O estudante do 10° período do curso de Direito, Adão Lima de Souza, critica duramente neste artigo enviado ao Blog as ‘gambiarras docentes’ das faculdades de Direito no país, incluindo a Facape, que impõem disciplinas eletivas que nada acrescentam à formação jurídica dos alunos.
Confiram:
Em recente artigo sobre a metodologia aplicada ao Exame da OAB, o jurista, professor, doutor e pós-Doutor em Direito, Lênio Luiz Streck, afirmou que nas faculdades de Direito “há muito que se criou uma espécie de ‘gambiarra docente’, uma laje construída em terreno à beira de morros, rios e abismos de saberes”.
Deste modo, está sendo conduzido o Curso de Direito na FACAPE. Pois basta um olhar de soslaio qualquer, para se perceber que esta Instituição de Ensino recorre constantemente ao que o professor Lênio Streck alcunhou de Gambiarra Docente, ou seja, docência improvisada, cadeiras eletivas forçadas goela abaixo dos alunos, estranhas ao curso e sem nada acrescentar à formação jurídica do estudante. E, ainda por cima, ministradas por professores sem a menor competência para essas disciplinas, que deveriam ser ofertadas para livre escolha do alunado, e não impostas como são.
Ademais, tais cadeiras servem apenas para complementar a carga horária obrigatória do docente. Já que, segundo as palavras do jurista citado, quando a faculdade necessita de um docente para direito constitucional – e a FACAPE não destoa disso – “pega o cara que fez especialização à distância tipo-cursinho-de-preparação-para-exame-de-ordem-ou-concurso-público e o manda preparar uns slides, comprar um livro de direito constitucional resumido-facilitado-simplificado; se for para lecionar disciplinas humanistas, o manda comprar um desses livros produzidos em série que explicam Kelsen em meia página. E pronto. Eis aí o novo docente”.
E assim por diante, porque esse modelo é o que pegou. E pegou também na FACAPE. Basta analisarmos o quadro de horário no início do semestre, ou a qualquer tempo, para se concluir o nível elevado de improvisações com disciplinas trazidas de outros cursos, a fim de complementar a grade curricular do Curso de Direito, ou então assistirmos às aulas improvisadas de professores desprovidos de qualquer traço de didática para o planejamento pedagógico, porém, transbordantes de apatia pela pesquisa. Versados tão somente na arte de fazer chamada, quiçá, pela satisfação compensatória dos dez ou vinte minutos emprestados do árduo exercício da docência.
Diante deste quadro lamentável, não há exagero nenhum admitir que as palavras de Lênio Streck se amoldam perfeitamente à situação que vive hoje o Curso de Direito da FACAPE. E a indagação que salta aos olhos é: por quê? Se o Curso de Direito sempre foi tido como a galinha dos ovos dourados da Administração, pelo aporte financeiro que representa no orçamento desta autarquia? Por quê?
E quanto à coordenação do curso, cujo papel é lutar pela valorização do ensino do Direito, por que razão não se manifesta? O que é feito da autonomia que detém para defender o melhor interesse de docentes e alunos do Curso de Direito? Se o problema reside na falta de professores, uma vez que os concursos para este fim têm sido também improvisados, aceitar passivamente todo tipo de ingerência é prestar um desserviço ao curso e a toda instituição.
Principalmente, quando decisões arbitrárias dentro da cadeia hierárquica têm como resultado direto o desfalque de docentes do Curso de Direito (ou de outro curso), como foi o caso da disciplina de Sociologia que, não bastasse a sua substituição por algo esdrúxulo denominado de “Cultura e Sociedade”, recentemente teve um professor remanejado à revelia deste e de todo corpo discente.
Diante disso, só nos resta esperar um sopro de iniciativa da coordenação do Curso, que faça ventilar a toda comunidade acadêmica de Direito que, entre eleitor e eleito, há mais do que uma aposta aleatória.
Adão Lima de Souza/Aluno do 10º período do Curso de Direito – Facape
Artigo muito bem escrito e verdadeiro.
O curso de Direito da Facape infelizmente é tem como coordenadora uma pessoa anti ética e fofo queira. Vive de levantar falso de professores e alunos. Enquanto ela ali estiver nada vai mudar para melhor.
