Cesta Básica: Pesquisa da Facape aponta ‘vilões’ para aumento no custo em setembro em Petrolina e Juazeiro

por Carlos Britto // 08 de outubro de 2020 às 21:35

(Foto: Reprodução)

O boletim do custo da cesta básica de setembro, realizado pelo Colegiado de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), apresenta comparações entre os meses de agosto e setembro de 2020 na região. A pesquisa, que foi paralisada durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), retorna apresentando comparações de preços dos produtos da cesta nas cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).

Os resultados mostram que o custo em Juazeiro foi de R$ 383,57 e  em Petrolina, de R$ 378,02. Esses dados comprovam que o custo da cesta na cidade baiana é maior do que na pernambucana. Em relação ao aumento, quando comparado ao mês de agosto, Juazeiro apresenta 5,97% a mais no valor da cesta básica, enquanto Petrolina 6,07%.

Dentro da relação de produtos que tiveram aumento na cesta básica no mês de setembro há o óleo de soja, arroz, leite integral e carne. Os motivos do aumento são justificados pelo aumento de demanda interna, redução de oferta e aumento de exportações devido ao câmbio favorável, mesmos fatores responsáveis pelo aumento do mês de agosto.

A pesquisa também justifica o alto valor dos produtos pelo alto consumo da população, que com a pandemia e o fechamento de bares e restaurantes, passou a trabalhar em home office e, consequentemente, preparar os alimentos em casa. Assim, ocorre um aumento na demanda de alimentos nos supermercados, frutarias, açougues e em outros estabelecimentos similiares. 

As famílias brasileiras evitaram viagens e ficaram mais em casa; Resultado: tudo isso contribuiu para o crescimento da compra de alimentos. Existiu, por um período, o receio de queda na demanda devido o aumento do desemprego. Contudo, o auxílio emergencial disponibilizado pelo governo federal, em valores maiores do que o Bolsa Família, por exemplo, fez com que o país passasse a ter um número maior de famílias com poder aquisitivo mais elevado, que passaram a consumir mais. Parte do crescimento dos preços reflete em uma maior demanda. Somado a isto tem também a redução de área plantada com arroz e a baixa disponibilidade de leite no campo, que reduz a oferta disponível por se ter menor produção nacional.

Moeda desvalorizada

A pesquisa também aponta como causa do aumento dos produtos a desvalorização forte do Real frente ao dólar, que contribuiu para o aumento das exportações dos produtos agrícolas. Com isto, quanto mais carne se exporta, menos se tem internamente; quanto mais soja se exporta, menor a disponibilidade para se fazer o óleo. A consequência disso são os preços mais elevados ao consumidor brasileiro.

Quanto aos produtos com oferta internacional disponível, o governo federal pode estimular as importações zerando as tarifas, para fazer crescer a oferta interna. “Se não houver disponibilidade, os consumidores devem fazer a substituição por outros produtos, quando for possível, além de ficarem atentos e pesquisarem para poder economizar, já que existem grandes diferenças entre o menor e o maior preço encontrado para todos os produtos”, recomenda o economista João Ricardo de Lima, coordenador da Pesquisa do Índice de Cesta Básica do Vale do São Francisco.

Cesta Básica: Pesquisa da Facape aponta ‘vilões’ para aumento no custo em setembro em Petrolina e Juazeiro

  1. Defensor da liberdade disse:

    Paulo Jegues já é o pior ministro da Fazenda que Guido Mantega, só um cavalo para baixar a Selic abaixo da inflação, agora o real virou papel higiênico, o pessoal prefere vender para fora do que internamente.

    Parabéns aos evanjegues e aos milicos, este é o governo de vocês, arroz a quase 10 reais e o desmonte da lava jato.

  2. Maria Mariah disse:

    Tem muitos aplaudindo isso tudo aí, bem feito pro povo gado ,merece mesmo um desgoverno em todos os segmentos.

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