Artigo: Professora propõe que melhorias salariais de professores deveriam estar atreladas a resultados

por Carlos Britto // 06 de abril de 2012 às 20:15

A professora Aldeli da Silva Moura faz uma controversa reflexão, neste artigo enviado ao Blog. Ela propõe que embora considere justa a reivindicação dos professores por melhorias salariais, essas melhorias deveriam vir atreladas a resultados eficazes no aprendizado dos alunos, o que para não ocorre atualmente.

Confiram:

Caro Carlos Britto,

Acompanho seu Blog há tempos e hoje faço minha primeira participação.Vi o reclame dos professores por melhorias salariais, o que é justo e importante. Tive a curiosidade de avaliar os salários dos professores da rede pública do Município de Petrolina e constatei que os salários da rede pública estadual e municipal de fato ainda precisam avançar, dada a importância da Educação para o país.

Contudo pude perceber que estes salários são melhores do que os praticados nas melhores escolas da cidade como Auxiliadora, Dom Bosco, Geo, entre outras. É isso mesmo: na rede pública, paga-se melhor do que na rede privada de ensino. Digo isto porque tenho vínculo nos dois.

Pergunto-me porque, então, a qualidade de ensino da escola pública é tão distante da escola privada, e este fato é facilmente comprovado pelos resultados observados no ENEM que, inclusive, precisa criar cotas para os estudantes da escola pública, sob pena de não termos nenhum aluno oriundo das escolas públicas nas melhores universidades e nos cursos de maior procura.

Observei ainda o resultado de nossas escolas no IDEB e vejo que a nota média de nossas escolas ainda está na faixa de 3,5 a 4,0 – o que, convenhamos, é um desastre do ponto de vista de formação acadêmica.

Não estaria na hora da sociedade também se mobilizar e cobrar ao professor melhores resultados?

Sabemos que a grande diferença em aprender ou não está no professor e, portanto, nada mais justo que pais e sociedade fizessem parte desta discussão da qual melhores salários teriam que vir acompanhados de melhores resultados, de mais aprendizado.

O discurso sindical repetido todos os anos deve dar lugar ao discurso cidadão, onde o Estado deve oferecer qualidade aos seus filhos, o que passa por melhoria dos salários, mas também, sobretudo, por qualidade do serviço oferecido que, neste momento, perdoem-me os governadores, prefeitos, vereadores, sindicatos e professores, deixa muito a desejar. Que tal salário variável, de acordo com resultados?

Aldeli da Silva Moura/Professora

Artigo: Professora propõe que melhorias salariais de professores deveriam estar atreladas a resultados

  1. Simone disse:

    De fato é muito interessante o artigo da colega. É mais uma que incumbe ao professor a responsabilidade do sucesso ou insucesso dos alunos. Esquece ela que os alunos da escola privada são oriundos de famílias com um grau mais elevado de formação e que não espera que o seu filho seja parte do proletariado. Por isso, tanto cobra do seu filho como cobra da escola e, consequentemente do professor. Esquece ela que as escolas públicas recebem crianças de famílias muito carentes, que esperam que seus filhos recebam, no mínimo, o alimento que lhe falta em casa. Não estou querendo dizer, que por esse fato os professores de escolas públicas abdiquem de realizar um trabalho de excelência, transformando esse aluno em um futuro médico, por exemplo. Quero dizer que é preciso uma base estruturada e esta, deve vir desde o seu nascimento, dentro do seio familiar. A família é fator imprescindível para o sucesso do aluno na escola, seja em qualquer esfera. Fazer um bom trabalho é papel de qualquer professor seja ele da escola pública ou privada. Contudo, o professor sozinho não opera milagre. Talvez a instituição privada pague um salário inferior, porque deseja investir na estrutura do prédio, na construção de salas arejadas, de bibliotecas abastecidas de muitos livros, laboratórios de informática, entre outros, o que não se vê nas escolas públicas. Os professores das escolas públicas precisam fazer malabarismos para conseguir ministrar uma boa aula e atingir o objetivo desejado que é o aprendizado do seu aluno. Muitas vezes usam até parte do seu salário para compra de material que deverá ser usado com seus alunos. É essa a realidade do professor de escola pública.

