O impasse que cerca a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Petrolina deixou o Legislativo Municipal numa situação, no mínimo, vexaminosa.
Enquanto na maioria das câmaras municipais da região, a eleição não só aconteceu como os integrantes das Mesas Diretoras já assumiram seus cargos, na Casa Plínio Amorim a indefinição permanece.
Eleição até que houve: em setembro, em meio a uma grande polêmica, Osório Siqueira foi reconduzido ao cargo para o biênio 2015/16. Seria a primeira reeleição de um presidente da Casa. Seria.
Mas o vereador Ronaldo Silva (PSDB) não gostou do que considerou “manobra” da bancada de oposição e acionou a justiça, que anulou o processo eleitoral. Osório recorreu em segunda instância, no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), e está aguardando.
Nem a eleição de 2012, que apesar de também ter sido tumultuada, terminou assim. Se prevalecer a decisão da primeira instância (que se baseou num artigo da Lei Orgânica Municipal, impedido reeleição do presidente da Casa), Osório não poderá disputar novamente a presidência da Mesa.
O impasse pode se resolver somente na volta dos trabalhos legislativos, em fevereiro, quando a Casa fará uma nova eleição. Até lá a população de Petrolina, com seus 300 mil habitantes, assiste a cenas de uma novela da qual desejaria não ser telespectadora. O bom é que toda novela, por melhor ou pior que seja, tem sempre um final.