Há oito meses do desaparecimento do cabo do Exército Brasileiro em Petrolina, Oldemárcio Souza Pinto, O leitor Júlio César Monteiro cobra uma resposta veemente da instituição e das autoridades constituídas da cidade.

Confiram:

Externo aqui nas entrelinhas este artigo, minha indignação contra a impunidade, a falta de articulação e capacidade no aparelhamento público das forças que opera a justiça desse país. Há 8 meses que aqui na cidade de Petrolina desapareceu Oldemárcio Souza Pinto, cabo do Exército Brasileiro. Que pais é esse? de tantas riquezas, um país que opera tecnologias, mas aplicáveis apenas a ricos, a banqueiros, famosos, um país para os mais poderosos.

Nesse contexto replico aqui a aflição de uma família sertaneja que espera por uma resposta divina, pois a nossa força humana, a justiça humana, aonde as súplicas desses sertanejos pedem clemencia, veleja ao acaso de falta de resposta, o calar, o verdadeiro arquivo obsoleto da desvalorização da classe operária.

Neste artigo pedimos clemência a quem possui competência, jurisprudência para desencadear esse fato desumano, o desaparecimento de um membro das Forças Armadas desse país. Um país de quem quiser um país de qualquer um, mas não é com certeza o meu país. Não é um país que vivemos sem muro, não é o país dos operários. É um país dos latifundiários, um país da impunidade.

As tecnologias que existem parecem ser usadas para uma classe selecionada, a maior classe desse país. À parte operária resta apenas o impostômetro para garantir a seguridade de altos escalões, que se perpetuam no poder. Ao Exército Brasileiro e mais precisamente de Petrolina, queremos uma resposta. Uma entidade com um poder de incorporar uma ação mais plausível, afinal de contas uma força armada sem tecnologias, sem ousadias que norteiam proteções ou garantias à soberania popular dessa nação, que sequer ostenta a capacidade de atuar em um caso de fato misterioso, de um sumiço de um membro de sua corporação.

A esta corporação das forças armadas pedimos uma celeridade maior, assim como pedimos ao Ministério Público que investigue sem distinção, cor, raça ou classe social a que pertence. Pedimos clemencia a essa nação, que se manifestem a quem detém a força de conduzir o imbróglio da burocracia que apequena esse país.

Que a nuvem de fumaça negra que branda esse país seja dignificado ao combate das atrocidades e intolerâncias de uma justiça fragilizada e vencida pela constante violência que amarga e impregna-se ao país. Viva um país mais justo, viva uma justiça mais ágil e imparcial.

Júlio César Monteiro/Leitor