Militar de Senhor do Bonfim escapa da morte no Haiti

por Carlos Britto // 14 de janeiro de 2010 às 18:43

haiti_2O capitão do Exército, José Roberto Pinho de Andrade Lima, 39 anos, escapou por pouco de ser uma das vítimas do terremoto no Haiti. Baiano de Senhor do Bonfim, o militar, residente no país, tinha a missão de ser o intérprete da médica e fundadora da Pastoral da Criança, Zélia Arns, que morreu no desastre, mas desistiu da tarefa por estar cansado.

O substituto do capitão estava acompanhando Arns no momento do terremoto e morreu com o impacto dos escombros.

De acordo com familiares do capitão José Roberto, ele está no Haiti desde junho de 2009 e permanece por mais um ano e meio. Eles afirmam que estiveram aflitos durante todo o tempo, mas foram acalmados três horas depois do desastre, após receberem um telefonema do próprio militar informando que estava bem.

Foto ilustrativa

Militar de Senhor do Bonfim escapa da morte no Haiti

  1. ivan disse:

    Companheiros do blog,esta foi uma grande tragédia,estou sentindo muito com a dor dos nossos irmãos haitianos,só lembrando que a fundadora da pastoral da criança é Zilda Hrns,e não Zélia,esta mulher dedicou sua vida a servir as pessoas simples deste pais e do mundo,sobretudo as crianças,anós fica o exemplo a ser seguido o de servir sempre…

  2. José Lamartine Neto disse:

    Correção da matéria de A TARDE do dia 14/01/2010

    “Cansaço Salva Baiano” e “Cansaço Livra Baiano da Morte”

    Finalmente, as duas horas da manha do dia 17/01/2010, foram enviadas as primeiras noticias por correio eletrônico pelo Capitão Jose Roberto, do Exercito Brasileiro, que se encontra o Haiti, fazendo parte da Missão das Nações Unidas, na função de interprete de Francês, chefe dos interpretes e oficial de gestão ambiental do Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT). A telefonia e a internet finalmente estão sendo re-estabelecidas e as noticias começam a chegar com mais detalhes relatando as circunstancias deste trágico evento que vem sendo testemunhado pelos brasileiros que lá estão.

    O Capitão Jose Roberto nos informou que a equipe do setor de tradução de Francês do Batalhão Brasileiro encontra-se bem, tendo alguns interpretes haitianos do dialeto creole sofrido perdas materiais e um deles sobrevivido com ferimentos leves ao desabamento que vitimou a Dra. Zilda Arns Neumann.

    Na terceira semana deste ano o Cap. Jose Roberto estava programado para apoiar a fundadora da Pastoral da Criança durante os três dias (12, 13 e 14/01) de atividades na capital haitiana (Port-au-Prince) que envolveria palestra, encontro com religiosos e organizações não governamentais, reunião com entidades da área de saúde, lideranças comunitárias e o arcebispo da capital haitiana. Por solicitação de Dra. Zilda Arns, que queria um contato mais próximo com o povo haitiano, o Cap. Jose Roberto designou um interprete do dialeto creole para ela durante os três dias da sua visita. Sr. Lukner foi o intérprete designado e deveria participar de todas as atividades ao seu lado.

    O Cap. Jose Roberto foi designado como interprete para apoiar uma missão conjunta do Batalhão Brasileiro com a Policia da ONU e a Policia Nacional do Haiti (PNH) que ocorreu no dia 12/01/2010 das 03 as 07 horas da manha. Por esta razão, o Tenente Strapazzon, também interprete de Francês da Missão das Nações Unidas, se voluntariou para substitui-lo na primeira atividade de Dra. Zilda Arns, que seria uma palestra para seminaristas no Centro de Formação de Religiosos (CEFOR). O Cap. Jose Roberto acompanharia a Dra Zilda Arns nos próximos dois dias, integralmente.

    Após a palestra no CEFOR, no final da tarde do dia 12/01, a Dra Zilda Arns se despediu do Ten. Strapazzon e ficou conversando com alguns seminaristas junto ao interpretes de creole, Sr. Lukner. Foi neste momento que ocorreu o grande abalo sísmico, e destroços do teto do local do evento caíram sobre a Dra. Zilda Arns e o Sr. Lukner. O intérprete conseguiu se desvencilhar dos destroços e saiu do prédio, sendo socorrido pelo Ten. Strapazzon e dois outros militares que estavam a alguns metros de distancia, na parte externa do prédio. A religiosa que acompanhava Dra. Zilda Arns, sua secretaria, Irmã Rosangela, também sobreviveu ao trágico evento, com ferimentos leves. Os militares e os outros sobreviventes atravessaram ruas com muitos escombros e feridos, por quase cinco horas, conseguindo finalmente chegar a Base Militar Brasileira.

    O jovem Tenente Bruno Ribeiro Mário, que foi vitimado pelo grande sismo do Haiti encontrava-se em local totalmente diferente da Dra. Zilda Arns. Ele era um militar de carreira formado pela Academia Militar das Agulhas Negras e não integrava a equipe de tradutores–intérpretes do Batalhão Brasileiro de Forca de Paz, como foi anunciado na primeira pagina e na matéria publicada na pagina A6 de A Tarde no dia 14/01/2010.

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