O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), famosa por ser ativista do movimento negro e crítica da violência policial do Rio de Janeiro, na noite dessa quarta-feira (14) teve repercussão nos principais jornais do mundo.
O caso, mais um registrado na onda de violência no Rio, foi divulgado em publicações norte-americanas como o The New York Times , The Washington Post e a rede ABC News. Além disso, a televisão estatal com sede na Venezuela, Televisión del Sur, e o jornal britânico The Guardiannoticiaram a morte da política.
A matéria original foi produzida pela agência de notícias Associated Press e distribuída aos veículos dos EUA. “Um membro do conselho da cidade e seu motorista foram mortos a tiros por dois assaltantes não identificados em uma rua no centro, no Rio de Janeiro, a segunda maior cidade do Brasil, onde militares foram convocados há um mês após uma onda de violência“, diz o texto.
O site da TV venezuelana noticiou que “a proeminente ativista brasileira de direitos humanos e a vereadora de esquerda Marielle Franco foi assassinada no Rio de Janeiro“. Segundo a reportagem, ela “faz parte de uma geração de jovens brasileiros negros que estão se tornando cada vez mais vocais dentro e fora de casas de estado. Franco foi eleito para a Câmara em 2016″.
Já o The Guardian ressalta que Marielle era ativista e especialista na análise de violência da PM. Além disso, o jornal reforça que a vereadora chegou a acusar os policiais de serem agressivos ao abordar os moradores das favelas do Rio. “Marielle Franco, vereadora e crítica da polícia, é executada a tiros no Rio“, diz o título da matéria. O News Deeply, de Nova York, também destacou o assassinato de Marielle com o título: “Das favelas a vereadora, lutando pelos direitos das mulheres no Rio“.
O jornal peruano El Comercio , por sua vez, relatou o crime e ressaltou que a vereadora era crítica da intervenção federal na Segurança Pública do estado.
O caso
Marielle, 38 anos, estava dentro de um carro no bairro de Estácio, centro da capital fluminense, quando criminosos emparelharam o veículo e abriram fogo. O motorista do automóvel onde estava a carioca, Anderson Pedro Gomes, também morreu. O caso está sendo investigado pelas autoridades locais e a principal linha aponta para execução.
Temer
O presidente Michel Temer disse hoje (15) que o assassinato da vereadora e de seu motorista é “inaceitável” e “inadmissível”. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Temer ainda classificou o crime como um “atentado ao Estado de Direito e à democracia”. Depois de lamentar o crime, o presidente voltou a se manifestar sobre o caso e reafirmou que o governo vai acompanhar as investigações e quer solucionar “no menor prazo possível”. (Com informações do Portal Terra e da Agência Brasil/ foto: reprodução)