Neste artigo enviado ao Blog, o professor Esmeraldo Lopes Gonçalves ironiza o desempenho do IF Sertão-PE/zona rural, em Petrolina, no ranking do MEC/Enem. Confiram:
Após tomar conhecimento da divulgação da posição dos estabelecimentos educacionais de segundo grau – Enem 2014 -, tive a infeliz ideia de submetê-lo à apreciação. Após verificar o nome e a localização geográfica dos estabelecimentos mais bem posicionados, corri os olhos aleatoriamente em alguns pontos da lista e fui me deparando com a desgraceira escorregando ladeira abaixo.
Por ter servido como docente no IF “Sertão” Pernambucano, procurei a sua classificação e me deparei com o lindo, “congratuloso” e maravilhoso posicionamento do IF-Sertão/Zona Rural de Petrolina (ou Escola Agrotécnica Federal Dom Avelar Brandão Vilela). Sua classificação no ranking do MEC/ENEM? 11.312. Vejam bem, 11.312.
Evidentemente que um posicionamento deste só poderia ser obtido por um estabelecimento que possui em seus quadros muitos doutores, mestres, professores graduados nas áreas específicas de atuação, dispondo de míseros salários que vão de R$ 6.000,00 a R$ 17.000,00, com carga-horária extenuante de seis aulas, dez aulas os mais atarefados, pouquíssimos ultrapassando tal limite, dispondo de fartura de computadores, datas-show à vontade, salas climatizadas, verbas fartas para viagens com alunos em passeio pelo Brasil, viagens movidas a pagamento de diárias para professores, motoristas e ajuda de custo para alunos.
Não vou falar das tais visitas que chamam de técnica, mas que não passam de passeios para adiantar ou compensar carga-horária, em quase todas as vezes. Não vou me referir à existência de laboratórios, campos de experimentação e nem à insistente participação dos abnegados mestres em seminários, simpósios, congressos “científicos”, tendo como triste recompensa viagens de avião custeadas pelo governo e ganho de diárias que dizem não ser suficientes, mas que inventam viagens com o fito de recebê-las.
Em minha vida aí em Petrolina, principalmente no CEFET-Petrolina, hoje, IF-Sertão, peguei fama de ser um ser sem razão por viver a fazer críticas, críticas a que chamavam de destrutivas. Pois bem, o tempo passou, meus cabelos se agrisalharam e suas raízes enfiaram juízo em minha cabeça.
Como prova de meu ajuizamento me redimindo do passado, revejo a maluquice de meus posicionamentos e por isso venho, em campo aberto, elogiar, louvar, aplaudir, abraçar…meus ex-“colegas”, Reitor, Pró-Reitores, Diretor de Ensino, Diretor Geral e posicionados em cargos inferiores, pelo grande feito da conquista do ridículo que enfeita a falta de respeito aos estudantes, à população e ao Brasil. Quero manifestar os meus mais profundos votos de estima a Petrolina, por se manter em silêncio e não manifestar nenhum tipo de reconhecimento ao referido feito. Paro por aqui, que o texto está ficando longo. O que está escrito eu não quis dizer: disse.
Esmeraldo Lopes Gonçalves/Professor
Educação no Brasil não é o foco e dificilmente será. Se fosse o São João que estivesse nessa posição, digna de vexame, muita gente já estaria reclamando.
Apesar do cabelo grisalho, o prof. Esmeraldo continua o mesmo metido a sociólogo, filosofo etc, e sem ter o minimo de competência para ser professor.
Pelo visto, você é mais um dos servidores que so quer saber de aumento salarial e fazer greve, e não se preocupa em fazer sua obrigação. vergonha pra vcs servidores do IF SERTÃO
O que vejo aqui é uma grave constatação de que a educação brasileira, mesmo quando tem professores bem remunerados e logística perfeita, ainda é desatrosa. Teríamos que, então, reformular todo nosso arcabouço educacional, enterrando de vez a turma socialista-comunista-construtivista de Paulo Freire e Karl Marx? Bom Pensar, parabéns à coragem desse professor.
Grande professor Esmeraldo onde fui seu aluno no ano de 2007 no If Sertão.Este é o perfil da maioria das escolas federais, muitos estão ali apenas visando a seus favorecimentos financeiros e esquecendo do mais importante:a qualidade do ensino.Embora ainda exista pessoas serias e comprometidas com educação.
Parabéns Professor Esmeraldo! Infelizmente é isso mesmo que vemos na educação: Tantos mestres, tantos doutores, tantos Phds e no final das contas não servem para nada, o estudante pior do que na época em que esses profissionais eram apenas professores e só tinham como recurso material e muito mal o quadro negro e giz, esses profissionais eram muito melhores e se aprendia muito mais.
Vai ver que as verbas que o governo cortou são exatamente essas que financiam os passeios, as diárias, para se fazer de conta que estão trabalhando e por conta disso estão de greve.
É bom lembrar que o IF trabalha com uma clientela diferenciada, é preciso fazer teste para ingressar lá. Se lá o problema é grande, imaginem nas escolas “normais” onde o professor é obrigado a trabalhar com aqueles alunos que os pais mandam para a escola somente para não perder o bolsa-família?
Nas escolas “normais” pode-se aproveitar no máximo 25% da turma, o resto não quer nada. Infelizmente esta é a realidade.
Mesmo com o excelente desempenho das escolas militares no ENEM, muitos pedagogos e “pensadores da educação” criticam veemente o modelo educacional dessas instituições.
O QUE QUER DIZER QUE PARA ELES: QUANTO PIOR, MELHOR!
