Neste artigo enviado ao Blog, a leitora Anna Luísa Botelho Rocha tomou Juazeiro (BA) como exemplo em relação às pesquisas eleitorais, que apontaram a vitória de Suzana Ramos (PSDB) à prefeitura. Segundo a leitora, quando há critérios técnicos e a empresa é idônea, a pesquisa não tem como não ser confiável.
Confiram:
Após o fechamento das urnas, apuração dos resultados com o anúncio dos vencedores e dos perdedores e o arrefecimento do calor das campanhas, surgiu um tema palpitante que merece destaque e uma melhor avaliação: as pesquisas eleitorais. Juazeiro (BA), assim como todas as cidades, viveu essa mistura de discussões acaloradas, dúvidas suscitadas, medidas judiciais e um clima permanente de expectativas entre os números divulgados e aqueles que seriam revelados, após a apuração.
Desde a realização das convenções partidárias o clima eleitoral revelava uma preferência explícita pela candidatura da tucana Suzana Ramos e uma rejeição grande à atual gestão, do prefeito Paulo Bonfim (PT) e seu padrinho Isaac Carvalho (PT).
O primeiro veículo de comunicação a divulgar a pesquisa eleitoral da cidade de Juazeiro foi o site soteropolitano Bahia Notícias. A pesquisa foi feita pela Séculus Consultoria, empresa que tem parceria com o site e atuou durante todo esse período em dezenas de municípios baianos.
Nas duas aferições publicadas pelo BN, a candidata Suzana Ramos já conquistava a liderança com percentuais acima dos 40%, contra pouco mais de 20% do candidato à reeleição Paulo Bonfim, além de números menores dos outros candidatos. As medidas judiciais de frear as divulgações foram contrapostas e aceitas pela Justiça Eleitoral, porém sem deixar dúvidas dentre os eleitores dos candidatos que não lideravam.
Ao aproximar-se a data da eleição, o jornal A Tarde publicou duas pesquisas realizadas pela empresa Potencial Consultoria, onde a candidata Suzana já aparecia próximo dos 50% na primeira e superior na segunda. A oposição não judicializou, mas tentou descredenciar a empresa pesquisadora, colocando em dúvidas o seu endereço comercial.
Nesse período o jornal Tribuna da Bahia divulgou uma pesquisa feita por uma empresa que, coincidentemente, só havia publicada uma pesquisa da cidade de Ipiaú, cidade-natal do prefeito Paulo Bonfim, onde o colocava em primeiro lugar e tecnicamente empatado com a sua adversária. A Justiça Eleitoral imediatamente providenciou a sua suspensão e os efeitos midiáticos da sua rápida divulgação não funcionaram. As ruas de Juazeiro já respiravam a eleição de Suzana e nem o mais ferrenho adversário duvidava dessa possibilidade real.
Na noite último dia 15 de novembro, após a divulgação da apuração das primeiras urnas, a quantidade de votos recebidos pela candidata era muito maior do que era esperado através das pesquisas que a oposição tanto desdenhou e colocou dúvidas. Suzana recebeu a maior votação e construiu uma grande diferença para o segundo colocado.
O Bahia Notícias e a Séculus Consultoria publicaram diversas pesquisas em cidades baianas, como Uauá, Senhor do Bonfim, Sobradinho, Itiúba, Saúde, Ipirá, Filadélfia e Euclides da Cunha, todas com 100% de acerto após a promulgação dos resultados. O jornal A Tarde e a Potencial Consultoria divulgaram pesquisas nos 10 maiores colégios eleitorais com margem de acerto igualitária, incluindo a cidade de Juazeiro.
A única fraude dentre as pesquisas eleitorais ficou revelada naquela que tentou colocar o candidato Paulo Bonfim como primeiro colocado, evidenciando um ato de desespero de uma candidatura já naufragada e sem possibilidades de reação. Essa análise serve como reflexão e escancara que as pesquisas, quando feitas por empresas idôneas e obedecem aos critérios técnicos, são totalmente confiáveis.
Anna Luísa Botelho Rocha/Bacharelanda em Jornalismo
Excelente texto da Anna Luísa mostrando que quando se contrata profissionais e empresas competentes os resultados são assertivos, cabe a justiça ficar de olho nesse tipo de empresa fraudulenta