Em artigo enviado ao Blog, o professor e economista Leonardo Cordeiro fala sobre as bandeiras que são levantadas em defesas de lutas que muitas vezes “afundaram o país sob a égide da defesa inexorável dos pobres”.
Acompanhem:
Heurísticas e pecados. Peremptórias a cerca de um pensamento que destoa entre os galhos e arbustos de uma caatinga que se acostumou com a mesmice e perdeu a capacidade de se indignar, e não meramente menos que isso, se entregou ao fetiche de ideologias que afundaram o país sob a égide da defesa inexorável dos pobres e das mais puras condutas da humanidade.
Qualquer que seja o pudismo na aceitação dessas “virtudes” não cabe na minha agenda. Mesmo pobre e filho de agricultores (com orgulho) não me cabe e nem me parece encher os olhos de felicidade com as atrocidades cometidas sob a bandeira em punho de pautas populistas e sem sustentabilidade no médio e longo prazo.
Continuo insistindo, e é cada vez mais irreversível e sólida a ideia de que o melhor programa social é o emprego e as melhores políticas públicas, são as construídas com fundamento neoliberal. Mais Estado, não significa ausência. No bojo dessa discussão está à racionalidade e acima de tudo a prioridade dos recursos finitos [e cada vez mais escassos] do dinheiro público.
Mas, pensar isso, sobretudo aqui no Nordeste, tem sido custoso, traumático e desafiante, na verdade, é quase um oitavo pecado capital.
Bandeira em punho (e que não é a Brasileira) empurram essa discussão para o abismo da politicagem e constroem e solidifica a ponte do insucesso e do fracasso, que nos têm levado aos péssimos resultados, seja na saúde pública, educação, segurança e infraestrutura, que de tão hebdomadários já nem causam espanto e pior, revolta.
Mas como sempre em meus posicionamentos, a esperança segue presente. Nem Dom Quixote, nem utópico e nem pensamento elitista, como alguns me rotulam. Sempre tive dificuldades em sonhar pequeno, e isso parece para alguns, ser um pecado imperdoável dadas as origens desse pecador, mas não é nada disso, meu sonho é um país livre do verme populista.
De longe escuta-se o barulho das trincheiras
Canhões disparam beijos doces sem nenhum pudor
Exércitos atiram poesias sem piedade
Armas em punho estão carregadas de flores
É, estamos em guerra, e para a nossa sorte seremos vencidos!
Heurística e resiliência, para um país melhor
Leonardo Cordeiro/Professor e economista
👏👏👏👏👏👏👏
Excelente!
Alguém muito consciente!
Parabéns Leonardo Cordeiro!
Empregar neste país é um martírio com essa CLT fascista copiada de Mussolini (a esquerda odeia o fascismo, mas adora a CLT criada por fascistas), e os abusivos encargos trabalhistas que encarecem a mão de obra. Sem falar na achacadora justiça do trabalho e seus marajás que tratam quem empreende como criminoso. O resultado são 13 milhões de desempregados e mais de 40 milhões vivendo na informalidade, passando todo o tipo de sufoco para levar comida para dentro de casa. Se não mudar, daqui uns dias o povo terá de escolher entre os direitos e o emprego. Quem defende uma coisa monstruosa como essa CLT não tem amor pelo próximo.
Muita coragem defender o neoliberalismo numa terra de populistas, onde as pessoas foram acostumadas a preferir o clientelismo do que o emprego. Preferem saber que terão o futuro garantido até a próxima eleição, se elegerem fulano, do que tentar garantir por conta própria o futuro de longo prazo, independente de politicagens.. Meus parabéns!
Finalmente… deram espaço nesse blog a alguém que pensa com a cabeça que pensa… parabéns. Eu também tenho as mesmas origens e continuo teimando em acreditar que 2+2=4…
Parabéns Leonardo, corajoso e excelente texto.
eu de Doments
essa é a nossa realidade as pessoss acham que receber migalhas e melhor que ter uma politica de crescimento que benefiaria a todos, essa é a verdadeira pobresa de mentalidade po isso nosso pais se encontra no fundo do poço
Pensamento anacrônico. Até mesmo o FMI, uma espécie de Vaticano do neoliberalismo, já disse que este só produziu miséria.