O prefeito de Juazeiro, Andrei Gonçalves (MDB), enfrenta a primeira grande decisão polêmica de sua gestão: realizar ou não o Carnaval 2025, previamente anunciado. A situação fica ainda mais delicada face ao ao estado de calamidade financeira decretado pela própria administração municipal, o que torna a realização de uma festa de tamanha magnitude um paradoxo a se considerar. Mesmo o prefeito garantindo que o governo do Estado ajudaria a realizar o evento.

Para agravar ainda mais o momento, o Ministério Público da Bahia (MPBA) emitiu uma recomendação oficial à prefeitura, solicitando que seja analisada com rigor a viabilidade de promover o evento diante do quadro de calamidade. Segundo o próprio decreto municipal, a cidade enfrenta um endividamento grave, com riscos significativos para a execução de projetos essenciais à população. O documento tem validade inicial de 30 dias, com possibilidade de prorrogação.

O MPBA destacou que o Carnaval fora de época, previsto para ocorrer entre os dias 13 e 16 de fevereiro, gera custos elevados e imprevisíveis. A recomendação é para que o gestor municipal pondere as prioridades administrativas, considerando os impactos financeiros e sociais de sua decisão.

A realização do Carnaval em um momento de crise econômica coloca a administração de Andrei Gonçalves sob os olhares da população: De um lado uma tradição com a cara do juazeirense, do outro a responsabilidade administrativa que o gestor tem pregado. É a tensão entre a necessidade de preservar tradições culturais e a obrigação de administrar com responsabilidade os recursos públicos.