A Bahia tem 10 barragens com estrutura comprometida e risco de ruptura, sendo que um desses reservatórios fica em Juazeiro. Os dados são do relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), considerando dados de 2017, e foi divulgado nesta segunda-feira (19) pelo jornal Folha de S.Paulo. Ao todo, o Estado tem 335 barragens cadastradas.
O número de barragens vulneráveis no país subiu, em um ano, de 25 para 45. A Bahia é o Estado com o maior número (10), seguido por Alagoas (6) e Minas Gerais (5).
O balanço da ANA é o segundo produzido após o maior desastre ambiental da história recente do país, quando o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), sob responsabilidade da mineradora Samarco, provocou a morte de 19 pessoas e poluiu o rio Doce, em novembro de 2015.
Na Bahia, as estruturas com risco são: Afligidos (em São Gonçalo dos Campos), Apertado (Mucugê), Araci (na cidade de mesmo nome), Cipó (Mirante), Luiz Vieira (Rio de Contas), RS1 e RS2 (em Camaçari), Tábua II (Ibiassucê), Zabumbão (Paramirim) e Pinhões (Juazeiro/Curaçá).
As unidades foram destacadas pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema) – órgão fiscalizador que identificou, a pedido da ANA, as barragens mais preocupantes, ou seja, com algum comprometimento estrutural importante que impactasse a sua segurança.
Problema indicado
No reservatório de Pinhões, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), foi encontrado, segundo o relatório, erosão na base do canal escavado, com descalçamento da placa de concreto do rápido. De acordo com o levantamento, o valor estimado para o conserto é de R$ 180 mil.
Segundo o relatório, o Inema realizou a classificação de 328 barragens. Para o período de 01/01/2017 a 31/12/2017, foram realizadas pelos empreendedores inspeções regulares de 125 barragens. Como resultado da ação de fiscalização do Inema foram emitidas 97 notificações e 12 autos de infração. (Com informações do Correio da Bahia)