Neste artigo enviado ao Blog, o leitor Durval Vieira Dantas questiona o “silêncio” da oposição em Juazeiro (BA) quanto à decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), que condenou o prefeito Isaac Carvalho por desvio de finalidade nos recursos do município. Ele critica também a prática de nepotismo do gestor e o projeto político-eleitoral que alardeia para a população, o qual está muito mais para um “projeto familiar, empresarial e oligopartidário”.
Boa leitura:
Depois de convivermos durante meses com o incessante debate sobre os motivos que levaram a Presidenta Dilma Rousseff ser afastada do cargo e com reais chances de sofrer em definitivo o impeachment de seu mandato, somos surpreendidos por uma decisão em segunda instância do Tribunal de Justiça da Bahia, condenando o prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho pela prática de desmandos semelhantes e com o agravante da prática de nepotismo.
Decorridos alguns dias dessa grave decisão, paira no ar um silêncio estranho por parte das nossas lideranças de oposição. Nem a bisonha nota oficial que sinteticamente tenta responder uma parte, e não o todo, dos crimes imputados ao gestor municipal, serviu de combustível para abrirmos um debate sobre a atual administração e suas responsabilidades, principalmente porque estamos num ano de eleições municipais e de decisão sobre aqueles que irão conduzir os destinos da nossa cidade pelos próximos quatro anos.
É importante o povo saber que os desmandos julgados pelo TJ-BA são referentes ao exercício de 2010, e lá já se praticou desavergonhadamente o que hoje toda a nossa população conhece como ‘Pedaladas Fiscais’.
Não são desconhecidos da classe política, da sociedade e da maioria dos cidadãos esclarecidos os desmandos e práticas obscuras que norteiam o atual governo e muitos dos seus gestores de primeiro escalão. O Tribunal de Contas dos Municípios vem rejeitando sucessivamente as prestações de contas, desde o ano de 2009, e com a omissão da maioria do Legislativo Municipal, esse “lixo” vem sendo varrido para baixo do tapete.
O Brasil mudou, o seu povo indignado já não tolera tanta corrupção e enganam-se aqueles que imaginam que nós, juazeirenses, estamos indiferentes. Muito me alegrou começar essa semana lendo um desabafo do Vereador Dalmir Pedra, até recentemente Secretário de Saúde do Município e aliado da base no Legislativo, sobre o perverso processo de escolha do nome da situação que irá disputar a próxima eleição. Não me estranha os seus reclamos quando menciona a prática do monopólio na decisão de escolha do nome, pois isso é recorrente nas hostes petistas e comunistas.
Vale salientar que o esperneio do nobre vereador é motivo para uma importante reflexão. A intenção clara de perpetuação de poder, pela qual os atores e objetivos não estão comprometidos e nem se coadunam com as necessidades coletivas para Juazeiro voltar a trilhar o caminho do desenvolvimento. É um projeto familiar, empresarial e oligopartidário.
É chegado o momento de Juazeiro se levantar e dar um ‘basta’ a esse falso projeto de mudança perpetrado nas eleições de 2008, e devolver a cidade aos que realmente têm compromissos e capacidade para gerir as suas riquezas e potencialidades. Ou fazemos isso agora ou veremos com quantas Pedaladas esse falso vaqueiro irá destruir o legado deixado por milhares de legítimos juazeirenses.
Durval Vieira Dantas/Cidadão Juazeirense