Artigo do leitor: Dirigente partidário alerta para projeto de “gestão associada” entre Prefeitura de Verdejante e Compesa

por Carlos Britto // 24 de agosto de 2017 às 16:18

Um projeto de lei enviado pelo Executivo Municipal de Verdejante (PE), no Sertão Central, está dando o que falar. A matéria é referente a uma proposta de “gestão associada” entre a administração e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para a realização de serviços de abastecimento d’água e esgotamento sanitário na cidade.

Mas para o advogado e presidente do PSD, Gilson Alves, é preciso que a população esteja atenta ao projeto. Confiram o porquê alegado por Gilson, neste artigo enviado ao Blog:

O atual prefeito de Verdejante encaminhou nesta semana para análise e votação na Câmara de Vereadores o Projeto de Lei n° 011/2017, que pede autorização daquela casa legislativa para promover uma tal de “Gestão Associada” com o Estado de Pernambuco (leia-se: Compesa) para os serviços de abastecimento d’água e esgotamento sanitário no município.

Essa situação tem, de fato, previsão na Lei Federal 11.455/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Porém, no caso de Verdejante, deve a população manter os olhos, os ouvidos e, principalmente, os bolsos em permanente alerta.

É que essa autorização, se não for profunda e devidamente discutida com toda a comunidade, vai resultar na manutenção do atual, e péssimo, serviço de abastecimento d’água por parte da Compesa; e no caso do esgotamento sanitário (que em Verdejante praticamente não existe), em um substancial aumento na conta final e mensal, que hoje todos pagam, mesmo que recebam pouca, muita ou nenhuma água ao longo do mês.

Como exemplo, basta que o cidadão ou cidadã de Verdejante pergunte a um(a) conhecido(a) residente em Salgueiro qual o custo na fatura mensal da Compesa com a despesa com água e com esgotamento sanitário, e se verá que são, na verdade, dois valores altíssimos que, somados, custam uma pequena fortuna para as famílias salgueirenses, sendo que em ruas e bairros inteiros se cobra por um esgotamento que, na prática, não existe. E se existe, não funciona.

Caberá, pois, aos senhores vereadores e vereadora de Verdejante, a tarefa responsável de analisar se essa autorização representará, no futuro, um benefício ou um prejuízo para a população, sobretudo porque uma autorização dessas significará que a responsabilidade recairá fatalmente sobre a Câmara, na hipótese do aumento nas tarifas sem o recebimento de qualquer benefício, ou de benefício incompleto, imprestável e ineficiente.

Não se olvidando que tal projeto, em que pese a sua importância e inegáveis consequências socioambientais, não se fez acompanhar de nenhum plano, estudo ou projeto que garanta à comunidade municipal o êxito dessa precitada “Gestão Associada”.

Com efeito, o povo sofrido, que já paga impostos e taxas em excesso, que não tem emprego ou renda fixa, que luta todo mês para se alimentar e ao mesmo tempo pagar um “centilhão” de contas, merece toda a atenção da classe política e o máximo de respeito do Poder Público. E, portanto, um projeto desses tem que ser devidamente explicado pelo Executivo, amplamente discutido na Câmara e exaustivamente debatido com a sociedade, principal interessada.

Debata. Discuta. Exija transparência. Defenda seus direitos. Afinal, a conta quem paga é você!!!

Gilson Alves/Advogado e presidente municipal do PSD

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