A Operação denominada FPI (Fiscalização Preventiva Integrada), em sua 48ª edição, foi encerrada na última sexta-feira (17) no norte da Bahia com um saldo positivo. Em dez cidades da região, as equipes flagraram vários crimes e irregularidades ambientais. A ação, que começou no último dia 5 de novembro, contou com a participação de 40 órgãos federais, estaduais e municipais, bem como entidades da área do meio ambiente.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é parceira nessa operação de combate a atividades criminosas que degradam o meio ambiente e, nessa etapa, integrou as equipes Rural II, Barragens, Transporte e Fauna, realizando ainda a escolta e segurança da equipe Comunidades Tradicionais durante visita a uma área de conflito agrário na zona rural do município de Campo Alegre de Lourdes.
Durante as ações foram registradas 32 ocorrências policiais sendo 26 referentes a crimes ambientais.
Balanço
No balanço apresentado, foram apreendidas duas carabinas, duas espingardas, um revólver calibre 38 e munições. As equipes também apreenderam 24 animais silvestres (mortos) e resgataram 473 (vivos), além de 159 metros cúbicos (m³) de madeira. Cinco veículos foram recuperados, sendo quatro clonados, 16 pessoas foram detidas e outras 779 foram alcançadas pela fiscalização.
Os resultados da 48ª FPI foram apresentados em Audiência Pública, realizado na última sexta-feira (17) no auditório da Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Juazeiro.
A FPI foi criada em novembro de 2002, pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), quando ocorreu a primeira etapa com a participação de seis órgãos. Após 20 anos, o programa, que é desenvolvido continuamente, foi ampliado com o objetivo de melhoria da qualidade ambiental, da qualidade de vida dos seus povos, indo além de fiscalizações específicas, sendo um fomentador de políticas públicas. O FPI foi expandido para os estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Minas Gerais e premiado em 2020 pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) como o maior indutor de políticas públicas.