Os produtores de frutas do vale do São Francisco não escondem a insatisfação com uma obra grandiosa que vem sendo feita no Peru, e com dinheiro de empréstimos oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Trata-se de uma barragem de 200 metros de altura, no Rio Huallaga, na vertente leste da Cordilheira dos Andes (início da Amazônia peruana), tocada pela também brasileira Odebrecht por um montante de mais de 320 milhões de dólares.
Na prática o Peru fará uma interligação de bacias através de um túnel que atravessará os Andes, facilitando o acesso de produtos brasileiros pelo Oceano Pacífico. Uma obra de cair o queixo.
O problema é que enquanto o BNDES é tão generoso em financiar empréstimos para obras de países vizinhos, ‘fecha a mão’ para minimizar os problemas que atingem a fruticultura irrigada na região. Bastariam, por exemplo, R$ 100 milhões para salvar os perímetros de irrigação – muito menos do que foi investido na hidrelétrica peruana. Mas para isso os produtores do Vale precisam ficar ‘mendigando’ esse dinheiro. Lamentável. (foto/reprodução)
E ainda tem a Usina Tumarín, na Nicarágua, (US$ 343 milhões), São Francisco, no Equador (US$ 243 milhões), barragem de Moaba Major, em Moçambique (US$ 350 milhões).
Vocês não votaram nos corruPTos? Nos incomPTentes? Agora aguentem e aprendam!
Engraçado, toda essa dinheirama emprestada pelo BNDES ao Peru e o congresso não sabe e só depois de tudo consumado, vem as alegações. Tinha eu a impressão que essas decisões teriam que ter ou não, o aval primeiro do congresso. Como é mesmo que funciona?
Isso é uma vergonha, eu estou desacreditado desse país, um absurdo.
UÊ, e não é de Banco de desenvolvimento nacional????????? deveria desenvolver somente o BRASIL
Não há distinção de país para o BNDES emprestar nosso dinheiro. A única exigência é que a obra seja feita por empreiteiras amigas do governo, muitas investigadas na Lava-jato. Enquanto isso, fui a um dos bancos conveniados pedir o cartão do BNDES e o banco negou, alegando que eu não tinha o perfil para solicitar o cartão. Quando expliquei que gostaria de um crédito para aquisição de equipamentos, o gerente ainda teve a cara-de-pau de me oferecer um capital de giro com juros muito maiores que os do cartão. O BNDES virou o banco dos amigos.