Artigo do leitor: “E a tal produtividade?”

por Carlos Britto // 02 de março de 2020 às 11:00

Professor Eurico Régis Serafim. (Foto: Arquivo Pessoal)

Investir o tempo em qualificação profissional ou em baladas? O professor e colaborador do Blog, Eurico Serafim, responde facilmente a essa pergunta usando como principal argumento a produtividade.

Boa leitura:    

Vocês que gostam muito de ler…e a tal produtividade??

O Brasil, do ponto de vista econômico, patina há algum tempo. Estamos quase sempre em recessão ou com crescimento pífio. E o que parecia um pouco animador, para esse ano já foi.

Há um esforço para viabilizar crescimento sustentável através de reformas importantes, mas a conjuntura não se mostra muito favorável. Muitos obstáculos (alta carga tributária, infraestrutura precária, defasagem tecnológica, sistema de transporte e logística  deficientes, pouca  transparência, ambiente de negócios nebuloso, etc), turbulência institucional e fatores exógenos (coronavírus, etc). Outro gargalo importante é a persistência na visão de curto prazo. É decisivo que as instituições públicas e privadas implementem  ações voltadas para o estrutural, o longo prazo, o estratégico.

Além de tudo isso o crescimento exige, dentre muitas coisas, mão de obra qualificada. A qualificação é decisiva nesse processo porque minimiza um dos nossos maiores gargalos, que é a baixíssima produtividade. E aí entra uma questão estrutural muito delicada: a falta de prioridade para o setor educação.

Sem boa produtividade não se viabiliza crescimento relevante, competitividade e eficiência. A produtividade brasileira é muito baixa. Para dar exemplo dessa situação preocupante o Nordeste que, potencialmente, é uma região promissora representa 57% da média nacional.

A potencial mão de obra deve se conscientizar de que estudar, se preparar e se qualificar deve ser algo permanente. Isso dá trabalho, exige sacrifícios, renúncias e tempo. É necessário deixar de ir para as baladas, os famosos ‘reggaes’, reduzir as conversas inócuas pelo celular, enfim, fazer uma revolução comportamental para poder se posicionar melhor no mercado e dar a sua contribuição efetiva para o crescimento real da economia. É como se fosse necessário um período sabático.

E convém lembrar: os mais qualificados, que ralaram um pouco mais enquanto outros tinham uma agenda de festa, têm os melhores empregos, melhores remunerações e melhores perspectivas porque têm produtividade.

Aprender uma língua estrangeira, por exemplo, é uma excelente credencial, abre muitas portas. Do you speak english??

A qualificação e o preparo elevam a produtividade da mão de obra. Isso leva a maiores e melhores oportunidades. E o trabalho nos leva a lugares que os acomodados nunca irão conhecer.

E nesse contexto, onde estamos?

Eurico Serafim/Professor

Artigo do leitor: “E a tal produtividade?”

  1. JOSÉ ALBERTO BARBOSA disse:

    A dica está dada. Bela forma de pensar. Excelente texto. Parabéns ao amigo velho…!!!

  2. joao vitor disse:

    E com esse sistema educacional do Paulo Freire é que nao vamos obter sucesso mesmo!

  3. Defensor da liberdade disse:

    Qualificar quando se cobra um absurdo de encargos sociais, alguns para pagar o sistema “S” que qualifica uma ninharia de gente? Faça graça.

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