Artigo do leitor: Miguel Coelho detona Lossio por “venda desenfreada” de imóveis públicos de Petrolina

por Carlos Britto // 11 de fevereiro de 2016 às 16:34

Miguel discurso1

Neste artigo enviado ao Blog, o deputado estadual Miguel Coelho (PSB) voltou a bater duro na gestão do prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB). Desta vez o socialista lamenta o que considera “um processo desenfreado de comercialização” do patrimônio público da cidade, capitaneado por Lossio. Segundo Miguel, o prefeito encerrará seu ciclo de dois mandatos à frente do Executivo Municipal deixando uma marca histórica negativa: a de promover o desmonte do patrimônio construído pelos petrolinenses e de iludir a população com obras que ficaram somente no papel.

Confiram:

Quase todo gestor público procura deixar uma marca para ser lembrado no futuro: uma grande obra, um projeto transformador ou até um novo modo de governar. Em Petrolina, infelizmente, o rastro que ficará após oito anos de administração do atual prefeito é o do desmonte do patrimônio construído pela população ao longo de décadas.

Prestes a encerrar o mandato, o prefeito decide enviar à Câmara de Vereadores um volume de projetos para alienar terrenos e vender prédios públicos de Petrolina. No pacote estão a cessão do Estádio Paulo Coelho e do Ceape, a venda do matadouro público, além de uma polêmica permuta de lotes públicos por valores questionáveis.

Esse processo desenfreado de comercialização do patrimônio municipal segue uma estranha lógica de irresponsabilidade. Não há planejamento nem projetos concretos para embasar essas transferências. Para ceder o Estádio Paulo Coelho, por exemplo, o prefeito apresenta a construção de uma moderna arena. Mas cadê o projeto, os recursos e garantias?

Procedimento similar foi seguido para iniciar a demolição do Ceape. O prefeito afirma que o imóvel que abrigava centenas de permissionários será um moderno centro administrativo. Mais uma vez sem mostrar um projeto no papel, nem qualquer segurança financeira.

O matadouro é outro caso de extrema irresponsabilidade. Após afirmar que não fecharia o estabelecimento, o prefeito muda de ideia ao perceber que não consegue garantir o funcionamento correto do espaço público. A ideia é mais uma vez se desfazer de um equipamento municipal para arrecadar dinheiro e evitar esforço administrativo. O que a população vê, no entanto, é a cidade ficar na dependência do abastecimento de carne via Juazeiro, há semanas, além do aumento do abate clandestino, agravando a situação.

Por fim, o prefeito ainda brinca mais uma vez com o sonho de famílias que desejam ver suas moradias regularizadas. Apresenta uma proposta de permuta de áreas públicas para ressarcimento de imóveis no valor de R$ 18 milhões. Sem este ressarcimento, bancado pela Prefeitura, não seria possível fazer a regularização fundiária. Mas é no mínimo estranho que esse tipo de projeto surja em ano eleitoral. Consta ainda que parte desses lotes não pode ser cedida pela Prefeitura por dois motivos. Primeiro porque alguns são patrimônio da União. Segundo, parte dos lotes está caracterizada como de utilidade pública, impedindo tal manobra.

Mas essa não é a primeira vez que o prefeito toma esse tipo de iniciativa às vésperas de eleição. Em 2012, prometeu doar mais de 1.500 títulos de regularização fundiária e não o fez até agora. O Ministério Público, por sinal, já recomendou que nenhum novo projeto de regularização seja votado na Câmara antes de o prefeito cumprir o que prometeu.

Ainda vale lembrar diversos leilões de bens públicos e a estranha doação do terreno do antigo Colégio Motiva para uma empresa instalar um call center. Mesmo sem qualquer garantia ou projeto, o repasse seria benéfico, pois garantiria a geração de 3.500 empregos e a construção de uma creche. O tempo passou e a empresa já não tem mais interesse em instalar call center muito menos construir uma creche. Mas o terreno continua cedido.

