O desgaste e as inúmeras denúncias contra a atual administração em Campo Alegre de Lourdes, no norte da Bahia, têm provocado um enorme sofrimento para a população de pouco mais de 30 mil habitantes.
Diante da alarmante situação, a população – que vive oprimida – não sabe muito a quem recorrer. A cada dia que passa, mais notícias negativas surgem. A última, por exemplo, foi registrada esta semana, quando o Ministério Público Estadual (MP-BA) deflagrou uma operação para coibir irregularidades na educação e prendeu servidores municipais por desvio de dinheiro.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA) também é outro órgão que já detectou inúmeras irregularidades, punindo com multas a atual gestão.
Quem mora em Campo Alegre de Lourdes afirma que outras mazelas – como falta de infraestrutura e a precariedade nos serviços de saúde – deixam a cidade ainda mais abandonada. Para completar ainda carrega o triste estatus de ser a única do Estado abastecida 100% com carros-pipas, e os governos municipal, estadual e federal parecem não se importar muito com isso.
Campo Alegre está situada na divisa com o Piauí. Embora esteja dentro da área de influência do Vale do São Francisco, fica a 120 km de distância do rio. Não é cortada por nenhum curso de água permanente e localiza-se no chamado ‘polígono da seca’. Na região não há viabilidade para perfuração de poços e a única solução para abastecimento humano, de forma permanente, é a captação no Rio São Francisco. Por conta disso, a população é severamente castigada.
Por lá, os moradores dizem que o coronelismo ainda predomina. O único banco da cidade funciona de forma limitada e o medo da população é constante. A pergunta que fica é: a população de Campo Alegre de Lourdes não merece a atenção de seus representantes? (foto/reprodução)