A desordem na região central de Petrolina e o esforço da prefeitura e das entidades para organizar o comércio, principalmente o informal, são temas de mais um artigo do radialista e leitor do Blog, Marcelo Damasceno. No texto abaixo, ele faz uma reflexão sobre a aplicação do Código de Postura da cidade e cita opiniões de especialistas sobre a desordem urbana em alguns pontos de Petrolina.

Confiram:

O Código de Postura na desordem pública da cidade

Embora na primeira gestão 2009-2012 o prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB), tenha produzido sua ‘força-tarefa’ para enfrentar (e de alguma forma, corrigiu até), a desordem teimosa do comércio informal em cima dos passeios nobres do centro da cidade volta a infernizar sob um calor médio de 40 graus.

Em conversa conosco, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Petrolina (Sindlojas), Joaquim de Castro, manifestou sua “frustração em ver que o poder público atendeu a uma forte demanda desse setor instalando o Mercado do Turista que ao contrário do que alguns camelôs imaginavam, vem dando boa resposta em lucro e vendas adicionando outra fatia de ambulantes em travessas próximas ao equipamento e o caos voltou a reinar”, lamentou.

“Em bairros com luz própria, exemplos da Areia Branca e seu invejado Bodódromo, e mais, os eventos do fim de semana, incluindo aí o José e Maria que lembram as ruas de uma grande cidade é bom se vê o lojista da periferia independente ganhando dinheiro e gerando emprego”, observou, o lojista e economista de formação, Rodolfo Moura Leal.

Acrescentando ainda para este debate sobre o Código de Postura em Petrolina, Rodolfo Moura adverte que “a democratização da renda, do comércio, é salutar, haja vista que o ciclo industrial nosso encolheu e a migração do emprego formal foi atribuído ao comércio que mantém sua cooperação mútua junto ao negócio irrigado”, completou.

Com a larga demanda de passageiros dentro do perímetro urbano e por extensão, em linhas intermunicipais, incluindo a zona rural, verifica-se outra queixa da classe empresarial denunciando um cenário onde, “Petrolina registra outro fenômeno que atende aos desempregados, mulheres abandonas por seus esposos, formando um visível mercado involuntário e que lembra uma feira bem em frente ao nosso cemitério Campo das Flores”, observou o diretor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrolina (CDL), Valdivo Carvalho.

As Secretarias da Ordem Pública e Segurança Cidadã, por seu titular, Jota Santos, bem como através da sua comunicação social junto à mídia nativa, sabe do problema e conforme seu depoimento “vem o transtorno, a incompreensão de uma minoria, a antipatia por nossa atribuição que age em defesa da calçada livre para o público e nossa responsabilidade de manter o centro de Petrolina onde não haja prejuízos nem lucro de interesses na direção de camelô ou comerciante”, justificou esta semana em uma rádio local, o comissário chefe.

Petrolina, hoje com seus 322 mil moradores, sua frota domiciliada de 117 mil veículos em números aproximados de órgãos locais, ferve seu caldeirão de ‘postura’ com progresso, mas desordem.

Marcelo Damasceno

Leitor e radialista