Anualmente o Bloco ‘Quem disse que a gente não vinha’ leva um momento de conscientização ao Carnaval de Petrolina. Em 2019, essa iniciativa foi mais uma vez às ruas da cidade. O grupo, que alerta para o combate à violência contra a mulher ganhou ainda mais força este ano, já que é a primeira Folia de Momo com vigência da Lei da Importunação Sexual. Com a nova Lei 13.718/18, atos libidinosos, de cunho sexual como toques inapropriados, sem consentimento da vítima, podem levar a penas de um a cinco anos de prisão.
E embalados nesta temática, na tarde deste domingo (3), os integrantes do grupo saíram da Praça Maria Auxiliadora em direção à Praça 21 de Setembro. No percurso o frevo e as marchinhas de Carnaval se misturaram para mostrar a força feminina e protestar contra o feminicídio, o estupro, o assédio e outros tipos de violência.
A secretária da Juventude, Direitos Humanos, Mulher e Acessibilidade, Bruna Ruana, acompanhou todo o percurso e disse esperar que a atualização da legislação possa contribuir com a redução dos casos de violência. “Houve essa mudança muito positiva na legislação brasileira onde deixa de ser uma contravenção para ser, de fato, um crime punido com um a cinco anos de prisão. As mulheres que se sentirem assediadas podem e devem denunciar aqui mesmo na folia seja à Polícia Militar, à Polícia Civil ou à Guarda Civil Municipal já que estamos todos aqui prontos para defender essas mulheres“, disse.
Ao som do frevo, o bloco também distribuiu material informativo orientando os foliões sobre a importância de denunciar qualquer caso de violência contra a mulher. O Bloco é organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDESDH) em parceria com a Secretaria da Mulher de Pernambuco; a Rede de enfrentamento à Violência Contra a Mulher e a Rede de Mulheres do São Francisco.
Denúncias
Em Petrolina, os casos de violência contra a mulher podem ser denunciados através dos telefones da Delegacia da Mulher 3866-6625; do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CEAM), 3867-3516; ou ainda pelo 0800-2818-187 e também pelo número 180. As informações são da assessoria da PMP.