Neste artigo, Cristiana Coelho Barreto, que mora em Lisboa, Portugal e é sobrinha do líder político, ex-deputado Osvaldo Coelho, relembra momentos históricos de Petrolina e faz uma homenagem ao saudoso tio, que completaria 90 anos no próximo dia 24 de agosto. Em comemoração ao legado deixado por ele, Cristiana descreve cenas marcantes que vivenciou ao lado do seu tio. Confiram:
A minha família é toda ela do Sertão. Tanto os meus ancestrais maternos quanto paternos têm as suas origens no Nordeste do Brasil. São mulheres e homens valentes, firmes e fortes. Filhos da Caatinga. Entre elas, almas grandes, cuja maioria não conheci: o meu tio avô, Nilo, Dona Josepha, e o Coronel Quelê. Figuras que só pude conhecer em histórias; embora em relatos que me parecem fazer jus às suas personalidades incandescentes.
Tive, ainda assim, a chance de conviver com duas personagens imprescindíveis do meu universo familiar. São elas o meu avô José e o meu tio-avô, Osvaldo. Ambos eram homens transcendentes, na medida em que bastava conviver com eles brevemente para sentir a imensidão das suas almas. Eram pessoas que valorizavam, acima de tudo, três qualidades: a lealdade, a honestidade e a coragem.
Desde muito cedo compreenderam que o mundo era difícil, duro e seco, mas que a única maneira de vencer era enfrentá-lo inteirinho, do jeito que ele se apresentasse. Fugir ou desistir jamais seriam opções.
Como é que o poderiam ser?
Devido à escolha de vida, de eternos nómadas, dos meus pais, tive a chance de correr muito o mundo e de conhecer muitas pessoas e lugares esplêndidos. Mas se há uma coisa que me enche de pena nessa vida de viagens é termos morado sempre tão longe da nossa terra. A cidade de Petrolina consta nas minhas memórias mais antigas, mais remotas, mas sempre de um jeito longínquo e efêmero.
Tenho lembranças desfocadas de subir em árvores com os meus primos, provar jabuticaba, goiaba, macaxeira. Rondar pela casa dos meus avós e me perder nos vários quartos, acordar com um cheiro de beiju e de tapioca me enchendo o peito. Temer o cachorro brabo que guardava a casa à noite, e que o meu avô tanto adorava. Ficar perplexa com os quadros, com os móveis, com as histórias. Ouvir a minha avó acordar sempre tão cedo para ir à missa.
Ver o meu avô sentado na sua cadeira de balanço, falando alto ao telefone, às gargalhadas. Visitar a casa de tio Osvaldo, que ficava exatamente do lado. Brincar com as suas netas, comer e provar um pouco da alegria perpétua que se instalava no seu lar. Pensar que o único homem que havia de tão valente e íntegro quanto o meu avô, era sem dúvidas, tio Osvaldo.
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Muito bem dona cristiana coelho ainda não conheço-a pessoalmente, mas cinto que preservas e engrandece esse tão lindo, forte e engrandecedor dom positivo e benéfico dom da familia coelho em Petrolina e adjacências quero saber e fazer minha parte para com vocês.
Um texto fantástico…. Ja compartilhei com algumas pessoas próximas… Ela descreve muito bem a alma do Nosso Deputado Osvaldo Coelho..
Texto fantástico..
Ela descreve muito bem o nosso eterno deputado Osvaldo Coelho