Betão e Cancão voltam a se desentender e expõem ‘feridas’ abertas na bancada de oposição

por Carlos Britto // 02 de outubro de 2015 às 10:23

betãoOs integrantes da bancada de oposição na Casa Plínio Amorim dão sinais cada vez mais claros da falta de sintonia no grupo. E não é de agora. Na sessão plenária de ontem (1) as arestas voltaram a aparecer. O vereador Adalberto Filho ‘Betão’ (PSL) e o líder da bancada, Ronaldo Cancão, se desentenderam quanto a um projeto de lei, de autoria de Betão, isentando famílias de baixa renda de Petrolina de pagar a taxa de religamento da água e energia.

O projeto foi aprovado por nove votos a dois – tendo duas abstenções. Um dos que votaram contra, Ronaldo Cancão justificou que a Câmara de Vereadores não poderia legislar sobre a matéria, porque uma das empresas (Celpe), apesar de privada, é uma concessão do Governo de Pernambuco; a outra (Compesa), por ser mista, também tem participação do estado na gestão. Para Cancão, o projeto “é inconstitucional e eleitoreiro”.

Betão – que contou com o respaldo dos governistas para aprovar o projeto – não só discordou como disse ter certeza de que o prefeito Julio Lossio (PMDB) terá a sensibilidade para sancionar a lei. “A Compesa e a Celpe que entrem na justiça”, declarou o vereador.

Em relação ao líder da sua bancada, Betão foi duro ao afirmar que a oposição na Casa Plínio Amorim “está esfacelada” por conta dos posicionamentos de Ronaldo Cancão. “Ele desagrega e desrespeita os colegas. Parece que só ele é o inteligente da Casa, só ele avalia, só ele estuda. O mal do inteligente é achar que os outros são bobos”, alfinetou o vereador, voltando a dizer que não reconhece mais Ronaldo como líder. “Eu estou fazendo uma oposição independente”, afirmou.

Desunião

Perguntado se no momento em que os oposicionistas mais deveriam mostrar união, fazem justamente o contrário, Betão disse que até agora a bancada nunca se mostrou unida. “Em todas as paradas que nós entramos, nós perdemos. Não vi uma liderança que agregasse, não existe, não temos”, lamentou. Betão revelou ter recebido solicitações de outros colegas para que renunciasse à 2ª vice-presidência da Mesa Diretora e assumisse a liderança da bancada, mas ele não aceitou. “Não quero ter atritos com ninguém. Quero fazer o meu trabalho e ser julgado não por chegar aqui e gritar, chamar prefeito de bandido e se achar o paladino da moralidade, mas por trazer projetos que sejam benéficos para a população”, finalizou.

Betão e Cancão voltam a se desentender e expõem ‘feridas’ abertas na bancada de oposição

  1. Anselmo Pamplona disse:

    Que vergonha! Depois do depoimento do Vereador Zenildo que fala da estátua de Iemanjá vem esse vexame! ACORDA PETROLINA! VOTA DIFERENTE!! ZENILDO FORA E ESTES DA BRIGA TAMBÉM! Eles precisam saber que são EMPREGADOS DA SOCIEDADE QUE VOTOU NELES!
    REDUÇÃO DOS SALÁRIOS DESTES SENHORES JÁ! ACORDA PETROLINA!

  2. SAVANNA disse:

    Minha família quase toda é voltada a politica no rio grande do sul. Inclusive meu esposo foi vice-prefeito em Gramado. E dentro de uma observação geral eu via alto nível na câmara!. vejo aqui agressividades para tratar das coisas públicas..
    Dai me pergunto: eu que sou de fora e apenas lendo o que se passa neste blog já tenho um conceito formado. Creio que a população desta cidade que abraçamos de coração deve ter percebido que:
    É preciso renovar urgentemente esta câmara com vereadores mais polidos no tratamento entre si. Noto alguns despreparados para o tratamento e incapacitados em virtudes do destempero!

  3. Simplicio disse:

    É necessário sair mais do pessoal. Estas idéias teriam que ser discutidas antes pela bancada e depois de avaliada seriam levadas ao plenário. Dar mais trabalho, o inéditismo da ideia é quebrado entre os companheiro de bancada, mas se evitaria este tipo de desarmonia fora do ambiente de bancada. Quanto a idéia eu concordo com Canção, não sei lá a forma com foi apresentada. Se a bancada não concorda com a idéia, então morre ali. Se concorda, ela irá bem maturada para o plenário e não perderia o DNA de quem levantou. Assim, tudo seria diferente!

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