Ontem (15) o Blog recebeu a visita de representantes da classe médica de Petrnambuco. Antonio Jordão e Silvio Rodrigues, respectivamente presidente e vice-presidente do Sindicato dos Médicos; Helena Carneiro Leão, vice presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e Jane Lemos, presidente da Associação Médica de Pernambuco conversaram conosco por quase uma hora.
Durante esse “debate” informal, os médicos ressaltaram que as principais reivindicações da categoria não estão apenas relacionadas a salários mais dignos. As condições de trabalho são também imprescindíveis para que eles possam exercer a profissão em sua plenitude.
Hoje, infelizmente, não se vê isso por aqui, conforme revela a vice-presidente do Cremepe. “As denúncias que nos chegam são, na maioria, relacionadas às condições de trabalho”, garante Helena.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Antonio Jordão, nos disse também que a carga horária de um médico chega a 65 horas semanais – pelo menos 20 horas acima do que um trabalhador comum cumpre por semana.
Por conta disso, segundo dr. Jordão, aumentou significativamente o número de profissionais que abandonam a carreira. Outro índice preocupante é o aumento de médicos viciados em drogas lícitas, que estão sofrendo infartos e até se separando de suas esposas por conta da dura rotina do trabalho. E muita gente nem desconfia desses problemas.
Para eles, a idéia de que médico não é funcionário público é totalmente equivocada. Os médicos, como qualquer outro profissional, têm de se resguardar em seus direitos trabalhistas. Por esta razão o sindicato entregou um Plano de Cargos e Carreira (PCC) padrão para os médicos de Pernambuco, e o entregou à prefeitura de Petrolina.
Nos próximos dias o Blog trará mais detalhes do resultado destas reivindicações apresentadas em assembléia da categoria, realizada ontem (15).
Só que os médicos não trabalham 65 horas para os hospitais públicos. dessas 65 horas…. 40 horas com certeza é no setor privado. O médico tem que escolher…. ou trabalha no setor público ou no privado.
Que mentira deslavada essa do Presidente Jordão, aonde que os medicos não tem condições de trabalho em Petrolina. No HUT? No HDM/IMIP? nas USF do interior? Pelo amor de deus, tão se preocupando mesmo é com a melhoria da qualidade exigida pelo SUS. Opara tem razão, o medico nunca dedica 65 horas no serviço publico e se assim fizer é um contrato para cada serviço.
Dr. Jordão e Dra Helena dizer que recem denuncias nesse sentido?? É melhor eles checarem essa informação, que não procede.
O que eles estão incomodados mesmo é com o nivel de qualidade que a população exige e que o poder publico vem buscando oferecer.
Falar de condições e baixos salarios não engama mais,.. Tenho dito…
Se metade destes médicos que dizem ter uma dura jornada de 65h executasse de fato pelo ao menos 40h em instituições médicas públicas com toda certeza o atendimento ao cidadão funcionaria muito melhor.
Eu penseo que se as coisas não funcionam bem em istituições públicas é por conta de agentes que as fazem. O hospital é feito de pessoas, agentes que estão lá para fortalecer a esfera pública. Já se foi o tempo que a culpa era do sistema, quem faz as instituições são as pesoas que estão lá lutando contra as adversidades, brigando por um serviço de qualidade para o público.
Os médicos brigam por um atendimento de qualidade no SUS? Alguns podem até lutar, mas em sua maioria, os médicos brigam mesmo é por salários acima de 8 mil reais (merecido pelos anos de dedicação aos estudos e qualificação), mas não dá pra população bancar os estudos dos médicos (que em sua maioria se formam em faculdades públicas) e depois bancar bons salários, e, em troca receber um atendimento precário.
Tenho uma posição muito radical com relação a isso. Serviço público é feito por pessoas, servidor público é pra garantir o melhor serviço possível para o cidadão.
Se vocês, médicos, pessoas a quem entregamos nossa vida, confiamos nossa saúde; se de fato vocês lutam por um atendmento público de qualidade, então mostrem! Deixar de ir para um posto de sáude no interior por conta de um mísero salário de 5 mil reais, não é nem de longe uma demontração de quem luta pela qualidade do atendimento básico à saúde.
É uma pena que pessoas que se dizem esclarecidos façam comentários como os anteriores. Garanto que nenhum desses sequer sabe o que é estar em um hospital público. Falam sem conhecimento de causa, o sindicato esta coberto de razão pois um médico é um ser humano como qualquer outro e não uma máquina como pensam alguns comentaristas desse blog. Dou total apoio ao sindicato, da mesma forma que conseguiram avanços com relação ao estado de PE, tambem lograra exito nessa cruzada.
A população de Petrolina e Juazeiro precisa saber:
Médicos estão sem condições de trabalho e sem remuneração digna.
Precisamos fazer cumprir a constituição onde reza ser a “saúde um direito de todos e dever do estado”.
Não se forma um excelente médico em menos de 10 anos de estudo e dedicação. Salvar a vida e promover saúde não tem preço!
Muitos médicos têm pagado com a sua vida e sua saúde trabalhando em condições inadequadas num sistema de saúde falido que paga mal e trata mal o médico e a população com falta de medicamentos e locais pra assistência.
Se tão somente os médicos fossem bem remunerados e bem tratados pelo sistema público e as verbas destinadas à saúde não fossem desviadas mas empregadas dignamente, não estaríamos vivendo esse caos que vem se instalando ao longo dos anos.
A Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Conselhos Regionais já estabeleceram o salário mínimo do médico pela sua qualificação e equiparação salarial pela classe e importância na estrutura de saúde do país; deve ser de 8.500,00 por jornada trabalhada de 20h semanais.
A lei 3.999 de 1961 já estabeleceu que nenhum médico no país deve ganhar menos de 3 salários mínimos ( 1.395,00), no entanto aqui em Petrolina o médico recebe menos de 1,5 salário mínimo por 40h trabalhadas.
A grande maioria, 80% da população não possui plano de saúde e depende da rede SUS para ser atendido.
A luta dos médicos é pelos menos favorecidos e resgate da dignidade e importância do médico e da saúde para a população.
A quem interessa que o sistema público não funcione? Todos aqueles que lucram com a miséria alheia!! Precisamos mudar essa realidade!!!
Em reportagem veiculada pela Rede Globo sabemos que cada minuto trabalhado de um parlamentar custa aos cofres públicos: 11.545,00!!!!!!!!!!! Em comparação com minuto trabalhado do médico no sistema público em Petrolina custa aos cofres públicos 0,72 centavos cada minuto trabalhado. Às vezes, trabalhado na madrugada, para salvar vidas. O médico aqui em Petrolina está sem direito a adoecer, sem direito a férias ou 13º salário que é direito de todo trabalhador!!
Impressionante é que quando um parlamentar ou um familiar dele adoece, não procura o Hospital Público que ele deveria estar investindo e melhorando! Mas antes da eleição ele discursa por essas melhorias!
Precisamos dar um basta nessa situação. Precisamos fazer Justiça Social. Nós brasileiros e cidadãos petrolinenses não merecemos essa situação! Vamos nos levantar do comodismo e fazer a nossa parte agora!