É lamentável assistir a mais uma tentativa de dilapidar o patrimônio da população. Preocupa também não saber o que foi feito com todo o dinheiro arrecadado nessas transações. Petrolina não pode virar um balcão de negócios. O que resta agora é mobilizar a população para pressionar e impedir que esses projetos sejam aprovados na Câmara.

Miguel Coelho/Deputado Estadual – PSB

Artigo do leitor: Miguel Coelho detona Lossio por “venda desenfreada” de imóveis públicos de Petrolina

  1. Marcelo Silva disse:

    De quem é o IBIS Hotel Deputado, sabe me dizer?

    1. Etevaldo Dantas Coelho disse:

      O TERRENO DO IBIS HOTEL, MARCELO SILVA TALVEZ VC. SEJA MAIS UM MIGRANTE PARA PETROLINA, E VIR SOBREVIVER, TRABALHAR, TER ALGUMA COISA NA VIDA JUNTO COM SEUS FAMILIARES AQUI. FIQUE SABENDO QUE ESTA ÁREA ERA TERRENO DA INFRAERO QUE OS AVÓS DE MIGUEL COELHO, JUNTO COM OS PROPRIETÁRIOS DO TERRENO FOSSE DESTINADA PARA UM AEROPORTO E ASSIM DESENVOLVER PETROLINA , QUE HOJE VC. E SEUS FAMILIARES ESTIVESSEM AQUI TRABALHANDO ESTUDANDO E FALANDO MAU DA FAMILIA DE COELHO QUE LHE AJUDOU.. INCLUSIVE ESTE PREFEITO QUE ANDOU POR VÁRIAS CIDADES DO BRASIL E VEIO SOBREVIVER EM PETROLINA DOS COELHOS.

  2. Ilsis disse:

    Miguel, faltou falar da casa rural..ele acobou com o patrimônio histórico dos tropeiros! Não é justo, nem perguntou o que a população queria fazer..foi logo vendendo. Podia ter restaurado o prédio e aproveitado para o funcionamento de algum serviço público. Mas ele é um forasteiro. O Sr. Osvaldo (que Deus o tenha em um bom lugar) se enganou com este homem. Ele quer mangar da cara dos petrolinenses, se promover, com pouca coisa, e ganhar dinheiro. Acoooorda Petrolina, deslumbrada por São João superfaturado.

    1. Pedro Henrique disse:

      A Casa Rural, até onde eu sei, era particular e pertencia ao Sindicato Rural.

  3. Eleitor sábio disse:

    Quais as obras desse governo além dos são João milionários e da venda do patrimônio do povo de Petrolina?

  4. João José dos Santos disse:

    Além desses descansos, faltou o deputado falar da vergonha que é a falta de saneamento e pavimentação dos bairros.

  5. Cidadão disse:

    E o VLT que promete, promete e nunca sai e o terreno ao lado do parque massangano que poderia ter aproveitado e ter construído um belo dum parque nos moldes do Josefa coelho, e os dois shoppings que ele, na época da eleição, ficou de frente e falou que Petrolina iria ganhar dois shoppings, teu pai, Miguel o Fernando Bezerra, prometeu que iria trazer um shopping para Petrolina e cumpriu a promessa, o terreno pode até ter sido doado, mas teve retorno com a geração de milhares de emprego além de ser fonte de renda, negócios lazer, compras etc……. Agora este governo que ai está é sinônimo de atraso. MUDA PETROLINA.

  6. Costa disse:

    Ibis é uma cadeia de hotéis de categoria econômica pertencentes à empresa francesa Accor.

  7. Marco disse:

    Boa noite Carlos,
    Até onde sabemos a Casa Rural não era imóvel pertencente ao município, e sim a Associação Rural. Mesma associação que doou uma parte do estádio pra um terceiro sem que soubéssemos como isso aconteceu.

