Nesta reta final de campanha, este Blog pediu a colaboração de nossos leitores sobre o porquê de votar em Aécio Neves (PSDB) ou Dilma Rousseff (PT) para presidente da República. Quem vai abrir o espaço é o empresário Luiz Eduardo Coelho, que defende a candidatura do tucano.
Confiram:
Aécio, sim. Para Presidente da República Federativa do Brasil. Um dos motivos de meu apoio é que não suporto nem a truculência nem a mentira. Ambas rebaixam a democracia, embora sejam a tônica da campanha do Partido Oficial.
Nesse sentido, a vinda de Aécio Neves a Pernambuco é mais do que oportuna porque desmascara uma mentira; desfaz de uma vez por todas, ademais, o mito venenoso de que Aécio não tem compromissos com políticas sociais.
A Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), que tem tanto reitoria quanto campus localizados aqui, é uma das provas mais concretas de que Aécio tem compromissos para com a juventude brasileira e para com as políticas sociais voltadas para os filhos de todos os brasileiros que desejem estudar e prosperar através do trabalho.
Digo isso porque a localização da Univasf contemplou o Nordeste brasileiro e, sobretudo, o interior do País, fortalecendo o desenvolvimento socioeconômico.
Petrolina inteira sabe que a Univasf celebra 12 anos, e não os apequenados dez anos de que temos ouvido falar – certamente para puxar a brasa para a própria sardinha.
São muitos os petrolinenses, aliás, que se sentem indignados com mais uma tentativa de enganar o eleitor e o cidadão com um fato sobejamente conhecido por nossa comunidade. Encabeço a lista deles.
São esses nordestinos, portanto, que dão as boas-vindas a Aécio. Para juntos celebrarmos os 12 anos da universidade criada pelo governo de FHC, e quando era Ministro da Educação, o brilhante economista e educador Dr.Paulo Renato Sousa – de tão saudosa memória.
Seja bem-vindo, Aécio! A casa é sua.
Sabemos que era você quem presidia a Câmara dos Deputados quando foi aprovada a lei que criou a Universidade do Vale do São Francisco.
Quem de nós ousará negar o trabalho incansável do Deputado Osvaldo Coelho para fortalecer o sistema de Educação do Sertão Pernambucano, quando propôs ao Ministro aludido, a criação de uma universidade pública, portanto federal e gratuita?
E pois aqui está a Univasf de que tanto nos orgulhamos – nós, que vivemos na caatinga do Nordeste brasileiro. Somos muitas as testemunhas vivas.
O Diário Oficial da União, em auxílio aos esquecidos (e dementes por conveniência), poderá ajudar aqueles que aqui ainda não estavam vivendo – seja ensinando ou estudando na Univasf.
Aécio Neves, insisto, era Presidente da Câmara dos Deputados quando foi aprovada a lei que criou a UNIVASF, LEI No 10.473, DE 27 DE JUNHO DE 2002.
Volto às Políticas Sociais para insistir na paternidade do Bolsa-Escola e enfatizar que esta também é uma boa herança do Governo de Fernando Henrique Cardoso, e que já atendia em 2002 a um total de 22 milhões de pessoas. Esta cifra não é tímida. Menos tímida ainda se considerarmos o contexto brasileiro de então, avassalado por crises sistêmicas de dimensão planetária.
Pergunto então: por que a propaganda da Sra. Presidente nega com tanta veemência o que é mais do que fato sabido e consagrado? Falta-lhe humildade? É evidente. É o mesmo olhar que critica o vazamento dos áudios da Petrobrás, e ignora os desmandos que lhe denigraram o caixa, o prestígio e o compromisso com os acionistas – todos nós.
Insistirei na importância dada às Políticas Sociais das quais Aécio é parceiro, relembrando aos leitores e aos eleitores que quando FHC assumiu o primeiro mandato, em 1995, as filas para a matrícula da educação básica davam voltas no quarteirão. E pelo simples motivo de que não havia nem carteira nem sala de aula para todas as crianças em idade escolar. Era o rescaldo da década perdida. Iniciada com a fatalidade da morte de Tancredo Neves, avô e mentor de nosso hoje candidato.
A prioridade estabelecida foi, pois, a extensão do acesso à educação a todas as crianças em idade escolar, e a entronização de um direito fundamental: educação é inserção e igualdade de oportunidade. Obrigado também a Dona Ruth Cardoso. Pois bem, naquela época se conseguiu colocar 97% das crianças em idade escolar…na escola!
Este compromisso fora assumido pelo Brasil em 1993 durante a Conferência Educação para Todos, em JomTien, na Tailândia, mas executá-lo era uma tarefa complexa da qual o governo do PSDB não se esquivou. Foi daí que chegamos ao prêmio Nobel da Paz de 2014, outorgado semana passada, não por coincidência, à menina Malala, do retrógrado Paquistão – verdadeiro diamante a cintilar num areal.
Para demonstrar o seu empenho pessoal na consecução das metas então estabelecidas, o Presidente Fernando Henrique Cardoso foi a Santa Maria da Vitória, interior da Bahia, no dia 9 de fevereiro de 1995, ministrar a aula no grupo Escolar José Barbosa, num ato inaugural do governo. Alguém se lembra? Eu me lembro.
Ali, num gesto simbólico, lançou também a campanha ‘Acorda, Brasil’. Está na Hora da Escola! O objetivo era chamar a atenção da sociedade brasileira para o fato de que a educação seria uma ação central e permanente do seu governo. E conseguiu contagiar toda a sociedade, para desespero dos traficantes e dos descuidistas. Para tristeza dos demagogos e populistas.
Foram inúmeros os programas para garantir uma maior qualidade à educação do nosso País.
Levou o Bolsa-Escola para muito além de um programa de distribuição de renda, onde se buscava reforçar a importância da educação, como requisito para alavancar o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e da nossa gente.
Esta é a verdade sobre as Políticas Sociais no Brasil e a importância que ocupam no ideário do grupo político a que pertence Aécio Neves.
É também um pouco da história da educação brasileira recente – afirmo modestamente.
Como Governador do Estado de Minas Gerais, ele ainda promoveu a Educação e a Saúde daquele grande Estado, e as mesmas receberam reconhecimento nacional e internacional pela gestão exemplar.
É nesse tipo de desenvolvimento social que acredito, e não naquele baseado no embuste do consumo, que busca confundir consumismo com bem-estar social. É um embuste e, no final, é o tecido social brasileiro que paga a conta. Chega de discursos palanqueiros! Eis, portanto, alguns dos motivos pelos quais votarei em Aécio Neves para Presidente da República no dia 26 de outubro próximo. Vamos juntos. Por um Brasil substantivo. Por um Brasil maiúsculo. Pelo Brasil da mudança silenciosa, continuada e irrefreável. Vamos abraçar a oportunidade histórica que o destino nos dá.
Luiz Eduardo Coelho/Empresário Agrícola