Neste artigo enviado ao Blog, o leitor Robson Patrício (foto) justifica que a sociedade petrolinense não pode marginalizar seu jovens por conta de ‘rolezinhos’ ou qualquer outro movimento social, mas procurar compreender o contexto desses novos tempos, nos quais a internet tem papel decisivo. Por outro lado, ele acredita também que a juventude de hoje poderia aproveitar melhor essa força que está descobrindo, por meio das redes sociais, para cobrar por um futuro melhor do país.
Confiram:
Por toda semana vimos falar em “rolezinho”, expressão bastante discutida pela imprensa, com colocações de comparativos a desordem, agressão e anarquismo. Mas, afinal, o que pode ser este momento vivenciado por esta Geração Conectada?
É importante ressaltarmos que os métodos utilizados por esta juventude de se organizar de forma rápida e espontânea se dão pelo fato de vivenciarem uma experiência que os adolescentes de gerações anteriores aos anos 90 não haviam vivenciado pela falta da internet.
Hoje o que vemos é uma sociedade dita “virtual”, que não vive o “calor” da amizade com brincadeiras de ruas, passando a viver num mundo por vezes imaginário e ao mesmo tempo presente, pois com apenas um clique, você pode propagar uma ideia numa velocidade nunca antes vista. Resta a nós, como parte desta sociedade, compreender este fenômeno e aprender a conviver com estas novas ferramentas sociais, pois anteriormente a esta era digital da internet, mobilizar massas para um movimento era complexo e caro; hoje a facilidade é enorme por conta das redes sociais.
Não podemos marginalizar nossos filhos por se utilizarem destes meios para reunião ou encontros, como eles bem dizem, de forma desorganizada, sem pauta, sem partido e sem religião, apenas um “encontro”, cabendo a nós orientá-los para o melhor uso destes movimentos.
Poderíamos, num futuro breve, termos jovens com características mais politizadas e com uma maior integração na fiscalização dos recursos públicos, maior participação da massa nas discussões políticas de melhoramento da cidade e um povo melhor informado durante o processo eleitoral quando na escolha de seus representantes.
Não é hora de marginalizarmos nossa sociedade por eventos marcados pelas redes sociais, e sim de tirar proveito disto tudo para buscar desenvolver o nosso país, pois onde há uma fiscalização mais presente, há menos corrupção, algo que vem envergonhando a política de nosso país.
Aos jovens fica o conselho: que usem desta força que estão descobrindo para participarem de todo processo político deste país gigante, e que às vezes pela sua dimensão se torna um facilitador para corrupção, mas com a participação ativa de todos vocês podemos ajudar o nosso país a crescer; lembrando que este ano estaremos vivendo mais um ano político em nosso país, quando iremos escolher um novo Governo Estadual e Federal e nossos legisladores nas Assembleias Estaduais, na Câmara dos Deputados e no Senado.
Robson Patrício/Leitor
o problema é que no meio de 100 vai ter 20 q não presta. mais se o amigo tiver uma loja, imagine entrar 100 pessoas dentro só pra dar um rolezinho.
Para que existe polícia? só para torrar milhões em despesas públicas?
Ao meu entender não foi o “movimeto social” que foi marginalizado, e sim, a maginalização em si que estava sendo programado pelas redes sociais na mesma data e horario. Foi muito pertinente a preocupação do delegado Lamartine Fontes, em não permitir que o “rolezinho” se torne em nossa cidade e no nosso unico shoping um meio onde vandalos poderiam se infaltrar no meio dos jovens de Petrolina e Juazeiro para fazer arruaça, arrastões, encontros de gangues.. etc Pois, se formos observar nas cidades maiores esse “rolezinhos” não são encontros inocentes, muito ao contrario.
A maioria dos hoje “não mais tão jovens” esquecem que também transgrediram, quebraram tabus e sofreram as críticas que ora sofrem os jovens cibernéticos. Não foram os jovens de agora que vivenciaram os “anos rebeldes”, “sexo, droga e rock and roll”, movimento hippie, e outros de dimensões menores de acordo com a geografia.. Agora, ao invés de compreender, atiram pedras.
O exercício no uso das redes sociais pode melhor ser utilizado em campanhas pacíficas de formação da opinião pública em como votar sem a ótica do clientelismo, da amizade ou do interesse pessoal. Fazer rolezinho contra as injustiças sociais, cujas raízes se firmam na educação pública sem qualidade, na corrução e na reserva de privilégios para quem fica a serviço do poder.
Simplício, parabéns pelas colocações, é teste o caminho. Não podemos barrar a vontade e a iniciativa destes jovens, o que precisamos fazer é mostrar o que realmente deve ser discutido nestes encontros.
Perplexa, é neste foco que devemos ter atenção, nas transformações que passam as gerações.
O interessante é que a corrupção na política não incomoda os nossos jovens. Os jovens que tantos dizem que estão exigindo seus direitos, que estão expressando sua indignação, não se sentem incomodados com a falta de atendimento médico, mesmo sendo vítimas. Não se incomodam quando um prefeito gasta absurdo para promover um carnaval, por exemplo. Não se revoltam com a violência que atinge principalmente a sua faixa etária. Pelo contrário, nas “manifestações” eles promovem mais violência. De dentro de casa (com raríssimas exceções) podemos perceber que esta juventude não tem compromisso nenhum com as questões sociais deste país. “SÃO AMADURECIDOS PARA FAZER COBRANÇAS, MAS INDOLENTES DEMAIS PARA ASSUMIR RESPONSABILIDADES.”
Sinto muito, mas é a mais pura verdade.
Doa em quem doer!