    Com relação a venda dos imóveis podemos observar as melhorias feitas na cidade (Construção de Ames, Cobertura Do Canal do Pedro Raimundo, pavimentação de ruas onde os próprios vereadores fizeram suas indicações, dentre outras melhorias na cidade), diferente de ex-prefeito que de alguma forma doou terreno pra esposa, cunhado e amigos.
    Por que será que não doaram pra nosso amigo Marcelo Silva ou pra Ilsis… o que uma esposa, amigos, cunhados tem de melhor do que vcs, do que o resto da população que não viu uma melhoria sequer com essas doações apadrinhada?

    1. ilsis disse:

      O quê? Pavimentação de ruas?! Isso não é feito com recurso do PAC? Eu não sou da política, mas assisto jornal e escuto rádio e sei que o Dr. Júlio Lóssio tem rabo preso, ele não ficou ileso nos processos contra ele não! E mais.. cadê o furdanços com cheques falsos com a ex funcionária do nova semente? Nós sabemos quem meche na parte de alimentos em Petrolina é um rapaz amigo de Júlio de antes da política! Sempre que posso, faço a minha parte, converso com os colegas, familiares.. e não deixo de tirar a carapuça do Júlio, esse Sr. não me engana!

    2. ilsis disse:

      E Miguel Coelho é um gato!

  8. Filósofo disse:

    Sem contar as doações de terrenos a igrejas que ex-prefeitos fizeram sem gerar nenhum emprego ou re da para a sociedade petrolinense.

  9. ADALBERTO MARINHO disse:

    O DESMONTE DOS CENTROS DE COMPRAS DE PETROLINA, TIPO CEAPE, COMEÇOU QUANDO JUAZEIRO DA BAHIA, FEZ A PRIMEIRA AMPLIAÇÃO DO MERCADO DO PRODUTOR, QUE NA ÉPOCA EM QUE O PREFEITO DE PETROLINA ERA FERNANDO BEZERRA, O GESTOR DO MERCADO DO PRODUTOR DE JUAZEIRO, CONQUISTOU PARTE DOS COMPRADORES DE FRUTAS E CEBOLICULTORES DO CEAPE DE PETROLINA, OFERECENDO VANTAGENS PARA COMEÇAR A PAGAR O ALUGUEL DOS BOXES( TAXA DO PERMISSIONÁRIO)
    COM DOIS ANOS DE CARÊNCIA; NA SEGUNDA ETAPA DE AMPLIAÇÃO DO MERCADOR DO PRODUTOR JÁ NA GESTÃO DE GUILHERME COELHO, A GERÊNCIA do MERCADO DO PRODUTOR OFERECEU UM ANO DE CARÊNCIA E FECHOU O CEAPE, FICANDO TÃO SOMENTE ALGUNS COMPRADORES DE COCOS E CEBOLAS. OS JUAZERENSES ESTÃO RINDO DE ORELHA A ORELHA, SEM BAIRRISMO!!!!!!!!!!!!!

  10. ADALBERTO MARINHO disse:

    AGORA OS JUAZERENSES SEM FAZER FORÇA, ESTÃO RINDO NOVAMENTE, DE RELHA A ORELHA, QUANDO O PREFEITO NUMA QUEDA DE BRAÇO COM OS MARCHANTES DE PETROLINA, ALEGANDO QUE O MUNICÍPIO NÃO TEM OBRIGAÇÃO DE SUSTENTAR O MATADOURO FECHA PARA VENDER O TERRENO SEM OFERECER QUALQUER CONDIÇÃO AOS MARCHANTES, MAGAREFES.DEIXANDO MUITAS GENTES DESEMPREGADA E SEM RENDA PESSOAS QUE SÓ SABEM AQUILO MATAR BOI E OUTROS ANIMAIS. ESSE É O TERCEIRO MATADOURO DE PETROLINA. CONTUDO QUANDO FECHAVA UM, JÁ TINHA OUTRO CONSTRUÍDO. AGORA OS BRIOSOS MARCHANTES SE QUISER MATAR UMA RÊS TEM QUE IR CONSTRANGIDO PARA JUAZEIRO. UMA HUMILHAÇÃO PARA OS PETROLINENSES!!!!!!!!!!!!!!!!O IMPENSADO ATO DO PREFEITO JÚLIO LÓSSIO TEM SER URGENTEMENTE REPENSADO PARA O SEU BEM E O BEM DOS PETROLINENSES

