Os maus políticos brasileiros da atualidade – ou pelo menos uma parte deles – mereceram as críticas sempre pertinentes do leitor e colaborador deste Blog, Alberto de Andrade Silva.

Confiram:

Eles estão presentes em todas as correntes políticas que estão “povoadas por atores que recitam ladainhas decoradas e publicitários da imagem, interessados em embalar os perfis da embalagem opaca de um ilusionismo recheado de enganação, antagonismo e sentimentos falsos. Quando um desses magos da política artifício se coloca no papel de Deus, querendo fazer milagres com remédios adocicados de maldade e emoção demagógica…”. Fato notório.

Não pode ser dignificante para esses atores e para as instituições políticas, a maioria das quais formada por partidos pequenos, também chamados de “nanicos”, que pouco contribuem para a ideal governabilidade do país; ainda apontados como geradores de cabides de empregos sob domínios dos maiores partidos que os aliciam mediante conchaves eleitoreiros na defesa de interesses, nem sempre em benefício da coletividade. Dessa forma, transformando a emoção em arte de extrema impostura, tais como a esperteza, o vale tudo, a dramatização, os recursos artificiais, a hipocrisia e a insinceridade que tem sido, realmente a tônica da cultura política do ciclo da sociedade brasileira.

Agora, no dissabor desta medonha crise que vem assolando e apavorando a população brasileira, as agruras do ajuste fiscal não são iguais para todos que dependem dos cofres do governo federal. Na quinta-feira passada a Presidente da República sancionou o orçamento da União para 2016 com cortes que afetaram frontalmente setores prioritários como saúde e educação, programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, até a Polícia Federal e o Ministério Público – com perigo de afetar o andamento dos trabalhos da Operação Lava-Jato. Mas, ela nada vetou em se tratando da esperteza dos politiqueiros com assento no Congresso Nacional que, na última hora, ainda alteraram a exorbitante verba destinada ao fundo partidário, de R$818,1 milhões para R$867,5 milhões liberados para as próximas eleições do ano em curso.

Useiros e vezeiros na arte de surrupiar os recursos públicos, esta não foi a primeira vez que o Legislativo fez e o Planalto aceitou essa pressão. Com certeza, o que fizeram todas as bancadas do Legislativo foi se aproveitar da fragilidade política do Planalto para impor um gasto absurdo de 163% maior do que previa a proposta original do orçamento, que era de apenas R$ 311,3 milhões, isso sem contar os R$ 9 bilhões em emendas parlamentares para obras nos redutos eleitorais.

E, ainda se tratando das instituições públicas, não é verdade que elas não funcionam. Funcionam sim. A maioria das quais como urubus na carniça. Isso acontecendo em quase todos os estados e municípios brasileiros. Obviamente, seguindo os mesmos exemplos de Brasília, praticados habitualmente pela Cúpula Governamental, com raras exceções.

São chafurdices crônicas entre criminosos políticos que precisam ser desarraigados dos comandos das instituições públicas, de onde são desviados os recursos tão necessários às necessidades básicas da população brasileira que, se encontra atormentada pelas desordens administrativa e governamental, reinante neste Brasil dos brasileiros, que precisam reagir, e não continuar aceitando tamanho desmantelo nacional que está gerando verdadeira penúria coletiva.

Finalizando, para ilustração deste relato, achei oportuno lembrar da realidade do que foi dito por Abraham Lincoln. Observe: “Podeis ludibriar uma parte do povo durante o tempo todo, ou o povo durante algum tempo, mas não podereis enganar todo o povo o tempo todo”.

Alberto de Andrade Silva/Leitor