Artigo do leitor: “As urnas eletrônicas e nosso complexo de vira-latas”

por Carlos Britto // 10 de agosto de 2021 às 18:00

Foto: divulgação

Neste artigo, o perito e professor José Ricardo Bandeira rechaça qualquer hipótese de violabilidade das urnas eletrônicas no Brasil, o que poderia resultar em fraudes eleitorais. Para ele, quem defende essa teoria vive às voltas com um “complexo de vira-latas”. Ou seja: valoriza o que vem de fora e subestima conquistas do país.

Confiram a íntegra do artigo:

Começo esse artigo com uma das máximas da doutrina de segurança, que diz que “nenhum sistema é 100% seguro” e, assim como ao viajarmos de avião, usarmos um elevador ou até mesmo andarmos de carro, não podemos garantir com 100% de certeza que nada de errado acontecerá, mas aceitamos a baixíssima probabilidade de algo de errado acontecer e vivemos normalmente as nossas vidas no cotidiano de nossos dias.

Esse gigantesco sistema de voto envolve a utilização de softwares (programas), hardwares (equipamentos) e material humano qualificado para atuar em todas as fazes do processo, com o intuito de impedir que ameaças externas possam comprometer a lisura do sistema, e assim tem sido nos últimos 25 anos, sem qualquer comprovação de fraude ou adulteração. Ao contrário do que alguns insistem em pregar, as urnas e o sistema eleitoral brasileiro são, sim, auditáveis, antes, durante e depois do pleito eleitoral, inclusive com a participação e anuência dos representantes dos partidos políticos.

Porém ainda existem aqueles incrédulos, e em alguns casos inescrupulosos e de má fé, que emitem falsos comentários e informações sobre a possibilidade de hackers invadirem as urnas e alterarem o resultado da eleição. Fato este impossível, pois as urnas eletrônicas brasileiras não são conectadas à internet e não tem nenhum dispositivo físico ou programa em seu interior que permita tal conexão.

Somam-se a todo esse sistema de segurança o fato de as diversas equipes responsáveis pelo sistema eleitoral serem compartimentadas, fazendo com que uma equipe não tenha acesso ao setor, informações e prerrogativa de outra, e a uma forte criptografia que impede qualquer tipo de acesso externo ao sistema.

Portanto, apesar de milhares de fake news (notícias falsas) que circulam com o objetivo do favorecimento de pequenos grupos políticos (que foram legalmente eleitos por esse mesmo sistema eleitoral que hoje afirmam ser fraudado) e que querem se perpetuar no poder em detrimento da sociedade, é possível afirmar que as urnas eletrônicas são sim seguras. Querer a volta do voto impresso é o mesmo que pleitearmos a volta das máquinas de escrever e o banimento dos computadores.

Por fim, talvez essa não valorização do sistema eleitoral brasileiro e a crença coletiva nas fake news se ancorem simplesmente no “complexo de vira-latas” da sociedade brasileira, que valoriza o que vem de fora e desmerece as nossas conquistas e avanços nacionais. O Brasil tem o maior e mais eficiente sistema eleitoral do mundo, assim como um dos mais avançados sistemas bancários do mundo (basta perguntar a um americano quantos dias um cheque pode levar para ser compensado nos Estados Unidos). Sem falar no PIX, criação nossa e sucesso absoluto, ou na atuação do Instituto Butantã e da Fundação Oswaldo Cruz na corrida mundial pelas vacinas contra a Covid-19, entre centenas e centenas de outras iniciativas nacionais reconhecidas no cenário mundial.

Não somos apenas o país do futebol ou do carnaval, somos também uma nação de mentes brilhantes!

Professor José Ricardo Bandeira/Perito em Criminalística e Psicanálise Forense, Comentarista e Especialista em Segurança Pública

Artigo do leitor: “As urnas eletrônicas e nosso complexo de vira-latas”

  1. Jonas disse:

    Artigo carregado de desinformação e comparações incabíveis, pelo currículo da pra ver que o autor não entende muito sobre a inviolabilidade de sistemas, muito menos sobre princípios de auditoria. Ninguém está dizendo bque um hacker possa ter acesso às urnas eletrônicas, quando da votação, porque elas não tem acesso à internet; o que não quer dizer que esse mesmo hacker possa ter acesso aos códigos-fonte do sistema que alimenta as urnas, e com isso as tais já estariam corrompidas quando da votação. Já houve invasão dos sistemas do TSE, fato comprovado pelo próprio tribunal que, por um “lapso”, apagou toda movimentação do invasor, o que impede de saber quais sistemas foram corrompidos e a quais informações ele teve acesso.
    O autor desse artigo fala em “volta do voto impresso”, como assim? Como pode voltar algo que nunca foi implementado? Aí há uma clara intenção de confundir o leitor, fazendo uma relação do voto impresso com o voto antigo de papel, o que não passa de a desinformação. Outra comparação maldosa é querer vincular o sistema de voto auditável/impresso com máquinas de escrever antigas, como se a impressão de comprovantes não existissem hoje em bancos, supermercados, loterias, inclusive no pagamento de impostos, ou apenas a pessoa vai confiar no sistema, sem nenhum comprovante? Nisso reside a principal regra da auditoria: Correspondência do físico (extratos, notas fiscais, entre outros) com os dados apresentados no sistema; se houver diferença é sinal que algo está errado. Agora de fato o atual sistema eleitoral tende a beneficiar um determinado grupo político, e pode ter certeza que não é o grupo que está atualmente no comando do país.

  2. Edilberto disse:

    Não concordo com ele, no que diz respeito a segurança das Urnas eletrônicas. Sem querer criar polêmica. É só assistir, vídeo do engenheiro Carlos Rocha em entrevista a Jovem Pan News, foi ele que liderou o desenvolvimento das urnas eletrônicas brasileiras.

  3. Paulo disse:

    Só no Brasil que confia nessas urna nem um país do mundo fora o Brasil usam essa urna então esse professor é um sábio ou um burro

  4. Marcos disse:

    Este mito e os filhotes sempre foram eleitos pelas eletrônica, resolver os grandes problemas nacionais, não se fala, este Sr nao trabalha, fez circo para o cercadinho, o chamado gado, a transparência nunca foi o fim, mas tumultuar as eleições de 2022, como fez o outro dos Estados Unidos, sabe que será derrotado, terá o mesmo do de lá, também quero o fim do pix, o retorno do videocassete e do carbono do cartão de credito.
    A que ponto chegamos:?

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