Na ocasião de sua visita a Petrolina, na última terça-feira (22), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deu um belo presente à comunidade católica da cidade.
Eduardo assinou um projeto de lei destinando R$ 150 mil à recuperação do Centro Diocesano. Os recursos virão através da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
O Monsenhor Malan Carvalho, que representou o bispo Dom Paulo Cardoso na cerimônia de entrega do título de Cidadão Petrolinense ao governador, na Casa Plínio Amorim, estava exultante. O Centro Diocesano foi a residência do primeiro bispo de Petrolina, Dom Malan, e está precisando de reformas estruturais. “É um dos poucos patrimônios históricos que ainda restam em Petrolina”, comemorou.
Prezado Carlos Britto
Apenas para complementar a sua informação, à respeito do projeto
de recuperação do Centro Diocesano, o convênio está sendo realmente firmado com a FUNDARPE, no entanto os recursos são
oriundos da ARPE (Agência de Regulação de Pernambuco) da qual
Ranilson Ramos é o Presidente, atendendo a um pedido do Bispo
Dom Paulo.
Forte abraço
Danilo Mororó
Chefe de Gabinete da Presidência
A R P E
O dinheiro deveria vir do vaticano, e não do governo.
Britto,
Isso não é uma boa notícia , nem para a Comunidade Católica petrolinense! Constitue um ultraje ! Seja lá quem foi que indicou ou/e estar recebendo devia era se envergonhar !
A FUNDARPE devia parar de fazer “puliticagem” com o dinheiro público…O CTD não possui as características necessárias para usufruir dessa “benesse” e além do mais ESTÁ MUITO BEM CONSERVADO !
Flávio… trata-se de um patrimônio histórico. Quantas Igrejas, não católicas são restauradas mundo afora pelo poder público. Em Recife, gasta-se mais com restauração do que com dinheiro vindo do Estado para Petrolina.
Britto, leia o que a ONG CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR diz a respeito de governos “patrocinarem” obras religiosas:
A fé como negócio
Se a ratificação do acordo firmado pelo presidente Lula e pelo papa Bento XVI já era ruim, uma vez que ignora o princípio do Estado laico consagrado pelas Constituições brasileiras desde a proclamação da República e concede privilégios que colidem com o princípio constitucional da igualdade, com a aprovação do projeto de “Lei Geral das Religiões”, pela Câmara dos Deputados, a situação poderá assumir aspectos de alçada da legislação do Código Penal.
O acordo entre o Brasil e o Estado do Vaticano foi assinado em Roma, no fim de 2008. Ao justificá-lo, a Igreja Católica, valendo-se da condição de ser formalmente subordinada a um Estado soberano, alegou que o objetivo do documento era sistematizar o que estava previsto por leis esparsas. Além da isenção fiscal para pessoas jurídicas religiosas, o acordo prevê a manutenção do patrimônio cultural da Igreja Católica com recursos públicos e isenta a instituição de cumprir obrigações impostas pelas leis trabalhistas brasileiras. Tendo sido redigido de modo vago, ele abre caminho para a ampliação dessas concessões para todos os negócios da Igreja, que é dona de editoras, rádios, TVs e escolas.
Tendo o presidente Lula cometido o equívoco de assinar esse acordo, era inevitável que as demais igrejas invocassem isonomia, exigindo os mesmos privilégios. Quando a ratificação do acordo foi encaminhada ao Legislativo, como determina a Constituição, as bancadas evangélicas aproveitaram a oportunidade para estender a toda e qualquer “instituição religiosa” as mesmas vantagens legais, trabalhistas e fiscais concedidas à Igreja Católica. O projeto de lei apresentado com esse objetivo tramitou em tempo recorde. Seus vícios começam com a total liberdade dada às “denominações religiosas” para criar, modificar ou extinguir suas instituições, e avançam com as isenções fiscais para rendas e patrimônio de pessoas jurídicas vinculadas a quaisquer instituições que passem por religiosas.