Realmente, enquanto a coordenadora do curso não sair do salto, teremos um curso de Direito degenerado.
A atual coordenadora do curso não atende ninguém e quando atende nada resolve. So sabe colocar aluno contra professor e professor contra aluno.
Na verdade a atual diretoria da Facape é uma vergonha!
Prevalece os ajeitados, os indicados e os endinheirados. O resto que se exploda!
Cá pra nós, com o atual vencimento que a FACAPE oferece aos docentes fica difícil exigir que um cidadão com mestrado ou doutorado se condicione a dar aulas por míseros R$ 800,00 (oitocentos reais). Sem um bom vencimento não se consegue material humano de boa qualidade, e olhe que existem professores que praticamente “pagam” para darem suas aulas, visto que, o valor acrescentado só serve para corrigir o valor a ser recolhido em IR no fim das contas.
É triste ver que, em um passado não tão distante, o curso já figurou entre os 100 melhores do país.
Para pagar bem aos professores, a FACAPE teria que cobrar uma mensalidade de verdade, na casa dos 800 reais. É chegada a hora de Petrolina vender a FACAPE à iniciativa privado ou repassar à UNIVASF. Curso superior não é obrigação do município e nem Petrolina tem condições de bancar. A FACAPE já cumpriu sua missão, quando não tínhamos a UNIVASF. O problema é que poucos da região passarão no curso de Direito, assim como acontece na graduação Medicina. Quem sabe essa gente metida à besta, só porque ingressou na FACAPE, comece a enxergar o valor social para região dessa Instituição, quando seus filhos sentirem o peso da concorrêncial nacional.
PaCato cidadão, vender. Facape é simplesmente absurdo. Ito é o que pretende o seu sério e honesto prefeito julhinho. Ao expor essa sugestão vc já deixa claro que é mais alienado do que a coordenação nefasta da FACAPE.
ACORDE, a questão não é remuneração e sim uma reestruturação de grade, a elaboração de concursos para contratação de professores capazes, e outra iniciativas.
Vender a Facape…. Kkkkkk
REMÍGIOOOOOOOOOOOO!!!!!!
REMÍGIOOOOOOOOOOOO!!!!!!
REMÍGIOOOOOOOOOOOO!!!!!!
SÓ OS FORTES ENTEDERÃO
Adão tem e que da uma resposta das promessa que ele fez nas salas em troca de votos para chapa 2. Cade a Facape gratuita Adão e tantas coisas bonita que você falou em sala quando passou com os candidatos da chapa 2? Não mude o discurso, queremos uma resposta?
Quem dera que pelo menos fosse uma aposta aleatória, ao menos teríamos uma chance de ganhar o “Grande Prêmio” da aposta, porém, essa Coordenação de Direito, com certeza, foi um tiro no pé que os estudantes deram, pois, não nos representa, e nunca irá nos representa.
Curioso ver alguém dizer que o curso já figurou entre os 100 melhores do país. Ora, a partir de tal constatação, que conclusão se nos apresenta? Sugiro uma: que, signatário da mediocridade nacional, o curso da FACAPE mantém-se inabalável? Qual motivo temos para nos alegrarmos face a um nome numa lista dessas? Demais, lembro-me claramente que a nossa querida instituição aparece, vez ou outra, entre as 90 indicadas pela OAB, sendo que um dos critérios é o incentivo à pesquisa científica. Ora, quanta babaquice!
Em relação à questão salarial, concordo que o salário é humilhante. No entanto, surge-nos uma pergunta: por acaso, se se aumentasse a “quantia paga”, os nossos docentes ficariam inteligentes, parariam de ler slides ou de passar a leitura de “Para entender Kelsen”?
Portanto, os “comentaristas” parecem não compreender o texto, haja vista que ele aponta para uma crise no ensino universitário do país – a FACAPE é apenas um exemplo próximo e talvez mais elucidativo.
Essa gestão da FACAPE é uma vergonha procurem os diretores durante o dia só por milagre encontraram, e a coordenadora de direito deveria se afastar visto que não tem condições de ficar a frente do curso ela chora tanto, é choro todo dia e joga a culpa de professor para aluno, e aluno para professor.