Das dez melhores escolas públicas no Ranking do ENEM, 09 são de Instituições federais. O remédio pra melhorar a educação não esta na militarização de nossas escolas.
Muito bem professor! Já por três vezes em que vejo matéria sobre o IFSertão/Petrolina, faço crítica e nada muda, sem contar que já fui pessoalmente tentar conversar com gestores/coordenadores, mas foi inútil.
Para se ter idéia do descaso com o ensino no IFSertão(no João de Deus), ano passado greve de professores de maio até setembro/2014; Até julho/15, estava havendo aula aos sábado para cumprir calendário 2014 e já foi anunciado greve a partir de hoje(24-08-2015) no referido instituto, além de falta de professores em determinadas matérias e nas constantes ausências dos que existem, aulas vagas é o que não falta.
Antes era meu sonho e do meu filho(aluno) vê-lo fazer parte do alunado daquele instituto, hoje tenho certa decepção pelo ensino e pela falta de compromisso com os alunos e famílias, que apostaram em oferecer o melhor na educação par seus filhos e seu futuro .
É sim. Concordo com Maria. Antigamente haviam menos recursos, mas or professores e a qualidade de gente era melhor. As pessoas recebiam uma educação mínima em casa sobre respeito ao próximo e valores morais. Hoje é muito diferente.
Mas essa situação pode ser melhorada. Não é impossível. É apenas trabalhoso e demora uns anos para os resultados aparecerem.
Mas o problema do Brasil é mais sério. Não adianta nada se o povo não presta. Essa é a verdade. Por isso os “políticos” não prestam. Quem é o povo que elege eles? O pior povo entre os países democráticos. Um povinho sem educação e respeito ao próximo. Que age seguindo os interesses pessoais egoístas de ganhar vantagem.
É sim. Concordo com Maria. Antigamente haviam menos recursos, mas os professores e a qualidade de gente era melhor. As pessoas recebiam uma educação mínima em casa sobre respeito ao próximo e valores morais. Hoje é muito diferente.
Mas essa situação pode ser melhorada. Não é impossível. É apenas trabalhoso e demora uns anos para os resultados aparecerem.
Mas o problema do Brasil é mais sério. Não adianta nada se o povo não presta. Essa é a verdade. Por isso os “políticos” não prestam. Quem é o povo que elege eles? O pior povo entre os países democráticos. Um povinho sem educação e respeito ao próximo. Que age seguindo os interesses pessoais egoístas de ganhar vantagem.
É sim. Concordo com Maria. Antigamente haviam menos recursos, mas or professores e a qualidade de gente eram melhores. As pessoas recebiam uma educação mínima em casa sobre respeito ao próximo e valores morais. Hoje é muito diferente.
Mas essa situação pode ser melhorada. Não é impossível. É apenas trabalhoso e demora uns anos para os resultados aparecerem.
Mas o problema do Brasil é mais sério. Não adianta nada se o povo não presta. Essa é a verdade. Por isso os “políticos” não prestam. Quem é o povo que elege eles? O pior povo entre os países democráticos. Um povinho sem educação e respeito ao próximo. Que age seguindo os interesses pessoais egoístas de ganhar vantagem.
Carlos Brito. Esse texto que não é inédito, já saiu em outro blog da cidade, é difamatório e leviano. Não contribui em nada a não ser criar contendas. As críticas marecida ao texto então no outro blog, vocês deveriam filtrar tais autores e seus textos.
Não vejo problemas em meus professores, mas sim na péssima estrutura ofertada pelo Campus Petrolina Zona Rural, pela precariedade em depender de licitações demoras e burocráticas, o aluno acaba levando o instituto a todo modo, sem compromisso como eu e milhares de alunos do Campus Petrolina Zona Rural
Vergonha aos que discordam das palavras do texto. Resumiu muito bem as mazelas da educação no Brasil. Infelizmente fatos ocorrem numa “ex-conceituada unidade de ensino”. Parabéns Professor.
Isso que o professor escreveu é a mais pura verdade. Sou servidor Federal e tudo que ele disse é verdade, e olha que se ele quisesse se alongar, teria muita coisa a escrever que deixaria muita gente com raiva. Não adianta dizer que é calunia, difamação, contenda, nem nada, só que conhece o meio poderá dizer como é e para aqueles que são do meio e não concordam (claro né) é por medo de realmente ter que trabalhar, dar e cumprir o cronograma escolar que é de 40 horas por semana, que a saber, tem docente que só dá apenas 4 horas e meia durante a semana. Disse.
É o ódio em estado bruto.
O cotidiano do IFs conhece quem participa deste cotidiano. E daí se pode ter uma visão de quem fala e talvez uma tosca compreensão de seus porquês. Vá lá saber o que se passa na biosfera da cabeça – grisalha ou não – das pessoas. Ainda mais agora depois que descobrimos que andamos ostentando picanha de papelão…
Tive a grata satisfação de ouvir as críticas construtivas de nosso preocupado colaborador com o futuro de nossos jovens, adjetivados por ele de “putas e viados que não querem nada”, para os quais não havia mais nada a se fazer ou pensar senão ficar a praguejar e baforar seu cigarrão entre os adolescentes, contribuindo para que muita gente venha, até hoje, concordar que a Sociologia seja associada a essa imagem: de gente que reclama de tudo e de todos, mas não coloca nada no lugar e, por isso mesmo, seja descartável. A educação vai mal, e muito mal. Dizer que que os IFs estão fora desta realidade seria uma hipocrisia. Mas tem gente que é feliz enfeiando o mundo! Por onde passa, vai fazendo um exercício de Narciso ao contrário. Ei-lo.