Com o objetivo de demonstrar aos agricultores familiares, técnicos e estudantes do município de Casa Nova, norte da Bahia, os resultados dos trabalhos desenvolvidos para o manejo de forrageiras e fruteiras nativas na região, a Embrapa Semiárido de Petrolina (PE) e a Eletrobras Chesf, em parceria com a prefeitura daquele município, realizaram ontem (17) um Dia de Campo. O evento aconteceu em área de produtor, reunindo um público de 126 participantes. A ação compõe as atividades do projeto ‘Fase II – Ações de desenvolvimento para Produtores agropecuários do entorno dos parques eólicos de Casa Nova’.
Durante o Dia de Campo foram abordados aspectos sobre o manejo de spondias enxertadas sobre umbuzeiro, entre elas o umbu-cajá, seriguela, umbuguela, cajarana e umbu gigante. Também foram repassadas informações sobre o plantio e produção do maracujá-do-mato Sertão Forte, variedade lançada pela Embrapa em 2016.
Foi apresentado ainda dados sobre o manejo de forrageiras como a gliricídia, palma orelha-de-elefante, capim buffel e a BRS Capiaçu, com destaque para as formas de conservação e armazenamento. As palestras foram ministradas pelos pesquisadores da Embrapa Saulo Aidar, Natoniel Franklin e Salete Moraes.
Após as explanações, os participantes realizaram uma visita às unidades demonstrativas em campo. No evento, também foram levantadas as demandas dos agricultores e realizada a distribuição de material informativo acerca do manejo das culturas.
Impressões
Para o gestor do projeto, o pesquisador da Embrapa Semiárido Rebert Coelho Correia, a apropriação das técnicas pelos agricultores situados no entorno das eólicas de Casa Nova é considerada fundamental para o aperfeiçoamento dos sistemas de produção do município. “As estratégias adotadas no projeto viabilizam o repasse dos conhecimentos para o produtor e os meios para implantar as tecnologias, juntamente com o acompanhamento técnico, até o domínio pelo produtor no manejo das culturas e animais“, diz.
Ele acrescenta que a forma de realização dos dias de campo permite a presença participativa e a apropriação das tecnologias. “As inovações tecnológicas são a base para levar os produtores a obterem maior produtividade na mesma área, com melhor qualidade e maior geração de renda“.
O administrador da Chesf no projeto, Nevio Spadoa, pontua a importância da implantação das ações relacionadas ao convênio, considerando os resultados práticos que estão sendo alcançados junto aos agricultores. “É possível constatar a melhoria da qualidade de vida dos produtores e seus familiares, viabilizando o desenvolvimento sustentável das comunidades“, ressalta.