Neste artigo enviado ao Blog, o engenheiro químico Luiz Gomes Ferreira apresenta uma proposta interessante para qualificar os integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST).
Confiram:
Carlos Britto,
Eu sou um militante de esquerda, já aposentado. Em 2002, através da UERGS (Universidade do Estado do Rio Grande do Sul), montada naquele ano no governo do Dutra e Rosseto, lecionei no interior do RS para o pessoal dos movimentos camponeses. Lecionava matemática e estatística, pois sou engenheiro, e já bastante velho.
Mas hoje, enquanto caminhava por Belo Horizonte (sou do RS, mas moro desde 2011 aqui), imaginei algo bem interessante. A possibilidade de organizarmos um trabalho que imagino inédito. Formaríamos grupos de casais de agricultores sem terra (alguns também de cidades de interior). A Embrapa e algumas Universidades seriam chamadas para capacitá-los, e com acerto entre o governo brasileiro e o português, seriam enviados para algumas vilas de Portugal que estão em processo de despovoamento absoluto. E eles, com uma infraestrutura de apoio daqui e de lá, começariam a recuperar a capacidade de produção rural destas vilas.
Poderiam ser ajudados por algumas pessoas de MARINALEDA (Espanha, olhe no Google Earth e no Google), que tem uma boa experiência neste sentido. Seria montada uma estrutura de ensino à distância para os casais nas vilas e alguns agrônomos e pessoal de indústria rural dariam suporte técnico. Assim poderiam fazer o caminho inverso dos açorianos que povoaram partes do sul do Brasil, dos quais devo ser originário.
Seria uma tentativa de parar com o abandono destes locais e obter informações para aplicar no Brasil, pois sabemos que, após 2045, vamos começar a regredir em termos populacionais. Isto não é para nos livrarmos dos sem terra, mas qualificar lideranças num nível bem alto. Eu gostaria de participar de um projeto destes, sem visar a pagamentos. Minha aposentadoria é pequena, mas meu interesse por desafios ainda é grande. Sou engenheiro químico formado em 1967, pela Universidade Federal do RS (UFRGS). Se o pessoal do MST tiver interesse, pode me colocar em contato com eles.
Luiz Gomes Moreira/Engenheiro Químico
Imagine se todos sem tivesse que ter sua terra! Agropecuária seria feita frita por famílias. Pai+mãe+ filhos. Na segunda geração, os netos, ou ainda na primeira, alguns filhos já não apresentassem aptidão para este tipo de trabalho. Mais na frente a primeira geração morreu e suas terras teriam que ser vendidas. Logo mais estaríamos aonde estamos hoje. Empreendedores teríamos que contratar pessoas sem terras para trabalharem como empregados. Somente assim o setor se torna competitivo no mundo agropecuária. Então, sem terras tem que existir. A informação de que a agricultura familiar alimenta 70% da população brasileira é a mentira mais deslavada. A chamada agricultura familiar é absurdamente subsidiada pelo governo e altamente anti econômica. A grande parte fosse sem terras não tem aptidão e nem diposição para o trabalho do campo. Este povo precisa trabalhar para empreendedores do setor e acabar com este tumulto em nome de movimento social. A reforma agrária precisa ser feita nos moldes dos assetamentos de Codevasf. O resto é balela.
Muito bem!!!! Louvável…
Simplício: Simples e direto! E nesse puxa-encolhe, os comunistas continuam se perpetuando no poder, e cada vez mais ricos!
Eu conseguir ler tudo o que o Simplício falou, pois estar ligado ao mundo real e não abstrato.
Já o artigo eu parei na parte que diz: “Sou um militante de esquerda”
Concordo contigo, Simplício. Quanto à opinião do meu conterrâneo Eng. Luiz acho a idéia muito boa, porém há um grande problema: O camponês precisaria trabalhar, coisa que muitos não querem fazer