O novo cenário mundial provocado pela grave pandemia do novo coronavírus (Covid-19) levou o professor e colaborador deste Blog, Eurico Serafim a fazer uma reflexão pertinente sobre o assunto.
Boa leitura:
A analogia não guarda ressalvas quanto ao tamanho da relação de semelhança; prioriza a similaridade. Em 2001, após um grande período sem grandes investimentos no setor elétrico, o Brasil passou pela crise do apagão. Na época, para não acontecerem apagões no país, foi feita uma campanha governamental para que a sociedade fizesse um racionamento de energia. Quem fizesse o esforço e se disciplinasse para consumir menos, ou seja, quem repensasse o seu comportamento de consumidor, teria contas a pagar bem menores. Era meio que “FORÇANDO”. Pois bem, quase todo mundo se ajustou e o consumo diminuiu bastante durante o período, que foi até fevereiro de 2002 evitando, dessa forma, um mal maior.
Esse fato nacional impõe analogia ao cenário mundial atual, guardando as devidas proporções.
Estamos diante de uma situação atípica, extremamente relevante e precisamos compreender a sua gravidade. A sociedade tem o poder e o dinheiro como prioridade. A fé, a espiritualidade, a generosidade, a solidariedade e a caridade são valores relegados a segundo plano numa situação de relativa normalidade, mas que são trazidos à ribalta em situações de convulsão, como a que vivemos neste momento.
Esta pandemia, que a maioria só ouve falar e, por isso mesmo, negligencia, está nos forçando a rever posturas pessoais, familiares e profissionais. Quem diria que teríamos tempo para ficar em casa nos preservando e à nossa família, além de voltarmos a bons tempos de conversas ao vivo? Quem diria que home office é a bola da vez? Quem diria que os governos estariam a baixar decretos, portarias, etc, meio que forçando a população e as empresas a repensarem o seu “modus vivendi”? Quem diria que as reuniões com toda a família e com os amigos estariam, temporariamente suspensas? Quem diria que a situação está nos forçando a não sair de casa (é o mais recomendado, adequado)? E como ficam a produção, a movimentação de bens e serviços e a geração de renda e a geração e manutenção de empregos?
O que está acontecendo impõe que repensemos os nossos atos e valores. Temos que nos readaptar a velhas regras de convivência, aprender na dor da solidão a importância do coletivo, enxergar a necessidade do outro, redirecionar a caminhada, dar as mãos. Façamos dessa situação caótica, de incertezas, um momento oportuno para uma reflexão. E vamos ter esperança. Aprendamos a dar ouvidos à fé, que nos eleva, e não a outros meios, que nos levam pra baixo. Esqueçamos, por um período, as questões de ideologia e da política partidária porque neste tabuleiro todos estão ligados nos próximos embates eleitorais.
Quando essa pandemia passar, e tudo passa, possamos estar transformados em seres humanos melhores e não retornemos ao comportamento egocêntrico, virtual e consumista de antes. Não façamos como a sociedade à época do apagão, pois quando o governo anunciou a suspensão do mesmo, a população voltou ao comportamento de consumo de energia negligente, irresponsável, injustificado e indisciplinado de antes.
Tenhamos fé em Deus. É o mais importante!
Eurico Serafim/Professor
“Temos que nos readaptar a velhas regras de convivência, aprender na dor da solidão a importância do coletivo, enxergar a necessidade do outro, redirecionar a caminhada, (dar as mãos!!!!).”
A unica parte que nao concordei do seu texto prof. Eurico, ai a contaminação se espalha.