A sessão da Câmara de Vereadores desta terça feira (13) será quente. Quentíssima. Quem for até a Casa Plínio Amorim vai se deparar com o ‘entra e sai’ de assessores do prefeito Júlio Lóssio puxando vereador pelo paletó. É o efeito Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) provocando fortes sensações.

As ameaças já começaram. Tem gente falando em criar outras CPIs, investigar doações de terrenos, votar contas nunca julgadas…e por aí vai. E tem que colocar mesmo tudo na mesa, às claras, revelar tudo. É necessário acabar o segredo.

Por que até agora não julgaram as contas que estão pendentes dos ex-prefeitos Guilherme Coelho (PSDB), Fernando Bezerra (PSB) e Odacy Amorim (PT)?

Os vereadores precisam parar de se preocupar com os grupinhos e desempenharem o seu papel.

Este Blog já divulgou que a própria presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), Teresa Duere, endureceu o discurso com os vereadores pernambucanos. Numa palestra para os presidentes de 92 câmaras municipais (entre eles Osório Siqueira), Duere reforçou que a função do vereador é legislar e fiscalizar.

Não tem sentido essa manobra pra beneficiar amigos e os vereadores não cumprirem o papel que a comunidade lhes confiou. Ainda não ter julgado contas tão antigas quanto as de Guilherme, Fernando e Odacy é uma confissão de incompetência e partidarismo. Embora colocar a pauta de votação seja uma prerrogativa do presidente.

E essa CPI? Do que têm medo se dizem que fizeram tudo certo? É preciso lembrar que CPI não cassa ninguém, apenas fornece subídios para um (eventual ) processo de cassação e aí já é uma outra história.

E se a CPI na Câmara de Petrolina for criada? Quem vai relatar (que é mais importante de que quem preside) tem que estar preparado para a tarefa e com vontade de que dúvidas sejam sanadas, que a verdade venha à tona com força.

Se é pra jogar sujeira debaixo do tapete e essa CPI não se aprofundar e revelar os danos, dará ainda mais respaldo para quem possa ter agido com má fé o discurso de que “mesmo depois de investigado, ficou provado que não havia nada errado“. É isso aí.