O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assumiu na última quarta-feira (3) o compromisso de lutar pelo desenvolvimento sustentável do semiárido brasileiro durante a abertura do I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação (Ened), em Juazeiro, Bahia.
Em seu discurso, prometeu trabalhar pela aprovação, no Congresso Nacional, da Proposta de Emenda Constitucional que transforma a Caatinga e o Cerrado em patrimônio natural e do projeto que institui a política nacional de combate à desertificação.
O ministro voltou a defender que metade dos cerca de R$ 1 milhão anuais do Fundo Clima seja destinada para o Nordeste, para serem aplicados em programas de adaptação e redução de emissões. Minc afirmou que o Fundo está em processo de regulamentação no Congresso, mas disse considerar importante colher sugestões do encontro para inclusão no texto do decreto.
Minc informou que o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste do Brasil devem apresentar no encontro algumas sugestões importantes para o semiárido. Por exemplo, segundo o ministro, o Banco do Nordeste deve lançar proposta de um Fundo Caatinga, nos moldes do Fundo Amazônia, que aplicará recursos com condições especiais para atividades de valorização sustentável do bioma. Já Banco do Brasil lançará um fundo de combate à desertificação.
De acordo com os dados do desmatamento na Caatinga, entre 2002 e 2008, o bioma teve 16.576 Km² de seu território destruído. Segundo o ministro, a causa principal de destruição do bioma está ligada à extração da mata nativa para fins energéticos destinados aos pólos gesseiros e cerâmico do Nordeste e até ao setor siderúrgico de Minas Gerais.