Em Parnamirim (PE), no Sertão do Araripe, uma alternativa acessível deve minimizar o drama das famílias atingidas pela seca. Agricultores das comunidades de Riacho Queimada I, Riacho Queimada II e Dourado, na zona rural do município passarão com dez barragens subterrâneas, que estão prontas para armazenarem água da chuva e garantir a produção agrícola das famílias nos períodos de estiagem.

Para a agricultora Maria do Socorro Neto, uma das beneficiadas com a barragem subterrânea, a tecnologia vai somar na hora da produção. “A gente vai aumentar nossa produção e com isso gerar renda também”, destaca.

As barragens subterrâneas foram construídas pela ONG Caatinga e Centro Sabiá, com patrocínio do Programa “Petrobras Ambiental”. A iniciativa faz parte das ações do Projeto “Riachos do Velho Chico”, que tem como meta revitalizar os riachos Queimada e Frazão, localizados respectivamente em Parnamirim e Triunfo – ambos no Sertão do estado.

“As famílias agricultoras dessas comunidades tiveram a oportunidade de serem beneficiarias com uma das tecnologias mais eficientes na captação e armazenamento de água para as condições de semiaridez. Afinal, está é uma tecnologia que dá condições para a família produzir alimentos para manutenção da família e dos animais em épocas em que a água é muito escassa”, enfatiza o técnico responsável pelo Projeto, Ariagildo Vieira.

Inovação

Adotada pelo Caatinga há mais de 23 anos, a barragem subterrânea é uma tecnologia de armazenamento de água construída em áreas de córregos de riachos e rios. A escavação é feita de forma transversal com profundidade mínima de dois metros e máxima de seis. A tecnologia permite o armazenamento da água no subsolo, evitando assim o processo de evapotranspiração. (Foto: Ascom Caatinga/divulgação)