Depois de garantir que a maioria das licenças para a construção de um shopping popular próximo ao Palácio Episcopal, numa área da Diocese de Petrolina, foram emitidas pelo governo municipal passado – como este Blog divulgou ontem (23) –, o vereador governista Ronaldo Cancão quer mais. Um dos que são mais veemente contra o projeto, ele disse esperar da atual gestão que se faça cumprir a Lei 1.248/2003.

O dispositivo, que nasceu de um projeto de lei do então vereador Major Mariano, assegura a proteção ao patrimônio histórico e cultural de Petrolina, impedindo atos que desconfigurem esses equipamentos. Sem querer polemizar, Cancão não deixou de lamentar a ‘guerra santa’ entre os principais representantes do Clero, o que para ele permitiu que se chegasse a esse ponto.

O governista também preferiu não comentar o fato de que um dos empresários do grupo que está à frente do projeto do shopping, Patriota Sadcom, era vereador em 2001, chegando inclusive a presidir uma comissão especial da Casa Plínio Amorim (que tinha ainda Terezinha Teixeira, Ruy Wanderley e Durval Araújo). Essa comissão levantou os equipamentos históricos e culturais da cidade com o intuito de tornar ainda mais rigorosa a lei, sancionada à época pelo então prefeito Fernando Bezerra Coelho. “Não estou tratando de interesses do empresário Patriota Sadcom. Estou tratando do interesse da Câmara de Vereadores de Petrolina”, ressaltou Cancão.