Neste artigo, escrito por Mauro Lopes, leitor do Blog e morador do bairro José e Maria, na zona norte de Petrolina, ele faz uma reflexão sobre as eleições presidenciais deste ano e a polarização causada por apoiadores do atual presidente e pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) e o também pré-candidato ao terceiro mandato, o ex-presidente Lula (PT).

Confiram o artigo na íntegra:

 Eleições 2022: O melhor jogo da melhor seleção brasileira

Tudo bem, não consigo apoiar Bolsonaro. Com sua baixíssima capacidade de diálogo, de exemplo do exercício da cidadania, de liderança que deveria conduzir, com harmonia, seu povo para um cenário de mais conforto e/ou perspectiva de melhoria da qualidade de vida. Triste e sem paixão, reconheço que ele não se revela como líder para ser o “representante do povo” em uma democracia que ainda precisa se qualificar e se consolidar. Que me desculpe seus seguidores, mas ele não esconde admirar o autoritarismo e nosso recente passado de limitações das liberdades. Lembro que sua referência intelectual (aparentemente, não só intelectual) é o general Ustra.

Agora, achar que Lula é a opção para resolver os nossos problemas, não é só ingênuo, é ilusão, é burrice. Foi ele que, em determinado momento, conquistou uma popularidade mais que confortável para fazer as reformas políticas, tributárias e sociais que nosso país precisava e ainda precisa, mas preferiu nos enganar oferecendo uma sucessora para administrar o Brasil com capacidade de ser a “gerentona” que precisávamos. Sem paixão (de novo), ela se revelou incapaz de falar, de compreender, de refletir e, pior: de expressar uma ideia com a mínima lógica. Claro, Lula queria, assim, manter o poder pelo poder. O povo, sofrido como ele fora um dia, foi para longe da prioridade. Não vou tratar de corrupção aqui, pois entendo que só mudamos de nível e de sistematização.

Sem querer defender ideologias de esquerda ou direita, por entender que elas possuem virtudes e fragilidades que precisam ser aprimoradas para promover a democracia, quero provocar a reflexão sem paixão (mais uma vez).

É urgente que a Saúde e a Educação Básica de qualidade se tornem, de fato, um direito inegociável e garantido da pessoa humana, pois só assim pobres e ricos, negros e brancos, admiradores de uma linha ideológica ou outra, poderão receber a condição fundamental para, com seu esforço e compromisso individual, construir e usufruir dos benefícios que a vida terrena oferece.

Como a política é a arte ou ciência da administração das causas do povo, o superior interesse público precisa imperar. A população precisa se emancipar desse “Fla x Flu” que significa a vitória de um e a derrota de outro. Chegou a hora da “seleção brasileira” escalada por cada família desse magnífico país conquistar a vitória de toda população.

Mais que pessoas, precisamos eleger líderes de projetos e compromissos que elevem e garantam a melhoria da qualidade de vida de cada um/uma; que tenham história e credibilidade para ser digno representante de uma população inteligente e carente de benefícios; que lidere um país riquíssimo de potenciais que podem elevar a condição de humanidade da sua nação.

Lula e Bolsonaro se revelaram no “Fla x Flu”, onde a vitória evidencia o capricho e o fugaz sentimento de prazer em derrotar o outro, pouco significando para o sucesso geral do povo. Somos nós, na nossa individualidade, que jogamos com o voto, sem paixão e com máxima racionalidade, que estamos jogando o jogo das nossas vidas e dos nossos descendentes.

Chegou a hora de vestirmos a melhor camisa da seleção brasileira. Onde ganhar é evoluir e conquistar a condição humana que cada patriota merece e precisa.

Brasil. Brasileiras e Brasileiros. Sempre!

Mauro Lopes/Leitor