A exemplo de Petrolina, sobrou polêmica também na Câmara de Vereadores de Cabrobó (PE), Sertão do São Francisco. Por lá, o barulho deve-se a um projeto de lei do Executivo Municipal estabelecendo novas alíquotas nas contribuições sociais dos servidores ativos, inativos e dos órgãos e entidades do município. A proposta foi aprovada por 9 votos a 4.
Da tribuna, o líder da oposição Glênio Rodrigues foi um dos que votaram contra por entender que os servidores efetivos já estão sem aumento salarial há anos. Com a pandemia, esse cenário se agravou ainda mais porque uma lei impede a administração de conceder reajustes a categoria durante a crise sanitária pela qual atravessa o país.
“Se o servidor está com seu salário congelado, então também não é justo que se retire mais dele. Eu entendo perfeitamente as dificuldades do fundo (previdenciário), mas acredito que essa discussão não seria apropriada para o momento”, justificou Glênio. Na mesma linha seguiu o colega dele, Paulo Gonçalves, secretário da Mesa Diretora, o qual chegou a solicitar a retirada do projeto com o intuito de que esse tema fosse debatido no início de 2022. A maioria dos vereadores, no entanto, respaldou a proposta do Executivo, aprovando-a com folga.