Neste artigo enviado ao Blog, o engenheiro agrônomo e ex-secretário do município de Petrolina, Zacarias Ribeiro Filho, destaca a importância da tecnologia na fruticultura irrigada do Vale do São Francisco.
Confiram:
Nós não precisamos estar no Vale do Silício. Não precisamos estar em Valley nenhum. Em qualquer lugar em que a gente esteja, cidades grandes, aldeias, lugares celebrados ou lugares esquecidos, agora, podemos entender as mudanças que provavelmente surgirão mais cedo do que a gente espera” (ofuturodascoisas.com).
Já sabemos que o mundo está em constante mudança a tecnologia e transformação digital, permitiu que tudo e todos estejam conectados. O mundo se tornou ágil, mutável e tudo que foi deixou de ser em instantes. É imperativo a mudança da consciência da sociedade perante a importância da ESG (Environmental, Social and Governance, traduzido como Ambiental, Social e Governança) para as organizações e sua perenidade. A era do conhecimento e da informação traz grandes avanços na sociedade e na mudança da consciência social.
Diante desse cenário, não basta mais praticar na fruticultura do Vale do são Francisco a “tecnologia de primeiro mundo”: uso de variedades resistentes e que atenda às exigências do mercado, irrigação localizada, maior uso de insumos biológicos na nutrição e nos tratos fitossanitários, outros tratos culturais eficientes, atividades de pós-colheita que atenda à segurança alimentar, obtenha produtos de qualidade com alta produtividade e alcançar os mercados nacionais e internacionais, obviamente ter retorno do investimento em taxas cada vez mais elevadas ou seja o tão desejados lucros crescentes. Quase tudo isso precisa ainda acontecer.
O grande desafio neste mundo frágil, ansioso, não linear e incompreensível, que estamos vivendo; onde tudo que foi, deixou de ser em instantes, é adotar as práticas que mitigam os riscos, incorporando as atividades de cooperação com todos os “stakeholders” na busca da perenidade desejada, tendo como propósito contribuir com o desenvolvimento da sociedade que sua empresa compartilha; ao invés de se concentrar única e exclusivamente no Lucro. “O mundo caminha nessa direção”. Instituições como a ONU, quando estabelece os seus 17 objetivos na AGENDA 2030, a OCDE quando incorpora nas suas ações estratégicas a pauta ESG, e os CEOs das grandes corporações, além do maior fundo de investimento do mundo (BleckRock) já incorporaram as diretrizes ESG como critério de classificação das empresas para terem acesso aos investimentos.
No Brasil, a agenda de sustentabilidade, no entanto, não está sendo apenas imposta de cima pelo BCB. O mercado já vem se adaptando, tendo havido crescimento exponencial das operações de crédito sustentável no Brasil: se em 2015 o valor das operações foi de USD 549 milhões, no primeiro semestre de 2021 já alcançou USD 9,5 bilhões. Não só houve crescimento, como há descontos de até 15 pontos base em juros para empréstimos vinculados à sustentabilidade e redução de taxas em operações ESG de até 25 pontos base.
Na pauta ESG, não tem espaço para “Greenwashing” … ato de divulgação falsa sobre sustentabilidade.
Zacarias Ribeiro Filho/Engenheiro Agrônomo, MSc. em Dinâmica do Desenvolvimento do Semiárido e Consultor da Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados)/zacarias.ribeiro.filho@hotmail.com
Cuidado com o canto da sereia. A Europa estatutária do ESG, como biombo e fumaça para embarreirar os produtos dos países pobres e concorrentes competentes, está sorvendo do seu próprio veneno. Essa semana está congelando preços de alimento, por seu alto valor e sua baixa oferta. O mundo tem que ofertar alimentos, já que é competente em aumentar populações.
Os holandeses fecharam fazendas para atender a protocolo de emissões de carbono, quando lá faltar alimentos, por possuírem riquezas, comprarão a preços exorbitantes e aos menos favorecidos sobrará a fome!