    1. Rosangela disse:

      Prof. Simone “interessante” é uma palavra muito simplória para definir o texto da prof. Aldeli. Ela foi brilhante. Sob o escudo de um sistema perverso, os Prof. da rede pública estão há muito negligenciando seus alunos. Gloriosa a coragem da Aldeli em retirar as bandagens e expor a ferida que tantos teimam em esconder. Não adianta querer negar, as aulas no ensino público são muito diferentes da escola privada. Sou do tempo em que prof. dava aula no “gogó”. Precisa apenas de um giz. Quem sabe e quer transmitir esse conhecimento não inventa desculpas. Fala-se muito em saúde pública obrigatória para políticos não seria o caso de se pensar em obrigar filhos de professores da rede pública estudarenm nessas escolas. Se as condições de trabalho são indignas, se o projeto é inoperante e o salário não conpensa porque não pedem demissão e dão lugar a outros mais idealistas. O fato é que salvo raríssimas (põe raríssimas nisso) exceções falta mesmo é compromisso com a causa. Professores culpam os pais que culpam a escola que culpa o governo e assim vamos fabricando usuários para as políticas sociais de inclusão que garatem votos, que garantem seus salários…

      1. Desconstruidor de Discurso disse:

        A crítica é válida, pois sabemos que temos muitos professores descompromissados, digo isso porque estudei toda a minha vida em escola pública, e digo poucos professores merecem o meu respeito. Mas a falha na análise é colocar toda a culpa nos professores. A responsabilidade maior são dos pais, depois o Estado. O professor tem sua responsabilidade, porém menor. Ao professor cabe dá aula com qualidade, mas só isso não é suficiente para o aprendizado do aluno. Ser autodidata é o mais importante.

    2. yone disse:

      parabéns para você simone que bem soube defender a ideia de que a culpa do fracasso da escola pública não é do professor.

      1. ALMA LAVADA disse:

        ENQUANTO COLOCARMOS A CULPA DA MÁ QUALIDADE DA EDUCAÇÃO NOS PROFESSORES, ESTE MAL JAMAIS SERÁ RESOLVIDO. ACHO QUE A COLEGA ALDELI DEVE SER MAIS UMA DAS PESSOAS CONTRATADAS PELA CLASSE DOMINANTE PARA COMBATER OS QUE LUTAM E DEFENDER SUTILMENTE OS QUE ESTÃO NO PODER. ESTOU FARTA DE VER ISSO!

  2. Aluisio Gomes disse:

    Aprovo o artigo da Professora Aldeli,porém temos de fazer justiça ao governo de Pernambuco que tem um programa de incentivo ao desempenho educacional, O BDE (Bônus de Desempenho Educacional) é um incentivo financeiro para os servidores das escolas que alcançaram a partir de 50% da meta estabelecida no Termo de Compromisso. O valor da bonificação varia de acordo com o percentual da meta atingido pela escola, levando em conta o salário base do servidor e o tempo de serviço na unidade.
    Agora um tema que deve ser explorado,e que,nem sempre é levado em consideração são as condições de trabalho do professor(a) e sua formação continuada.

    Aluisio

    1. Desconstruidor de Discurso disse:

      Fala sério Aluísio. Tenho duas irmãs que são professoras, e todos no meio docente sabe que esse programa não é incentivo nenhum.

