Sair com candidatura própria em 2016 para a Prefeitura de Petrolina ou ser uma terceira via do atual prefeito Julio Lossio (PMDB)? O dilema do Partido dos Trabalhadores na cidade é o tema de mais um artigo do radialista Marcelo Damasceno, enviado ao Blog.
Confiram:
O PT silencioso na opção da rua ou terceira via de Lossio?
O Partido dos Trabalhadores em Petrolina compõe a atual legislatura municipal (2013-2016) com dois vereadores, Cristina Costa e Geraldo da Acerola. Não se sabe ao certo qual bancada criticamente legislando, se oposição ou situação. O PT fundado quase simultaneamente ao lançamento da sua Executiva Nacional, ao romper dos anos 1980, nasceu nas esquinas, nas feiras livres, nos sindicatos, nas associações comunitárias e nas mobilizações sociais antes desta bendita rede social da Internet. Mesmo compondo governos de Pernambuco, a legenda com sangue proletário e até hoje tratada preconceituosamente pela imprensa facciosa de direita e com forte poder econômico e político, manteve-se na rua.
Com a presente conjuntura que envolve em corrupção passiva e ativa, alguns de seus quadros comprometem setores de sua gestão federal, mas também segue na direção de tucanos protegidos pela ‘generosidade de jornalões e mídia controlada por meia dúzia de famílias abastadas.
Um PT que se sente acuado, deprimido e sem respostas plausíveis quanto ao rumo econômico que trata, especificamente, de emprego e manutenção dos pilares da melhor política monetária e crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB). As autoridades econômicas subscritas neste Governo Dilma Rousseff (PT) entreolham-se, duvidando da própria resposta a uma dúzia de jornalistas tutelados por seus patrões. Mais para atender, com justíssimas exceções, a pauta privatizada que o direito público das pessoas, indistintamente, inclusive os ricos e seus panelaços arrogantes.
Engomadinhos, furiosos pela quebra da sossegada privacidade em aeroportos e ascensão das classes, antes defendida pelo PT valente. Em Petrolina, desde a primeira cadeira municipal conquistada pela dirigente social, Maria José, que tinha a cara de rua e manteve-se coerente e orgânico até a aliança com Eduardo Campos (in memoriam) diluir e sua executiva nacional e compor a campanha local com Lossio em favor de Dilma Rousseff, ano passado (2015). É justo lembrar que a legenda até este momento mantém uma porta aberta do seu diretório local na Rua Castro Alves, Centro desta Petrolina, e seu eleitorado distinguido em duas grandes faixas: situação e oposição.
A terceira via, antes volúvel ao melhor vento dominante, parece desvencilhar-se da família Coelho e setores historicamente contrários ao jeito de ser e governar da genealogia Clementino Coelho. O PT nunca foi subserviente. Manteve seu discurso em defesa dos direitos pétreos da sociedade e das minorias e dos excluídos. O PT foi governo junto com Fernando Bezerra Coelho (PSB), em seu segundo mandato, para parecer socialista e cooptar o denso espólio nas entre sem terra e sem teto, bem como no conjunto dos trabalhadores mais organizados.
Agora, um PT pressionado pelos novos ianques do PSDB e ampla agenda das mídias abertas, a legenda, aqui em Petrolina, foi seduzida a ser governo com o prefeito Julio Lossio (PMDB), em uma de suas surpreendentes alianças para manter-se o mais incólume possível e encontrar forças diante da ‘marcação cerrada’ nos tribunais. Espectro movido a processos, denúncias e polícia na porta.
Nessa última eleição presidencial, Lossio, amparado por sua política habitacional e sabiamente compondo com a Caixa Econômica, mereceu a honraria federal de o vice-presidente Michel Temer (PMDB), até por conta do que interessa ao PMDB aqui e em Brasília. Manter o inquilinato na governança e sua zona de conforto. O PT nacional orientou sua executiva local a andar junto com Lossio, por conta de interesses mútuos contra o panelaço de luxo.
Agora, Lossio ensaia um movimento que se desvencilha do Conselho honorário de Osvaldo Coelho (DEM), bem como da influência implícita e ‘fogo amigo’ do vice-prefeito Guilherme Coelho (PSDB) e da aliança incômoda do PT, reforçado pelo deputado estadual Odacy Amorim (PT-PE), hoje reunindo as melhores condições e melhor desempenho de tudo quanto é pesquisa para a próxima eleição de prefeito em Petrolina. O PT local parece híbrido e incerto. E padece em seu conflito para optar pelo gabinete climatizado de Lossio ou pelo sol de ‘lascar’ das ruas libertárias da Petrolina vermelha de ser.
Marcelo Damasceno/Radialista
O cenário político em Petrolina, para o pleito de 2016, se apresenta nebuloso. O prefeito de sofrível desempenho administrativo, no fim de caminhada epopeica, não tem nomes para escolher para a forca. Alguns secretários se apresentam como verdadeiros piolhos de aniversários, rodas de são gonçalo, velórios e cortejos fúnebres, mas, sem talento e carisma, por mais que caminhem, ficarão pelo caminho. Do outro lado, Petrolina não tem opção séria. O atual deputado estadual Odacir é filiado ao PT, no entanto, quer me parecer que no pleito de 2016 o eleitorado vai abominar o pt, ou seja, por mais que tenha um certo capital político, se encontra marcado pelas trabalhadas corruptivas do partido. Assim, ser candidato pelo pt não se revela uma boa opção. Se retornar aos braços de fernando (por enquanto psb) também se revela caminho espinhento. Da parte do senador fernando, a sua ganância por forçar a inserção de seus filhos na política, deixa no eleitorado um certo asco, pois, fica parecendo feudo, o que, nos dias de hoje tem forte repulsa da população.
Opa, estava esquecendo, tem uma candidatura posta do deputado federal Adalberto
Rodrigues, que é candidato dele mesmo, se revelando sua candidatura uma ideia fixa, sob o argumento de que não é um bom deputado porque não tem vocação legislativa, mas, é bom gestor, e, no caso de Petrolina, que tem um orçamento grandioso, lhe propiciará realizações administrativas.
Por todo esse cenário, a população, por enquanto, não tem qualquer opção para escolher como bom candidato.
O ideal seria se aparecesse um homem sério, excluindo esses citados, com perfil de administrador comprometido, para recuperar os anos perdidos com gestões equivocadas e inoperantes.