O Blog compartilha agora o artigo do leitor enviado pelo ex-vereador Padre Antônio Moreno. O material, assinado pelo “Movimento Leigos por uma Igreja Sinodal: De Comunhão, Participação e Missão”, convida a refletir sobre questões profundas e atuais da Igreja e da sociedade.
O texto aborda a importância da crítica construtiva, a arte de julgar sem condenar, e discute a recente especulação sobre a nomeação de um novo bispo para a Diocese de Petrolina. Além disso, questiona a maneira como as informações são divulgadas e como as narrativas podem ser manipuladas para enfatizar aspectos negativos.
Confira:
“PREFIRO OS QUE ME CRITICAM, PORQUE ME CORRIGEM, AOS QUE ME ELOGIAM,
PORQUE ME CORROMPEM” (Santo Agostinho)
A critica é uma expressão muito utilizada no sentido de julgamento e condenação de alguma coisa ou pessoa. No entanto, é uma expressão que vem do grego que significa “a arte de julgar” não no sentido de buscar a condenação de alguém, pois neste sentido é contrário ao ensinamento de Cristo: “Não Julgueis para não serdes julgados”.
Recentemente fomos surpreendidos com matéria onde sobressaem aspectos considerados negativos sobre a pessoa e ministério do Bispo que, segundo a matéria estaria sendo cogitado para ser nomeado Bispo de Petrolina. Causa espécie: estranheza, incômodo ou supressa porque, em geral o processo de escolha e nomeação de um bispo é feito de forma secreta, justamente para evitar o envolvimento de interesses escusos.
As pessoas envolvidas no processo de escolha devem guardar sigilo. Cabe aqui uma pergunta: A quem interessa essa especulação ou antecipação da indicação de um possível bispo de Petrolina? A referência à pessoa e ministério do Bispo salienta apenas aspectos ou narrativas consideradas negativas e até referencias irrelevantes como o uso de um anel considerado negativo e a maneira como o bispo dá a comunhão ao fieis. “Adepto da Teologia da Libertação” O que significa Teologia da Libertação? Por tudo isso e algo mais que aqui não se pode aplicar a frase de Santo Agostinho: “Prefiro os que me criticam, porque me corrigem aos que me elogiam, porque me corrompem”.
Uma critica no sentido positivo poderia ser feita após a nomeação do possível bispo, fazendo um balanço do seu ministério episcopal na sua Diocese de origem, salientado os aspectos positivos, os avanços na missão pastoral e evangelizadora, bem como possíveis reparos ou lacunas no seu ministério anterior.
O que se ler no texto que circula na região é bem diferente. E estranho porque qual a fonte dessa informação que o Bispo de Caicó esta sendo cogitado a ser nomeado bispo de Petrolina. Qual a fonte da informação? Além disso, trazer à baila uma apreciação negativa do ministério do bispo em Caicó é muito sintomático. Faz-se apreciação negativa do ministério de um bispo exercido em uma diocese tão distante esquecendo a realidade local.
Por tudo o que analisamos, leva-nos a intuir que há interesses na desconstrução da pessoa e ministério do bispo. Não há nada de evangélico ou cristão. O texto em tela mais se parece com um discurso de ódio, preconceituoso, realidade tão conhecida no país. Fazer referencia à Teologia, anel de tucum e modo de distribuir a Sagrada Comunhão sinceramente é querer encontrar chifre na cabeça de cavalo. Quem foi mais criticado, perseguido, julgado e condenado do que Jesus Cristo? Quem são os críticos do Papa Francisco?
Parece que são os mesmos segmentos que criticaram e mataram Jesus, mantida a diferença, são os mesmos segmentos que criticam o Papa, a CNBB e os bispos comprometidos com o segmento de Cristo e o Magistério do Papa Francisco. Neste clima, cabe recordar qual é o essencial da missão de um bispo, de um pastor. É o Papa que nos recorda o que Jesus ensinou aos Apóstolos: o poder do pastor é o serviço. Dai vós mesmos de comer. Estão angustiados, dai a consolação, estão esmorecidos, dai uma saída. Portanto, o poder do Pastor é o serviço, não há outro poder. E quando erra sobre esse ponto, o pastor estraga a vocação e se torna um Administrador de Empresas Eclesiásticas, mas não Pastor. A estrutura não faz pastoral. É o coração do Pastor que faz pastoral.
Em geral, os fiéis são orientados a esperar a nomeação de seu bispo confiando na providência divina, pedindo que Deus envie um Bom Pastor e não um administrador. Neste contexto cabe muito bem relembrar o que o papa Francisco nos recorda: “Fofoca é uma peste pior do que a COVID”. O diabo é a grande fofoca. Ele está sempre falando mal dos outros porque ele é o mentiroso que tenta dividir a Igreja.
Assim oremos com as palavras do Papa: peçamos ao Senhor pelos pastores da Igreja para que o Senhor lhes fale sempre porque os ama muito: fale sempre e os ensine a não ter medo do seu povo, pois o coração de um pastor não pode ficar indiferente às pessoas que se aproximam dele. Que Deus envie para a Diocese de Petrolina um Bom Pastor, capaz de dar a sua vida pelas suas ovelhas, sobretudo pelos preferidos de Deus, os pobres e marginalizados das periferias geográficas e existenciais. São esses excluídos que aguardam a chegada de seu novo Pastor com muita esperança. Essa é a nossa prece neste tempo de espera do novo Bispo.
Movimento leigos por uma Igreja Sinodal. De comunhão, participação e missão
Uma crítica pode ser feita ao possível bispo ao avaliar se suas palavras estão de acordo com a Doutrina ou não. Seria o tipo de correção que Sto. Agostinho apontou.
Como católica nessa igreja local com tantos problemas nesses últimos anos, peço a Deus que nos envie um bispo segundo o Seu coração, que seja um Bom Pastor, que escute o seu clero, enfim que seja um pai, um cristão verdadeiro.
É estranho que leigos estejam sabendo que será o Bispo sendo que o processo é feito em sigilo na nunciatura Apostólica e no dicastério para os Bispos em Roma , e mais estranho são leigos atacar e julgar quem não conhecem , sendo que a diocese precisa de um Bispo adepto da sinodalidade proposta pelo Papa Francisco.