  3. FabioPorto disse:

    Prezada colega Aldeli

    Também sou Professor, da Rede Federal de ensino, também tendo atuado no estado de Pernambuco e na rede privada de ensino. Perdão, mas os dados que expressa contém erros. O salário da rede municipal de ensino de Petrolina não é melhor que os salários da três escolas de grande porte de Petrolina. Nem de longe chegam perto. Para ministrar 14 aulas no colégio GEO Petrolina, ganhava-se R$ 860,00 em 2009, quando eu trabalhei por lá, hoje com certeza é muito mais, pois essa escola é a que paga melhor n aregião do São Francisco. Cobrar resultados é interessante sim, todavia discordo totalmente de que os resultados estão apenas na questão do comprometimento do professor. E o comprometimento ao estudante onde fica? Desde quando comecei a lecionar, 5 anos atrás, vejo, tanto ne rede pública e privada, o total descompasso da maioria, friso bem, da maioria dos estudantes, falta de acompanhamento dos pais, e os mesmos, como a seNhora está fazendo também mesmo sendo professora, colocando a culpa dos maus resultados nos professores. Isso faz parte de um aparelho ideológico, como afirma Gramsci, autor que caso a senhora não conheça pode consultar para melhorar seu juízo de valor sobre a questão, que introjeta no consciente coletivo das pessoas que a culpa é do professor. E pessoas como a senhora, mesmo sendo professora, acabaM reproduzindo. Esse governo atual do município de Petrolina é o total descaso com a educação, alunos sem cadeira para sentar em algumas escolas do interior, nem de longe se compara com a valorização que o Professor Plínio concedeu aos colegas de Juazeiro, tanto em termos de salários, como de formação continuada e aparelhagem das escolas, inclusive com climatização das salas de aula. É preciso conhecer para falar e a senhora está demonstrando falta de conhecimento sobre isso. Cobrar de professores qu epossuem alunos sentados no chão ou em blocos para assistir uma aula? Faça-me o favor.

    1. Desconstruidor de Discurso disse:

      Os professores também têm sua culpa. Poucos professores abraçam a educação como deveria. No entanto, a culpa maior são dos pais e dos alunos. O conhecimento tem que ser exercitado. Eu diria que os melhores alunos são os autodidatas. O Estado também tem sua participação quando dificultam o aprendizado.

  4. professora disse:

    Parabéns PROFESSORA é,indubitavelmente, pertinente sua colocação. Sou recém chegada ao contexto educacional, como professora, porém sempre acompanhei e acompanho a jornada colegial dos meus filhos, que estudavam em ESCOLA PARTICULAR. O discurso de que o ensino da escola pública não é de qualidade é uma questão que merece uma significativa reflexão pois são inúmeras as causas que fomentam essa triste realidade; a que me deixa mais perplexa é ver colegas – que um dia fizeram um juramento de contribuir para a formação de cidadãos preparados para o exercício da cidadania – escolherem o cidadão para, assim, cumprirem suas responsabilidades,digo isso porque vejo colegas que trabalham em escolas publicas e PARTICULARES que, nesta eles realizam um excelente trabalho,mesmo com salários mais baixos e na outra eles fazem de conta que ensinam. Alegam que alunos de escola publica não querem nada e assim vão perpetuando esse discurso. Ah! tem outro, A CULPA É DO SISTEMA. Se aluno de escola pública não quer nada e a culpa é do sistema como vamos ver esses pobres marginalizados ocuparem alguma vaga nas UNVERSIDADES.SOCORROOOOO PROFESSORES ALUUUUUNO DE ESCOLA PUUUUUUBLICA TAMBÉM É CIDADÃO.

    1. Revoltado disse:

      Olá Colega Aldeli pode receber seu cachê junto ao poder executivo, o recado já foi passado.Primeiro o Município não vai colocar ninguém na universidade e sim encaminhar,o município não tem ensino médio,você nem procurou se informar sobre isto.Que mentira absurda ,você não trabalha em escola privada nenhuma por que se trabalhasse receberia quase o dobro do valor pago pelo município.Segundo procure saber bem os resultados do município por que temos escola que bate feio em escolas particulares daqui, peça na secretaria os avanços do IDEB e SAEPE do nosso município.Abra este link sua desinformada.http://www.petrolina.pe.gov.br/2010/notas2.php?id=760.Você deu o tiro e o mesmo saiu pela culatra ,você acaba de queimar ainda mais a secretária de educação e o prefeito com essa babação.Corra vá buscar o seu cachê!

      1. Revoltado disse:

        Ops…O link é este do comentário acima.Não esqueça de abrir Adeli é informação pública!!
        http://www.petrolina.pe.gov.br/2010/notas2.php?id=760

        1. ALMA LAVADA disse:

          VALEU COLEGA, POR DESMASCARAR A COLEGA CONTRATADA POR LÓSSIO, O INIMIGO DA EDUCAÇÃO.

