Assassinato de sindicalista em Petrolina teve participação de dois filhos menores de acusada, dizem delegados

por Carlos Britto // 11 de abril de 2017 às 07:43

A sindicalista Abenigna Lúcia do Bonfim, de 67 anos, encontrada morta dentro de sua residência no último dia 5 de abril, na Rua 87 da Cohab V, zona oeste de Petrolina, foi vítima de latrocínio. O crime, que chocou a comunidade, foi premeditado e teve ainda a participação de dois menores – uma garota de 17 anos e um jovem de 14. Ambos são filhos de Alessandra de Castro Silva, 42, uma das acusadas pela morte da idosa, que teve como cúmplice Leandro dos Santos Ferreira, 20. Os detalhes do caso foram trazidos a público ontem (10) pelos delegados da Polícia Civil, Sara Machado, Marceone Ferreira e Magno Neves, numa coletiva de imprensa realizada na sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O promotor Lauriney Lopes, além da vereadora Cristina Costa – que era amiga de Abenigna – também participaram da coletiva.

Alessandra era vizinha da vítima e morava recentemente no bairro, numa casa de aluguel. Ele passou a ter mais contato com a idosa após ter a energia elétrica cortada de sua residência. Segundo Sara Machado, Abenigna permitia que os dois filhos da acusada assistissem televisão em sua casa, por conta do problema, e também pegavam água gelada com a vizinha.

Foi nesse período em que Alessandra conseguiu levantar informações sobre o patrimônio financeiro da sindicalista. Ela ficou sabendo que Abnegina tinha uma poupança de R$ 20 mil e que receberia sua aposentadoria no dia 4 de abril, além de ter acesso a documentos sobre uma possível indenização que a idosa ganharia.

Alessanra conheceu Leandro, o outro acusado pelo crime, através do filho dela de 14 anos. No dia do crime, os dois filhos dela tiveram a função de vigiar quem passava pela rua, enquanto os acusados roubavam a residência da vítima. Os delegados não têm dúvidas que Abenigna foi assassinada por conhecer Alessandra. Ela primeiro levou um soco no rosto, desferido por Leandro, e caiu desacordada. Em seguida, ele asfixiou a aposentada com um saco plástico e fita crepe. Depois amarrou os pés e mãos da vítima com pedaços de pano de sua própria roupa.

Denúncia

Após investigações junto a alguns vizinhos, entre eles a acusada e sua filha de 17 anos, que tiveram pela última vez com Abenigna, os delegados perceberam algumas contradições. A polícia chegou à conclusão de que Alessandra havia participado do crime após uma denúncia anônima. Ela foi encaminhada para a Cadeia Pública Feminina de Petrolina, enquanto Leandro foi conduzido à Penitenciária Dr.Edvaldo Gomes. Já os filhos de Alessandra tiveram como destino a Funase/Case. (foto/divulgação)

Assassinato de sindicalista em Petrolina teve participação de dois filhos menores de acusada, dizem delegados

  1. Cidad]ao disse:

    Muita crueldade.

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