Em visita a Juazeiro (BA) na noite de quarta-feira (20), o deputado federal e candidato à reeleição, Luiz Argôlo (SD-BA), afirmou que é “diferente dos candidatos que veem garimpar voto” na cidade. “Eu fiz primeiro para depois ter o voto”, disse no encontro. Ele foi apresentado pelo vereador Anastácio José de Assis (PDT) ao lado do candidato a estadual, Crisóstomo Lima, o ‘Zó’ (PC do B), com quem faz dobradinha na cidade.
“Eu disse a Anastácio que em nenhum município, eu serei votado agora se lá não tiver uma obra. Eu só quero ser votado em Juazeiro depois de chegar o benefício, como chegou o trator, como chegou a emenda que nós colocamos para a maternidade. Os outros querem chegar agora, bater na porta e dizer ‘votem em mim que depois de eleito eu faço’. Comigo é o contrário: eu fiz primeiro para depois ter o voto”, argumentou o parlamentar, que evitou, no entanto, comentar sobre a investigação pelo seu suposto envolvimento com o doleiro Albert Youssef, na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
Zó lembrou que Argolo, desde o primeiro momento, se posicionou na defesa do mandato de Anastácio. “Quem vota em Anastácio tem de ter compromisso com Luiz Argôlo!”, afirmou.
Afirmando que tem a certeza de que será “um dos deputados mais votados em Juazeiro”, Argôlo comprometeu-se com mais trabalho e, conjuntamente com Zó, a buscar mais benefícios em favor do desenvolvimento de Juazeiro: “A vocês que vão pedir o voto para Deputado Federal Luiz Argolo e para o Deputado Estadual, Zó, que vocês tenham a certeza da minha responsabilidade de um projeto futuro para Juazeiro”.
Investigação
Argôlo foi apontado na investigação da Operação Lava Jato da Polícia Federal pela ex-contadora do doleiro Albert Youssef, Meire Bonfim da Silva Poza, como um dos parlamentares envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro.
Natural da cidade baiana de Entre Rios, região metropolitana de Salvador, o parlamentar baiano foi acusado de ter vínculo com o doleiro Youssef. Ele se defende afirmando que o conheceu como investidor, e teria lhe vendido um terreno. Segundo Argôlo, o doleiro lhe deve mais de R$ 150 mil do imóvel comprado pelo doleiro.
O deputado acredita estar sendo ‘bode-expiatório’ e ‘boi de piranha’ dos deputados realmente envolvidos com o esquema. (Fonte/foto: Ascom vereador Anastácio).
Por Iana Lima