    2. mariah disse:

      concordo com o comentario do colega o descaso é guande com o aluno de escola pública,professor, da aula na rede púb e particular ;prepara aula bonitinha da particular e da púb. muitos inventam qualquer historinha de trancoso,TAMBÉM NAO TEM FISCALISAÇAO! SÓ NA REDE PARTICULAR…

  5. Adonias disse:

    Professora Aldeli, desculpa, mas é leviano fazer esse tipo de argumento. O resultado da educação é fruto de UM CONJUNTO de fatores, onde, reconheço, o professor é peça fundamental, mas não única.
    As políticas pedagógicas, o material (em tempo, qualidade e quantidade), apoio familiar, gestão escolar, etc. influenciam muito.
    Por último, nunca mais compare escola pública com privada. Não se compara casa popular com mansão.
    Na maioria das vezes, o professor é vítima das carências.

  6. JULIETA disse:

    PROFESSORA, CAIA NA REAL.NÓS PROFRSSORES DA REDE PÚBLICA SOMOS GUERREIROS E TORCEMOS MUITO PELO NOSSOS ALUNOS.INFELIZMENTE A MAIORIA DOS NOSSOS ALUNOS QUEREM BEM POUCO. O PROFESSOR QUE EXIGE MUITO DO ALUNO É CHAMADO Á ATENÇÃO PELOS DIRIGENTES DE ESCOLA E DOS ORGÃOS GOVERNAMENTAIS.
    PARA SE TER UMA IDÉIA DA FALTA DE COMPROMISSO DE MUITOS ALUNOS, O CADERNO ELE GUARDA NA ESCOLA TODOS OS DIAS E TAMBÉM NOS FINAIS DE SEMANA. ISSSO PROVA O QUANTO ELE ESTÁ PREOCUPADO EM APRENDER.
    GOSTARI DE SABER SE A SENHORA, COM TODA A SUA COMPETÊNCIA, CONSEGUE OBTER GRANDES VITORIAS DE UM ALUNO COM ESSE PERFIL. PARA SE OBTER GRANDES VITORIAS NA EDUCAÇÃO É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA QUE O ALUNO QUEIRA APRENDER E TENHA OBJETIVOS.
    NÓS PROFESSORES NÃO SOMOS SALVADORES DA PÁTRIA.COMO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO ME ESFORÇO BASTANTE PARA AJUDAR MEUS ALUNOS NA APRENDIZAGEM, MESMO CONTRA A SUA VONTADE.
    PROFESSORES JÁ SÃO MALHADOS PELOS GOVERNOS E AINDA EXISTE PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO QUE PENSA IGUAL AO GOVERNO.

  7. Sem paciência para certas postagens... disse:

    Desde de quando o Estado de Pernambuco paga R$ 35,00 por aula ? Sou professor de terceiros anos e preparatórios e é isso que recebo, eu ou qualquer colega !!! Nas séries inferiores(das escolas citadas) , não sei qual a média salarial, agora dizer que é menor que o estado é um surto !!!!

  8. Sem Comentários disse:

    Na realidade tirando um pouco de cada comentário e da avaliação da professora, acho que cada um tem sua razão. A culpa do fracasso na educação na escola pública tem a contribuição dos professores, que uma graande parcela acha que porque a escola é pública, o salário é baixo e os alunos pobres com pais em sua maioria pouco esclarecido para cobrar compromisso, não cumprem bem o seu papel, enrola , empurra com a barriga e não tá nem aí se os alunos aprendem ou não, o importante é dar sua aula , quando dá, e receber o dinheiro no fim do mês. Também culpado são os alunos que não se interessam e não têm o costume de ler nem se quer o enunciado das questões para responder, perguntam: professora é pra fazer o que no segundo?pior as atividades pra casa. Os pais que trabalham o dia inteiro e quando chegam em casa não perguntam e nem cobram dos filhos interesse pelos estudos, muitos só colocam os filhos na escola por que são cobrados pelo lei ou a bolsa família. Dos políticos por que não dão condições de trabalho para a classe não se envergonhando de receber salários altíssimos e dizer que não têm condições de pagar o piso aos professores que já é uma micharia. Resumindo para melhorar a educação precisamos da união e interesse de todos.