  11. Valeriano disse:

    Miguel explanou bem! cadê as obras prometidas que até hoje não saíram do papel? A ex: do VLT, novo shoping, do próprio centro administrativo. Essas só são algumas das promessas que não foi e não será cumprida. Fora a infraestrutura que não vemos no dia a dia, ruas cheia de buracos, obras inacabadas, pois começam e simplesmente abandonam. O que podemos observar diante de tudo isso é a falta de compromisso com a população. Quando em época de eleição são prometidas centenas de coisas e logo depois não passam de meras palavras, mas outubro está perto e podemos mudar essa realidade. Colocando pessoas que realmente queiram ter compromisso, não deixando a população a mercê de conversas bonitas. TEMOS QUE QUERER MENOS CONVERSA BONITA E MAIS ATITUDE. Não vamos nos deixar iludir com apenas palavras. AINDA PODEMOS FAZER A MUDANÇA! até porque a rotatividade, faz com que os que estão no poder acordem e vejam que o poder não é vitalício e que a população está sim acordada QUERENDO VER TRABALHO E MUDANÇA. Espero ver a mudança nessa eleição. É inadmissível se deixar repetir o que estamos vivendo. Porque simplesmente está para acabar e não vemos praticamente nada prometido sendo concretizado. ACORDA PETROLINA, MUDANÇA JÁ!

  12. maguim disse:

    E o minino de papai E? O salvador da PATRIA VEM AI 2016 SEU LINDO ADIANTE CHEGUE LOGO OUTUBRO…

  13. ADALBERTO MARINHO disse:

    VOLTANDO AO ASSUNTO DO FECHAMENTO DO MATADOURO DE PETROLINA, NÃO SE PODE PERDER DE VISTA PORQUE O MERCADO DO PRODUTOR DE JUAZEIRO DEU CERTO. DEU CERTO NÃO POQUE JUAZEIRO É MELHOR OU MAIS BONITO MELHOR PARA NEGÓCIO. DEU CERTO PORQUE AO LADO DO MERCADO DO PRODUTOR DE JUAZEIRO NA ÉPOCA ERA TÃO SOMENTE UM GALPÃO SIMPLES, FORAM INSTALADAS DUAS CENTRAIS DE COMPRAS DE FRUTAS: UMA DO SUPERMERCADO PAES MENDONÇA DE SALVADOR E OUTRA DO SUPERMERCADO BOM PREÇO DO RECIFE E AS SOBRAS DE FRUTAS QUE NÃO ERAM CLASSIFICADAS PELAS CENTRAIS DE COMPRAS DESTES SUPERMERCADOS, ERAM VENDIDA AO REDOR DO MERCADO PRODUTOR, E, DAÍ O GALPÃO VIROU UM SUCESSO, POE OUTRO LADO O PESSOAL DO CEAPE QUE FORAM PARA JUAZEIRO ALEGAM QUE ERAM MALTRATADOS PELA DIREÇÃO DO CEAPE, QUE COBRAVAM O DOBRO OU TRIPLO DO QUE COBRAVA O MERCADO DO PRODUTOR DE JUAZEIRO, E, QUANDO ÍAM RECLAMAR A DIREÇÃO RESPONDIAM, QUE PETROLINA ERA PETROLINA E JUAZEIRO ERA JUAZEIRO, OU SEJA NÃO HAVIA UMA FLEXEBILIZAÇÃO.

  14. Alécio Coelho disse:

    Estas vendas de bens públicos não fere ao Princípio da Indisponibilidade do Bem Público? Cadê o judiciário para fazer estas intervenções junto a este cidadão? Cadê? Cadê?

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