Na noite de 10 de dezembro de 2015, a pequena Beatriz Angélica Mota, de sete anos, era barbaramente assassinada nas dependências do colégio que estudava, em Petrolina. Nesta sexta-feira (10) o crime que chocou uma sociedade inteira, não só em Petrolina como em Juazeiro (BA) – onde a menina morava – e em toda a região, completará seis meses de mistério acerca do responsável (ou responsáveis) pela morte de Beatriz. Um dos colaboradores assíduos deste Blog, o poeta Carlos Laerte rende uma singela homenagem à menina e cobra que a verdade, enfim, venha à tona.
Boa leitura:
Silêncio
O silêncio
cala alto
o sangue inocente
que se perdeu.
De mãos amarradas
segue junto o choro,
a dor das mães
e a esperança das margens.
Mas, como em todo silêncio sobrevive
um som, esperamos,
entre as paredes divinas
soar, ainda que tarde,
os murmúrios gritantes da verdade.
E se ainda assim,
insistirem em reverberar
as dúvidas da mentira útil,
que seja vil este propósito,
pretérito infame.
Pois, ainda que pareça longe,
está perto o dia em que
estaremos em silêncio e paz
regando a boa e angelical
lembrança da menina
Beatriz.
Carlos Laerte/Poeta, Jornalista e Publicitário
Uma boa poesia, mesmo com um pano de fundo bastante triste ecoando sons de perguntas não entendidas ou de respostas não construídas, clamando a justiça que não chega. Mas mesmo assim é uma poesia que tem um poder de nos manter a calma, massagear nossa alma até que a justiça chegue mesmo tardia…. Parabéns Laerte…
Meu povo, vamos enviar e-mail, cartas etc….. para o ministério da justiça, para impressa, para secretaria de segurança para cobrar uma ação e solução.
Todos os dias quando vejo o noticiário, ainda tenho a mesma esperança, que essa tão esperada notícia seja dada – Crime elucidado! Até quando? Órgãos competentes essa angústia é de todos!!! Por que nem mais uma palavra?