  9. Estudante do Brasil disse:

    Infelizmente grande parte dos estudantes das instituições pública de ensino só estão indo para as mesma em busca de uma presença no diário, pq os pais recebe bolsas associadas as presenças deles na sala de aula. Muita coisa deve ser mudada nesse ‘SISTEMA’ tão culpado….não concordo com esse tipo de assistencialismo…. os órgãos públicos querem ajudar as famílias carentes, criem obras estruturadoras para a área urbana e para a área rural…ajudando os municípios na limpeza das áreas públicas, construção e limpeza dos canais e barragens,entre outras obras. Acredito que se vincula o recebimento das bolsas ao rendimento do estudante, muita coisa melhoraria nas escolas.

  10. jane disse:

    CARA PROFESSORA COBRA RESULTADO DA ESCOLA PUBLICA SO SE A SENHORA TIVESSE COMO EDUCAR OS PAIS. COMPARAR A VONTADE DE ESTUDAR E DE TER DE AMBAS ESCOLAS E NO MINIMO RIDICULO. OS ALUNOS DA ESCOLA PARTICULAR TEM PAIS QUE INCENTIVAM, BUSCAM , SÃO MAIS FAMILIA E ETC, OS DA ESCOLA PUBLICA O PAI QUER ALIMENTO E NA MAIORIA DA VEZES SE LIVRAR DO FILHO EM CASA ELE VER BRIGAS , ESCUTA PALAVRÃO, VER MORTES, ENFIM O MEIO EM QUE VIVE E UM PAQUISTÃO. COMO FAZER A MUDANÇA SE SEUS PAIS COM QUE PASSAM MAIS TEMPO SÃO ALHEIOS E RESULTADO NÃO SIGNIFICA CONHECIMENTOS. A SENHORA COMO PROFESSORA ACHA QUE A CULPA E TODA DO PROFESSOR E COMO A SENHORA LIDA NA SUA SALA, JA CONSEGUIU MUDA A FAMILIA DE ALGUM DELE, SE SIM A SENHORA E NOTORIAMENTE UMA FADA.

  11. falasério! disse:

    A grande diferença em aprender ou não está no aluno. Ou gosta ou não. Ou tem objetivos, ou não. Ou tem compromisso com os estudos, ou não. Com um pouquinho de entusiasmo do aluno dá para fazer um bom trabalho. O professor pode até ter o dom de transformar ou despertar o interesse do aluno, mas é a administração política e escolar que tem o poder para criar o ambiente da aprendizagem. E esse espaço determinado pela sociedade, onde os alunos se encontram para receber o conhecimento formal precisa ser prazeroso e eficiente. Senão, mesmo o aluno que gosta de estudar se frustra, se entedia. E os que “não estão nem aí”, infelizmente a maioria, contaminam a aprendizagem dos outros. A autora da opinião, nota-se, que nunca esteve em uma sala de aula pois desconhece a realidade da educação, tanto de escola pública quanto de escola particular, e opina baseado apenas na própria observação empírica e nas estatísticas abstratas . Em plena Semana Santa corre o risco com esse texto descabido ser crucificada como o Judas. Os professores em seu sagrado descanso não mereciam ser presenteados com uma notícia como essa.

  12. educação disse:

    Se o salário do professor fosse depender do desempenho do aluno, o professor passaria fome. Esses “incentivos” apenas induzem a escola a passar os seus alunos para mascarar uma aprendizagem que não aconteceu.

  13. PROFESSORA SUZANA disse:

    colega fabio Porto, desculpa mais quando o assunto é educação, os professores de modo geral pensa somente em arrumar um culpado pelas descepçoes e tragedias que acontece no desfalque da aprendizagem do nosso alunado, o que se percebe sao movimentos para melhoria salariais, e o aluno quem o defende? em se tratando de escola particular nao podemos focar somente em uma escola e sim numa maioria, parabenizo a professora Adeli pelo seu artigo, isso ajuda refletirmos sobre o nosso papel, qual a minha contribuição na educação? que sujeitos estamos formando? porque somente a clientela das escola publicas nao conseguem um lugar nas universidades? PENSE AI!!!! E RESPONDA!