Essas concessões abrem uma imensa porteira para negócios escusos. Basta ver, nesse sentido, a ação que foi aberta há três semanas na 9ª Vara Criminal da capital contra a Igreja Universal do Reino de Deus, sob a acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, o “bispo” Edir Macedo e seus “pastores” viriam há dez anos iludindo fiéis e cometendo os mais variados tipos de fraude. Os promotores afirmam que, somando transferências e depósitos bancários feitos por pessoas ligadas à Universal, ela teria movimentado R$ 8 bilhões, entre 2001 e 2008, desviando para a aquisição de emissoras de TV e rádio, financeiras, agências de turismo, imobiliárias e jatinhos recursos doados por fiéis para atividades de catequese.
Dias antes de acionar a Universal, o MP havia informado que retomará o processo por crime de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro contra os fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo. A ação estava suspensa porque o “bispo” Estevam Hernandes e a “bispa” Sônia Hernandes estavam cumprindo pena de 10 meses de detenção nos Estados Unidos, por terem entrado naquele país sem declarar a exata quantia de dinheiro que levavam.
Além dos vícios já apontados, o projeto de “Lei Geral das Religiões” contém outros absurdos. Um deles é o dispositivo que prevê que propriedades de uso religioso não poderão ser demolidas ou penhoradas, por causa de sua função social. Como os “supermercados da fé” cada vez mais vêm sendo instalados em galpões, garagens, cinemas e lojas, chamados de “templos”, isso significa que esses imóveis não poderão ser desapropriados para obras de interesse público, o que representa uma interferência nas leis municipais e nos instrumentos de planejamento urbano estabelecidos pelos planos diretores das prefeituras. Razões de sobra tinha o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) – que votou contra a ratificação do acordo com o Vaticano e o projeto da “Lei Geral de Religiões” – para, ao advertir sobre esse risco, afirmar que “templo é dinheiro”.
Vamos esperar que o Senado, que terá de dar seu voto sobre os dois projetos, aproveite essa oportunidade de merecer um aplauso da opinião pública.
Artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo em 02 de Setembro de 2009 Versão Impressa
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090902/not_imp428293,0.php
Sr. ESTRANHO, que venha o dinheiro. Discordo de vc, o Palácio dos Bispos, ou centro diocesano, tem muito valor histórico para Petrolina, assim como a Catedral, a Matriz, o Ponto Chic, a Estação Ferroviária, o Colégio Maria Auxiliadora e etc. O Estado deveriam proteger todos esse patrimônio, e nao só se preocupar com a história de Recife.
Fernando… isso só aumenta ainda mais o erro, esse poderia ser muito bem aproveitado em que venha a beneficiar as pessoas diretamente.
Acho isso ótimo, pois qto dinheiro público é investido de forma irregular, inclusive para as igrejas evangélicas, como doação de terrenos, que é dinheiro público tb, e ninguém critica.
Pois fiquei muito feliz com o projeto destinado a igreja católica.
Se Deus quiser vai dar certo!!!
Estrela… vai dizer que a igreja católica pagou pelos terrenos que foram construídos os templos católicos nos bairros de petrolina. Os que foram doados para as igrejas evangélicas não chegam nem perto. Sem falar em verbas e mais verbas e a igreja católica recebe do governo tanto federal como estadual.
…é estou arrumando minhas malas…
quero participar desses que valorizam a historia.
Parabéns Edurardo Campos que DEUS te abençe.
Monsenhor Malan Carvalho pode contar comigo.
Eu não estou em Petrolina, mas pelo que sei, a destinação do recurso é para restaurar um predio realmente histórico que tem próximo da Matriz, que tem realmente valor histórico para a cidade. Não é irregular a destinação do recurso para esse fim, pois todos sabem que o patrimonio cultural é preservado pelo poder publico. Nada demais. Existem até cidades históricas que são consideradas patriomonio da humanidade e recebem apoio da UNESCO para a sua preservação. E eu não sei dessas verbas e verbas que a Igreja, pelo menos em Petrolina, recebe do governo. Não sei por que os que são contra o recurso destinado à preservação do referido prédio porque é da diocese, não protestam contra o uso da Catedral quendo se quer fazer propaganda de Petrolina, pois todos nós nos orgulhamos de ter em nossa cidade uma obra tão bonita como a Catedral independente de ser católica ou não. É cultura, é arte….