Neste artigo enviado ao Blog, a leitora Rosa Alves afirma – e com toda razão – que o momento é de pensar no país, diante de um momento tão delicado, e não ficar travando embates políticos em redes sociais.

Confiram:

Vivemos tempos de incertezas, de escassez e excessos, de busca de explicações e de explicações nem sempre convincentes…  Em busca de justificar o injustificável, políticos e governantes têm travado batalhas acirradas, discursos inflamados e provocantes.

São tempos difíceis…

O risco do colapso hídrico e energético tem gerado preocupações relevantes de norte a sul.

Engana-se que pensa que a escassez de água é uma preocupação só do estado de São Paulo. Ela não é uma prerrogativa do sudeste, como muitos alardeiam nas redes sociais. Essa preocupação foi a palavra mais proferida durante um fórum emergencial que discutiu os problemas relacionados aos recursos hídricos no Vale do São Francisco.

“O evento foi realizado na tarde desta quarta-feira (11), no auditório do Senai em Petrolina, e reuniu autoridades políticas, produtores de perímetros irrigados e gestores de órgãos governamentais da região. O atual nível da barragem de Sobradinho, em apenas 17% do seu volume, quando nesse período, em anos anteriores, se mantinha em 40% é preocupante. E a tendência é o quadro se agravar ainda mais, caso as chuvas de maior intensidade não ocorram em dois ou três meses.  Busca-se medidas emergenciais, soluções para reverter o cenário”. (Fonte: Carlosbritto).

Na mídia, somos surpreendidos todos os dias pelos escândalos da Petrobras, da máfia das empreiteiras e de agentes públicos. Ouvimos sobre desvios bilionários de estatais, comprometimento de recursos públicos, desvirtuamento de procedimentos… Ouvimos sobre o descrédito da Administração Pública.

 Em Pernambuco, capitaneado por alguns políticos, articula-se um movimento paralelo ao do Palácio do Planalto, para qualificar a atuação do partido de olho nas eleições de 2018. Também em Pernambuco iniciou-se a campanha para criação de mais um partido: o Muda Brasil no sentido de atrair novos aliados, já prevendo as alianças que serão formadas para as eleições municipais do próximo ano. Essas são “as pérolas” reveladas para se fazer frente à crise. Enquanto isso, nas redes sociais, leio depoimentos emocionados em defesa do PT, em defesa da presidente Dilma.

Sou a favor da liberdade de expressão, mas convenhamos: amor ao partido tem limites.

Pessoal, deixem esse discurso inflamado para os políticos, esses embates podem e devem ser travados no senado, nas câmaras federais e estaduais, não nas redes sociais…

Amor sem limites tem suas consequências…

Deixo aqui para reflexão de todos as palavras de Vladimir Maiakovski: “Amar não é aceitar tudo.  Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor”.

Rosa Alves/Leitora