  14. yone souza disse:

    vejam só.Tal opinião só poderia vir de uma professora que além de estar fora de sala de aula,faz parte da atual gestão da sec.municipal de educação.Senhora e colega Adeli. Muito me deixas surpresa ao querer comparar a escola pública com a privada.Saiba a senhora que escolas privadas só existem devido a sociedade está desacreditada da mesma.Agora não é pelo fato de termos professores despreparados,pois modéstia parte somos capazes, e sim por não vermos nossos impostos serem aplicados em áreas específicas como educação.Em nossas escolas faltam bibliotecas,coordenadores pedagógicos e disciplinares,falta um bom apoio pedagógico ao professor.Não entendi sua posição tão contrária ao professor.Chego a pensar que se trata até uma opinião de um gestor que não cumpriu e desconsiderou uma lei federal em relação ao nosso piso.Saiba ainda mais que,nossas reivindicações lhe beneficiarão apesar da senhora não ter participado de nenhum dos movimentos em prol do mesmo.Obrigada.

    1. Rapadura disse:

      Se eu soubesse que essa “professora” ensina ao ar condicionado de um gabinete, não teria perdido meu tempo lendo seus “escritos” com aparência de nota oficial !!!!

    2. Adeli Diniz Viana da Cruz disse:

      Cara colega Yone Souza .
      Atitude lamentável professora de acessar uma rede social e fazer um comentário totalmente equivocado sobre um artigo editado,expondo o nome de uma colega de trabalho ,demonstrando falta de sensibilidade “ética” quando não teve nem a preocupação de verificar quem realmente era a autora do artigo, confundindo pessoas.Percebe-se que você não me conhece mesmo., mas oportunidade não faltará..Tenho 29 anos de serviços na rede municipal e o meu compromisso é mesmo com o aprendizado dos nossos alunos. Estou hoje numa função gratificada, a convite, porém sou professora por opção, por acreditar que podemos fazer a diferença, inclusive na interpretação de fatos, colega! Só podemos falar com propriedade daqueles que conhecemos intimamente.Vale a reflexão.

      1. yone souza disse:

        sei bem quem é você cara colega, agora pelo que me parece existe uma Seta maligna que SABE MUITO BEM COMO ESCUTAR E LHE PASSAR A SETA MALÍGNA: FOFOCA.Quem lhe disse que me equivoquei?Sei muito bem quem postou este artigo que só comprova o valor que é dado ao professor, agora eu desconheço são atitudes de profissionais que na verdade são máscaras de engano

        1. yone souza disse:

          voltei ao texto que postei e pude perceber que o engano da senhora em pensar que eu estava fazendo referência á sua pessoa, deu-se por uma grande falha minha em ter suprimido a letra “l” do nome ALDELI.Se ouve outro motivo,desconheço.

  15. Jonh disse:

    Atribuir a culpa ao PROFESSOR do atual estágio da nossa EDUCAÇÃO é no mínimo pueril, não se olha a EDUCAÇÃO só por esse enfoque, vou colocar um pouco do enfoque HISTÓRICO, quando, desde os jesuítas a EDUCAÇÃO foi priorizada? Quando desde a colônia as ESCOLAS no geral foram aparelhadas e a formação do Professor esteve no nível de excelência? Quando uma política salarial foi posta em prática senão agora e com resistências? Que nitidez de pensamento é essa, para comparar ESCOLAS de massa, com ESCOLAS de minorias? As condições socioeconômicas são diretamente proporcionais ao contexto da ESCOLA ou não? Não se pode comparar a sua aparente condição cômoda PROFESSORA, à da maioria dos seus colegas, que na maioria das vezes têm que se desdobrar em três empregos para tentar viver com dignidade!

  16. Edinho disse:

    Aldeli, seus dias de mamata estão acabando. Se você gosta tanto assim da escola particular, peça exoneração da escola pública. a escola pública não dá certo porque tem pessoas assim como você na sua gestão. Pessoas que não estão na administração da escola pública porque tem competência, mas porque tem QI (quem indique). Esta proposta (de vincular o salário do professor aos resultados dos alunos) já foi feita por alguns parlamentares, e aí eu proponho o inverso. Por que não vincular o valor do salário dos parlamentares ao grau de satisfação da população sobre o trabalho prestado? Se esta proposta fosse aceita aí Aldeli, você e Julio L já teriam caído fora ligeirinho.

