Brasil perde Emiliano Queiroz, o ‘Dirceu Borboleta’ de “O Bem Amado”

por Carlos Britto // 04 de outubro de 2024 às 18:00

Foto: TV Globo/divulgação

Morreu na manhã desta sexta-feira (4), aos 88 anos, o ator Emiliano Queiroz. Rosto conhecido do grande público, o artista integrou o elenco de “Ilusões perdidas” (1965), a primeira novela da TV Globo, e interpretou personagens de sucesso, entre os quais Dirceu Borboleta, de “O bem-amado” (1973), e Juca Cipó, de “Irmãos Coragem” (1970). O artista estava internado, há dez dias, na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), para tratar problemas no coração. A causa da morte foi uma parada cardíaca.

Recentemente, Emiliano havia sido submetido a uma cirurgia para colocar três stents no coração. Na última quinta-feira (3), o ator recebeu alta e foi encaminhado para casa. Às 4h30 desta sexta-feira (4), acordou se sentindo mal. Foi então levado para o mesmo hospital, onde teve uma parada cardíaca e não resistiu.

Emiliano era casado há 51 anos com Maria Letícia, advogada e também atriz, de 77 anos. O ator criou 14 filhos junto com a mulher e deixa oito netos e três bisnetos. O local e o horário do velório e da cremação do corpo ainda não estão definidos, como apurou o GLOBO.

Trabalhos de sucesso

Na TV Globo, Emiliano Queiroz realizou diversos trabalhos em diferentes produções, como “Pai Herói” (1979), “Cambalacho” (1986), “Senhora do destino” (2004) e, mais recentemente, “Espelho da vida” (2018) e “Éramos seis” (2020), além de “Alma gêmea” (2005), que atualmente é reprisada pelo canal no “Vale a pena ver de novo”. O último trabalho na televisão se deu em “Além da ilusão” (2022), numa participação de cinco capítulos da novela.

Com profícua carreira no teatro, ele esteve na primeira montagem de “O pagador de promessas”, de Dias Gomes, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em 1960, e interpretou Geni na primeiríssima versão do musical “Ópera do malandro”, de Chico Buarque e Ruy Guerra, em 1978.

Cinema e teatro

No cinema, ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado por uma participação de três minutos no filme “Stelinha” (1990), de Miguel Faria Jr. Também atuou em “A extorsão” (1975), de Flávio Tambellini; “O xangô de Baker Street” (2001), de Miguel Faria Jr. (2001); “Madame Satã” (2002), de Karim Aïnouz; e “Casa de areia” (2005), de Andrucha Waddington.

No teatro, destacam-se personagens como o Veludo da peça “Navalha na carne” (1969), de Plínio Marcos; o Tonho, de “Dois perdidos numa noite suja” (1971), também de Plínio Marcos; e já citada antológica composição de Geni na “Ópera do malandro” (1978), de Chico Buarque.

O último trabalho nos palco se deu em 2022, quando estrelou junto à atriz Léa Garcia (1933-2023) o espetáculo “A vida não é justa”, baseado no livro homônimo de Andrea Pachá, com direção de Tonico Pereira.

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