só não foi morto porque era um bispo da igreja e os militares temiam isso. Estes documentos trazem muitos outros nomes de pessoas daqui de Petrolina e a gente precisa ter cuidado. Temos por exemplo, nestes documentos, a história de um professor de Petrolina por quem eles [ditadores] tinham muita aversão e, inclusive chegaram a acusá-lo de pôr fogo em uma escola, isso só para denegrir a imagem deste professor”, contou o historiador.
Pernambuco é o quarto Estado brasileiro a receber a documentação. Além da UPE, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) também foi contemplada com a doação destes documentos. O diretor da UPE Petrolina, Moisés Almeida, explicou que todos os documentos são digitalizados e já estão disponíveis para os interessados no laboratório de história da instituição.
“Os documentos já estão lá na UPE e qualquer pessoa pode nos procurar para ter acesso a eles. É claro que é preciso ter muito cuidado, afinal são documentos históricos muito importantes, que contêm informações delicadas sobre a vida de pessoas,”, finalizou Moisés.
E ainda tem gente que tem coragem de defender a volta da ditadura
E por que não disponibiliza na internet? Seria mais fácil o acesso.
Na época da chamada Ditadura Militar, estudamos em escolas públicas de qualidade, tínhamos seguranca,nunca tivemos nenhum problema com os militares que diga-se de passagem, foram eles que construiram as grandes obras estruturadoras desse País e mais, não temos conhecimento de nenhum Presidente Militar que tenha ficado rico com o dinheiro do Povo.
Pois é Camila! Defendem ou porque não sabem o que foi essa mancha na vida do País ou porque de uma forma direta ou indireta foi beneficiado por ela.
Os símbolos da resistencia ao Regime Militar ou foram presos ou estão presos por condutas indevidas, presos em governo civil por corrupcão e lavagem de dinheiro público, porque atacaram o dinheiro público, o meu o seu e de todos, precisa citar os nomes de zé dirceu, Genoino e tantos outros.
Mas revelarão os crimes cometidos pelos guerrilheiros e bandidos que assolavam a nação no período militar ou é só mais um bando de documento forjado para criminalizar os homens mais decentes que geriram a nação e santificar os maiores canalhas da história brasileira, incluindo os bandidos que agora mandam e saqueiam o Brasil?
A Camila falou:
“E ainda tem gente que tem coragem de defender a volta da ditadura”
Pergunto: O que estamos vivendo nesse momento, senão uma ditadura em evolução, mas já em adiantado estado?
Não desejo ditaduras – seja de que orientação ideológica seja.
Censura? Prisões sumárias? Campos de concentração? Parlamento sendo anulado? Punições por opiniões? Sumárias quebras de sigilos bancários?
Como é o nome disso?
Kkkkkk Viagem.
Boa tarde!
Muito importante saber, quando defender ditadores, não tem a mente ruim, sego pois se não viu, ou não ouviu falar do terror que foi época da ditadura, mães que via seus filhos serem preso e nunca mais voltar pra casa. O mais terrível foi chorar por saber até chegar a morte, o tanto que seus filhos sofreram até morrer e não ter o minimo de dignidade. Isso é a ditadura. Não consigo imaginar que exista a mínima possibilidade de retroceder e não ter direito de falar o que sente, não concordar como algumas atitudes dos nossos governantes.