  17. leitora pontual disse:

    Li todos os comentários e cada um tem um ponto de vista respeitável. Infelizmente os que culpam professores da rede pública ou comparam ensino de escola publica e privada estão pouco informados a respeito da dura realidade.
    Um dos leitores citou a busca dos alunos “por frequencias em diários para receber bolsas”, não sou contra esse tipo de ajuda por parte do governo, muitos alunos não tem condições sequer de pagar uma passagem para ir a escola, mas obrigar alunos a frequentarem por esse motivo, pois estes são obrigados pelos pais a comparecerem. Outra novidade é uma parceria da promotoria em prol da infancia e juventude ameaçando prisão os pais que não mantiverem seus filhos na escola. Eu própria ouvi de uma aluna que sua mãe não devia ser culpada por ela não querer ir à escola; “quando saio de casa digo que vou à escola, minha mãe tem o que fazer em casa, não pode vir comigo todo dia, eu venho quando eu quero” PALAVRAS DELA. Meu filho estuda em escola particular, e desde o maternal eu acompanho as atividades dele pessoalmente todos os dias, se ele estudasse em escola pública eu faria o mesmo. Outro lado da moeda: meu esposo é professor tanto na rede pública como particular, trabalha com as mesmas séries e mesma disciplina, a aula preparada é utilizada em todas as escolas, agora se voce, professora Aldeli,quiser saber quais os alunos que participam das aulas, debatem e produzem o que é pedido, tenho certeza que não precisarei dizer,já que a senhora afirma que trabalha tanto na rede pública como particular. Outra coisa, ele NÃO GANHA sequer o mesmo valor entre as duas redes, a rede particular paga muito melhor, dá condições reais de trabalho..o acompanhamento dos pais tb deve ser citado. A senhora nunca ouviu de um pai de aluno de 7º ano” eu não tenho mais o que fazer com ele, ele não me obedece”. EDUCAÇÃO vem de casa, a escola é complemento, eu como professora não tenho obrigação nenhuma de educar, eu mostro valores, principios, ética, cidadania no dia a dia, EDUCO meus filhos para que respeitem seus professores, acompanho os estudos deles diariamente para saber o que foi dado, o que foi cobrado e o que ele produziu. Você deve estar na profissão errada, devia se candidatar a santa e começar a operar os milagres que só você acredita.

  18. leitora pontual disse:

    Então Professora Suzana, a senhora admite que seu trabalho não está bom? Ou seus alunos em particular não se interessam pelo seu bom trabalho?
    Quando a senhora fala em reflexão pensando atingir apenas colegas de profissão não pensa que vc está na mesma posição?
    O sistema é falho, a administração pública não está nem aí para educação, professores por sua vez NÃO CONSEGUEM mudar toda a realidade sozinhos. Não é interesse dos nossos governantes que nossos adolescentes pensem, reflitam, sejam críticos. Sou professora de língua portuguesa,sempre achei que leitura e produção de textos facilitam em todo o aprendizado, mas temos alunos entrando no ensino médio sem saber ler, sem conseguir interpretar um texto dos mais simples..alunos que ouvem, cantam e dançam “tche tcherere”, para não usar as baixarias mais comuns aos nosso ouvidos. Mas contundo, a discussão está sendo válida, talvez justamente por existir professores com pensamentos tão medíocres que a educação pública não anda. Particular paga bem, muito beem, o professor tem gosto de entrar em sala, sabe que será no mínimo ouvido pelo público daquele local, e caso isto não aconteça os desinteressados são punidos…Lembrando que não podemos mais castigar, suspender, expulsar e muito menos reprovar alunos, o que nos resta fazer então??? As colegas que criticaram tão abertamente o modo de trabalho dos professores, atrelando a remuneração aos resultados nos mostre plano de trabalho, na prática como isso pode funcionar? E aqueles alunos que não querem nada com nada, o que fazer com eles?
    Sabendo que a professora que publicou o artigo faz parte de uma administração pública muito mal planejada, que muda de ideia e de planos a cada nova crítica no blog( vejam os exemplos das lombadas eletrônicas e faixas elevadas), agora não me surpreende tal opinião vir de uma suposta educadora.
    ( o que aconteceu com seu senso crítico e de justiça?)

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