Na comemoração de seus 16 anos, o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) destaca o Museu de Fauna da Caatinga (MFC), que abriga um dos maiores acervos entomológicos do Nordeste. Em parceria com o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) e o Ministério do Desenvolvimento Regional, o Cemafauna tem monitorado o impacto ambiental das obras do PISF, reforçando a conservação do bioma caatinga e beneficiando as comunidades da região.
A coleção de entomologia do Museu é reconhecida pela diversidade de espécies, entre elas, moscas, borboletas, besouros e percevejos, sendo uma referência científica no Semiárido brasileiro. Patrícia Nicola, coordenadora do Cemafauna, destaca o valor científico deste acervo, que inclui mais de 295 mil exemplares de Diptera (moscas), 41 mil de Hemiptera (percevejos) e cerca de 5 mil de Coleoptera (besouros), com algumas espécies inéditas, como a borboleta Melanis caatingensis , identificada pelo pesquisador Carlos Eduardo Nobre em 2014.
Patrícia ressalta a relevância desse patrimônio para a ciência e destaca a parceria da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), que apoia a continuidade das pesquisas. “Esse acervo posiciona o Museu como uma das maiores instituições com coleções entomológicas da América Latina”, afirma.
Com esse compromisso, a Cemafauna reforça a importância de preservar a biodiversidade do bioma e continua atuando em prol das comunidades que dependem da caatinga.