Pernambuco prorrogou, por mais 30 dias, as campanhas nacionais de vacinação contra a influenza (gripe) e o sarampo. O objetivo é aumentar as coberturas vacinais nos grupos prioritários, já que o Estado ainda não alcançou a meta de 90% da população-alvo vacinada para influenza e 95% para sarampo. Agora, os municípios pernambucanos têm até o dia 3 de julho para intensificar as ações e estratégias de imunização.
Entre os estados brasileiros, Pernambuco possui as melhores coberturas vacinais para influenza nos grupos das crianças, gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades. “Os esforços dos municípios com o apoio do Estado têm surtido efeito nas coberturas das populações prioritárias, mas, mesmo assim, ainda não conseguimos atingir a meta, o que é preocupante, pois deixamos um grande contingente de suscetíveis“, alerta o secretário estadual de Saúde, André Longo.
Segundo levantamento do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE), a cobertura vacinal de influenza está em 47,35% (detalhamento por grupo prioritário abaixo). Já a parcial de sarampo está em 31,59% nas crianças e 61,02% nos trabalhadores de saúde.
Vale lembrar que Pernambuco vivenciou, entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano, uma forte epidemia de influenza, o que reforça ainda mais a importância da vacinação. “O impacto da influenza A H3N2, provocada pela variante Darwin, foi, inclusive, pior que a variante ômicron da Covid-19 em nosso Estado. Precisamos avançar na vacinação dos grupos prioritários, pois só assim conseguiremos mitigar a transmissibilidade e diminuir o número de óbitos pela influenza na população mais vulnerável“, pontua a superintendente estadual de Imunizações, Ana Catarina de Melo.
Abrigos
Equipes de diversas áreas técnicas da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) têm visitado os municípios pernambucanos afetados pelas fortes chuvas que têm atingido Pernambuco. Entre as iniciativas deflagradas pelo órgão está a vacinação das pessoas que estão alojadas nos abrigos montados pelas gestões municipais, independentemente de idade, em razão da vulnerabilidade social desses grupos.
A pasta também está em contato permanente com os municípios para monitorar outras possíveis demandas na saúde decorrentes dos estragos causados pelo temporal. A orientação é que os municípios façam o levantamento situacional de seus serviços, comunicando oficialmente a situação à Secretaria. “É importante que os municípios façam o registro oficial de perdas de insumos, como vacinas, para que o Estado possa repor o estoque ou solicitar, se necessário, ao Ministério da Saúde”, explica Ana Catarina.